A aprendizagem motora de idosos na perspectiva do efeito da interferência contextual
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-20022015-094652/ |
Resumo: | É sabido que a população idosa vem aumentando em números relativamente altos, gerando preocupações em relação aos cuidados que necessitam. Uma forma de idosos se manterem ativos é através da aprendizagem de novas habilidades motoras. Neste sentido, foram encontrados poucos estudos envolvendo a população idosa e o efeito da interferência contextual, particularmente estudos que utilizassem habilidades esportivas como tarefa. O objetivo do estudo foi investigar se há o efeito da interferência contextual na aprendizagem de uma habilidade esportiva em idosos. Foram selecionados para participar do estudo quarenta idosos (65-80 anos), fisicamente ativos, que foram divididos aleatoriamente em dois grupos: prática variada aleatória; e prática variada em blocos. A tarefa praticada foi o arremesso a ponto do jogo de bocha e bola deveria atingir três alvos nas distâncias de 2, 4 e 6 metros. A prática constou de 120 tentativas divididas em duas sessões de prática. Foram realizados dois testes de Retenção (10min e 24h) e também dois testes de Transferência (24 horas), sendo um realizado com a mão preferencial e outro com a mão não preferencial do participante, com o alvo à 5 metros. As medidas de desempenho utilizadas foram o erro radial, o desvio padrão do erro radial e a frequência de erros grosseiros. Também foram realizadas medidas cinemáticas, como amplitude, velocidade média e pico de aceleração de deslocamento da bola no forwardswing; e velocidade de soltura da bola. Na comparação entre os grupos de prática, não foi encontrada diferença no erro radial ou no desvio padrão do erro (p > 0,05), mas na frequência de erros grosseiros houve diferença entre os grupos apenas na fase de aquisição (p < 0,05). Além disso, as análises inferenciais referentes às medidas cinemáticas nos testes de retenção e transferência, tanto da velocidade média como da velocidade de soltura, mostraram que os idosos de ambos os grupos mudaram a velocidade nos testes (p < 0,05), provavelmente procurando ajustar o movimento. Correlações de Pearson foram realizadas entre medidas de desempenho e medidas cinemáticas e observou-se apenas uma correlação fraca entre o erro radial e a amplitude de deslocamento da bola no teste de transferência com a mão não preferencial (p < 0,05). Em conjunto, os resultados mostraram que os grupos apresentaram desempenho semelhante em ambas as estruturas de prática (aleatória e blocos) e, portanto, não houve efeito da interferência contextual na aprendizagem de idosos nesta habilidade esportiva. No entanto, pode ser argumentado que o controle adequado de força necessário no arremesso a ponto possa exigir maior tempo de prática para ser adquirido |
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A aprendizagem motora de idosos na perspectiva do efeito da interferência contextualMotor learning for the elderly from the perspective of the contextual interference effectContextual interferenceElderlyHabilidade esportivaIdososInterferência contextualOrganização de práticaPractice scheduleSports skillÉ sabido que a população idosa vem aumentando em números relativamente altos, gerando preocupações em relação aos cuidados que necessitam. Uma forma de idosos se manterem ativos é através da aprendizagem de novas habilidades motoras. Neste sentido, foram encontrados poucos estudos envolvendo a população idosa e o efeito da interferência contextual, particularmente estudos que utilizassem habilidades esportivas como tarefa. O objetivo do estudo foi investigar se há o efeito da interferência contextual na aprendizagem de uma habilidade esportiva em idosos. Foram selecionados para participar do estudo quarenta idosos (65-80 anos), fisicamente ativos, que foram divididos aleatoriamente em dois grupos: prática variada aleatória; e prática variada em blocos. A tarefa praticada foi o arremesso a ponto do jogo de bocha e bola deveria atingir três alvos nas distâncias de 2, 4 e 6 metros. A prática constou de 120 tentativas divididas em duas sessões de prática. Foram realizados dois testes de Retenção (10min e 24h) e também dois testes de Transferência (24 horas), sendo um realizado com a mão preferencial e outro com a mão não preferencial do participante, com o alvo à 5 metros. As medidas de desempenho utilizadas foram o erro radial, o desvio padrão do erro radial e a frequência de erros grosseiros. Também foram realizadas medidas cinemáticas, como amplitude, velocidade média e pico de aceleração de deslocamento da bola no forwardswing; e velocidade de soltura da bola. Na comparação entre os grupos de prática, não foi encontrada diferença no erro radial ou no desvio padrão do erro (p > 0,05), mas na frequência de erros grosseiros houve diferença entre os grupos apenas na fase de aquisição (p < 0,05). Além disso, as análises inferenciais referentes às medidas cinemáticas nos testes de retenção e transferência, tanto da velocidade média como da velocidade de soltura, mostraram que os idosos de ambos os grupos mudaram a velocidade nos testes (p < 0,05), provavelmente procurando ajustar o movimento. Correlações de Pearson foram realizadas entre medidas de desempenho e medidas cinemáticas e observou-se apenas uma correlação fraca entre o erro radial e a amplitude de deslocamento da bola no teste de transferência com a mão não preferencial (p < 0,05). Em conjunto, os resultados mostraram que os grupos apresentaram desempenho semelhante em ambas as estruturas de prática (aleatória e blocos) e, portanto, não houve efeito da interferência contextual na aprendizagem de idosos nesta habilidade esportiva. No entanto, pode ser argumentado que o controle adequado de força necessário no arremesso a ponto possa exigir maior tempo de prática para ser adquiridoIt is known that the elderly population is increasing in relatively high numbers, generating concerns about the care they need. A form of seniors remain active is through the learning of new motor skills. In this sense, few studies involving the elderly population and the contextual interference effect have been found, particularly, studies that used sports skills as task. The objective of this study was to investigate if there is the contextual interference effect on sports skill learning in elderly. We selected 40 old persons (65-80 years old), physically active, which were divided randomly into two groups: random varied practice; and practice varied in blocks. The task was the throwing practiced at the bocce game, in which the ball should reach three targets at distances of 2, 4 and 6 meters. The practice consisted of 120 attempts divided into two practice sessions. Two Retention tests were conducted (10 min and 24 hours) and also two Transfer tests (24 hours), being performed with the preferential hand and also with the non-preferential hand of the participant, with the target at 5 meters. The performance measures used were the radial error, the standard deviation of radial error and frequency of gross errors. Kinematic measures were also used, such as amplitude, average speed and peak of acceleration in the displacement of the ball on the forwardswing; and also, speed of release of the ball. Comparisons between the practice groups, found no difference in the radial error or the standard deviation of the error (p > 0.05), but in the frequency of gross errors, there was a difference between the groups only at the acquisition phase (p < 0.05). In addition, the inferential analysis on retention and transfer tests, both the average speed as the speed of release, showed that the elderly of both groups have changed the speed (p < 0.05), probably trying to adjust the movement. Pearson correlations were performed between performance and kinematic measures and there was only a weak correlation between the radial error and amplitude on the transfer test with the non-preferential hand (p < 0.05). Overall, the results showed that the groups have similar performance on both practice structures (random and blocks) and, therefore, there was no effect of contextual interference in learning this sport skill by the elderly. However, it can be argued that the proper control of force needed in this task may require more practice time to be acquiredBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSantos, Suely dosSouza, Marina Gusman Thomazi Xavier de2014-12-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-20022015-094652/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:56Zoai:teses.usp.br:tde-20022015-094652Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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É sabido que a população idosa vem aumentando em números relativamente altos, gerando preocupações em relação aos cuidados que necessitam. Uma forma de idosos se manterem ativos é através da aprendizagem de novas habilidades motoras. Neste sentido, foram encontrados poucos estudos envolvendo a população idosa e o efeito da interferência contextual, particularmente estudos que utilizassem habilidades esportivas como tarefa. O objetivo do estudo foi investigar se há o efeito da interferência contextual na aprendizagem de uma habilidade esportiva em idosos. Foram selecionados para participar do estudo quarenta idosos (65-80 anos), fisicamente ativos, que foram divididos aleatoriamente em dois grupos: prática variada aleatória; e prática variada em blocos. A tarefa praticada foi o arremesso a ponto do jogo de bocha e bola deveria atingir três alvos nas distâncias de 2, 4 e 6 metros. A prática constou de 120 tentativas divididas em duas sessões de prática. Foram realizados dois testes de Retenção (10min e 24h) e também dois testes de Transferência (24 horas), sendo um realizado com a mão preferencial e outro com a mão não preferencial do participante, com o alvo à 5 metros. As medidas de desempenho utilizadas foram o erro radial, o desvio padrão do erro radial e a frequência de erros grosseiros. Também foram realizadas medidas cinemáticas, como amplitude, velocidade média e pico de aceleração de deslocamento da bola no forwardswing; e velocidade de soltura da bola. Na comparação entre os grupos de prática, não foi encontrada diferença no erro radial ou no desvio padrão do erro (p > 0,05), mas na frequência de erros grosseiros houve diferença entre os grupos apenas na fase de aquisição (p < 0,05). Além disso, as análises inferenciais referentes às medidas cinemáticas nos testes de retenção e transferência, tanto da velocidade média como da velocidade de soltura, mostraram que os idosos de ambos os grupos mudaram a velocidade nos testes (p < 0,05), provavelmente procurando ajustar o movimento. Correlações de Pearson foram realizadas entre medidas de desempenho e medidas cinemáticas e observou-se apenas uma correlação fraca entre o erro radial e a amplitude de deslocamento da bola no teste de transferência com a mão não preferencial (p < 0,05). Em conjunto, os resultados mostraram que os grupos apresentaram desempenho semelhante em ambas as estruturas de prática (aleatória e blocos) e, portanto, não houve efeito da interferência contextual na aprendizagem de idosos nesta habilidade esportiva. No entanto, pode ser argumentado que o controle adequado de força necessário no arremesso a ponto possa exigir maior tempo de prática para ser adquirido |
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