"Ruído na unidade de cuidado intermediário neonatal de um hospital universitário de Ribeirão Preto-SP"

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zamberlan, Nelma Ellen
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-20072006-175621/
Resumo: Trata-se de um estudo quantitativo descritivo, exploratório e observacional cujo objetivo foi determinar os níveis de ruído ambiente na unidade de cuidado intermediário neonatal de um hospital universitário de Ribeirão Preto-SP e dimensionar os níveis de pressão sonora (NPS) gerados em decorrência de ar condicionado, lâmpadas da enfermaria e monitor de apnéia ligados; alarme acionado; torneira da pia aberta; manejo da lixeira; conversas entre profissionais (visita médica e passagem de plantão da enfermagem) e ruídos externos (abrir e fechar a porta de acesso à unidade neonatal e conversação na ante-sala). O ruído ambiente foi dimensionado na enfermaria de manipulação mínima da unidade de cuidado intermediário neonatal, em duas semanas consecutivas, sendo 12 horas por dia no período diurno das 7 às 19 horas na primeira semana e 12 horas no noturno, diariamente das 19 às 7 horas, na segunda semana. Utilizou-se o medidor de NPS, o dosímetro Quest-400, posicionado na área central da enfermaria e suspenso a 70 cm do teto. Para dimensionar cada ruído interno e externo, discriminado no segundo objetivo, mantiveram-se na enfermaria os mesmos bebês ali internados e somente a pesquisadora, evitando-se a presença de outros ruídos audíveis. Mensurou-se os NPS por três minutos consecutivos, exceto a passagem de plantão da enfermagem que incluiu três momentos de medida, sendo uma para cada final de turno de trabalho. Para análise dos dados utilizou-se o programa QuestSuiteMR para processar os NPS em respostas numéricas e transportar em planilhas no software Excel 2003 e SPSS (Statiscal Package for the Social Sciences). O nível médio de ruído na unidade foi de 60,8dBA. A variabilidade do Leq na semana foi de 20,8dBA (51,8 a 72,6dBA), Lpeak 23,6dBA (90,1 a 113,7dBA), Lmax 42,8dBA (52,1 a 90,9dBA) e do Lmin foi de 1,4dBA (50,7 a 52,1dBA). As hipóteses de que mesmo em enfermaria de manipulação mínima o ruído é intenso e que a fonte de ruído mais intensa é o abrir e fechar a tampa da lixeira (Leq médio de 59,3dBA) foram confirmadas. A porta aberta da enfermaria permitiu maior entrada de ruído externo gerado na ante-sala, em especial aquele decorrente de abrir e fechar a porta de correr de acesso à unidade neonatal (57,3dBA). Assim, confirmou-se a terceira hipótese, que o ruído ambiente diminui ao fechar a porta de acesso à enfermaria. Confirmou-se também a quarta hipótese, que a conversa entre os profissionais na passagem de plantão da enfermagem e visita médica constitui fonte de ruído intenso, sendo que os maiores Leq foram de 63,8dBA em ambas situações. Concluiu-se que os NPS foram intensos em todos os turnos e dias da semana da coleta de dados, estando acima das recomendações e normas técnicas para níveis de ruído adequados em unidades neonatais. Com base nos resultados e na literatura elaborou-se um protocolo para controlar o excesso de estímulos sonoros ambientais, incluindo um conjunto de ações intersetoriais dirigidas à infra-estrutura física, aos recursos tecnológicos e humanos (profissionais e familiares).
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O ruído ambiente foi dimensionado na enfermaria de manipulação mínima da unidade de cuidado intermediário neonatal, em duas semanas consecutivas, sendo 12 horas por dia no período diurno das 7 às 19 horas na primeira semana e 12 horas no noturno, diariamente das 19 às 7 horas, na segunda semana. Utilizou-se o medidor de NPS, o dosímetro Quest-400, posicionado na área central da enfermaria e suspenso a 70 cm do teto. Para dimensionar cada ruído interno e externo, discriminado no segundo objetivo, mantiveram-se na enfermaria os mesmos bebês ali internados e somente a pesquisadora, evitando-se a presença de outros ruídos audíveis. Mensurou-se os NPS por três minutos consecutivos, exceto a passagem de plantão da enfermagem que incluiu três momentos de medida, sendo uma para cada final de turno de trabalho. Para análise dos dados utilizou-se o programa QuestSuiteMR para processar os NPS em respostas numéricas e transportar em planilhas no software Excel 2003 e SPSS (Statiscal Package for the Social Sciences). O nível médio de ruído na unidade foi de 60,8dBA. A variabilidade do Leq na semana foi de 20,8dBA (51,8 a 72,6dBA), Lpeak 23,6dBA (90,1 a 113,7dBA), Lmax 42,8dBA (52,1 a 90,9dBA) e do Lmin foi de 1,4dBA (50,7 a 52,1dBA). As hipóteses de que mesmo em enfermaria de manipulação mínima o ruído é intenso e que a fonte de ruído mais intensa é o abrir e fechar a tampa da lixeira (Leq médio de 59,3dBA) foram confirmadas. A porta aberta da enfermaria permitiu maior entrada de ruído externo gerado na ante-sala, em especial aquele decorrente de abrir e fechar a porta de correr de acesso à unidade neonatal (57,3dBA). Assim, confirmou-se a terceira hipótese, que o ruído ambiente diminui ao fechar a porta de acesso à enfermaria. Confirmou-se também a quarta hipótese, que a conversa entre os profissionais na passagem de plantão da enfermagem e visita médica constitui fonte de ruído intenso, sendo que os maiores Leq foram de 63,8dBA em ambas situações. Concluiu-se que os NPS foram intensos em todos os turnos e dias da semana da coleta de dados, estando acima das recomendações e normas técnicas para níveis de ruído adequados em unidades neonatais. Com base nos resultados e na literatura elaborou-se um protocolo para controlar o excesso de estímulos sonoros ambientais, incluindo um conjunto de ações intersetoriais dirigidas à infra-estrutura física, aos recursos tecnológicos e humanos (profissionais e familiares).This descriptive, exploratory and observational quantitative study aimed to determine ambient noise levels at the intermediary neonatal care unit of a university hospital in Ribeirão Preto-SP and dimension sound pressure levels (SPL) produced by air-conditioning, lamps at the nursing ward and the functioning of apnea monitors; alarms going off; open water taps; handling of garbage cans; conversations among professionals (medical visit and nursing shift change) and external noise (opening and closing the access door of the neonatal unit and conversation in the antechamber). Ambient noise was dimensioned at the minimal manipulation nursing ward in the intermediary neonatal care unit of the university hospital in Ribeirão Preto-SP for two consecutive weeks. In the first week, ambient noise levels were measured every day for 12 hours, from 7 a.m. to 7 p.m. In the second, ambient noise was measured every night for 12 hours, from 7 p.m. to 7 a.m. A Quest-400 dosimeter was used to measure SPL, placed in the center of the ward and hung from the roof at 70 cm. To dimension each internal and external noise distinguished in the second objective, only the hospitalized babies and the researcher continued at the ward, avoiding the presence of other audible noise. Sound pressure levels were measured for three consecutive minutes, except during nursing shift changes, including three measurement moments, one at the end of each shift. For data analysis, QuestSuiteMR was used to process SPL in numerical answers and move them to Excel 2003 and SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) worksheets. The mean sound level at the unit was 60.8dBA. A variability of 20.8dBA (from 51.8 to 72.6dBA) was found for Leq, 23.6dBA (90.1 to 113.7dBA) for Lpeak, 42.8dBA (52.1 to 90.9dBA) for Lmax and 1.4dBA (50.7 to 52.1dBA) for Lmin. The results confirmed the hypotheses that noise is intense, even at a minimal manipulation ward, and that opening and closing the garbage can is the most intense noise source (mean Leq 59.3dBA). The open door of the nursing ward allowed more external noise from the antechamber to enter, especially noise produced by opening and closing the running door that gave access to the neonatal unit (57.3dBA). This confirmed the third hypothesis, that is, that environmental noise decreases when the door of the nursing ward is closed. The fourth hypothesis was also confirmed, i.e. that conversations between professionals during shift changes and medical visits were a source of intense noise. The highest Leq corresponded to 63.8dBA in both situations. Sound pressure levels were intense across all shifts and days of the data collection period, exceeding recommendations and technical standards for adequate noise levels at neonatal units. Based on these results and on literature, a protocol was elaborated to control the excess of ambient noise stimuli, including a set of intersectorial actions directed at physical infrastructure, technological and human resources (professionals and family members).Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPScochi, Carmen Gracinda SilvanZamberlan, Nelma Ellen2006-06-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-20072006-175621/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:50Zoai:teses.usp.br:tde-20072006-175621Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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