As atividades de marketing em agências de viagens

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Falcão, Roberto Flores
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-04022019-153329/
Resumo: O elevado nível de competição e a turbulência também passaram a ser a realidade em mercados que tradicionalmente eram mais tranquilos no Brasil. É o caso de mercados como o de farmácias e drogarias, o de petshops e cuidados animais, o da beleza e estética, assim como o do turismo e hospitalidade. Este último tem apresentado considerável expressividade na economia do país; em 2016, o setor foi responsável por 3,2% do PIB (equivalente a R$ 175 milhões) e gerou 2,5 milhões de empregos (aproximadamente 3% das vagas formais no país). No Brasil, em 2015, segundo o Ministério do Turismo, mais de 18 mil agências estavam registradas - juntas empregavam mais do que a indústria automobilística: 35 mil empregos diretos e mais de 100 mil empregos indiretos. Contudo, apesar de seu crescimento e do acirramento da concorrência causada por fatores como a globalização e a internet, a profissionalização do setor não ocorreu na mesma velocidade, levando agências tradicionais a encerrarem suas atividades. Recentemente, a internet alterou consideravelmente a forma de distribuição de produtos turísticos. A rede mundial de computadores também potencializou a criação de novos destinos, aumentou o conhecimento e o poder do consumidor e deixou muitas empresas de turismo perdidas. Diversos autores destacam ainda que o comportamento do consumidor mudou. Não apenas em função de seu conhecimento e acesso a informações e fornecedores, mas em termos de exigência de atendimento, planejamento prévio, sensibilidade a preços e expectativa quanto ao padrão de qualidade dos serviços entregues pelos fornecedores. Neste contexto, definiu-se o problema de pesquisa do presente estudo: quais são as atividades de marketing praticadas pelas agências de viagens (operadoras ou não) no Brasil e como elas são desenvolvidas e aplicadas à luz da teoria? Por meio de uma pesquisa exploratória, de cunho qualitativa, foram identificados os principais players do setor (agências de luxo, de massa, online e de menor porte). Após 2 pré-testes, foram desenvolvidas 15 entrevistas: 13 com agências e 2 com profissionais especialistas no setor. O conteúdo das entrevistas foi então transcrito e analisado por meio de uma abordagem mais flexível, mas com categorias pré-determinadas. As categorias são justamente os itens explorados no referencial teórico, destacando-se as atividades de marketing: o mercado de turismo no Brasil e as entidades, as atividades relativas à segmentação e ao posicionamento, ao planejamento, a decisões de produto, de preço, de praça e de promoção, bem como sobre a captação e retenção de clientes, ao papel das pessoas, dos processos e das evidências físicas, e à utilização da tecnologia. Identificou-se que o setor tem passado por um processo de profissionalização, mas ainda há margem para o aprimoramento da maior parte das atividades de marketing. De modo geral, as agências sentem muita dificuldade em precificar seus produtos, ainda não desenvolveram estratégias para lidar com a realidade de multicanais, utilizam pouco o potencial da comunicação de marketing e não possuem programas de relacionamento com seus clientes. Com isso, parte do setor funciona com base em uma concorrência de preços, motivo pelo qual a internet tem crescido como canal de distribuição (seja por meio da venda direta ou pelo crescimento das OTAs).
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Contudo, apesar de seu crescimento e do acirramento da concorrência causada por fatores como a globalização e a internet, a profissionalização do setor não ocorreu na mesma velocidade, levando agências tradicionais a encerrarem suas atividades. Recentemente, a internet alterou consideravelmente a forma de distribuição de produtos turísticos. A rede mundial de computadores também potencializou a criação de novos destinos, aumentou o conhecimento e o poder do consumidor e deixou muitas empresas de turismo perdidas. Diversos autores destacam ainda que o comportamento do consumidor mudou. Não apenas em função de seu conhecimento e acesso a informações e fornecedores, mas em termos de exigência de atendimento, planejamento prévio, sensibilidade a preços e expectativa quanto ao padrão de qualidade dos serviços entregues pelos fornecedores. Neste contexto, definiu-se o problema de pesquisa do presente estudo: quais são as atividades de marketing praticadas pelas agências de viagens (operadoras ou não) no Brasil e como elas são desenvolvidas e aplicadas à luz da teoria? Por meio de uma pesquisa exploratória, de cunho qualitativa, foram identificados os principais players do setor (agências de luxo, de massa, online e de menor porte). Após 2 pré-testes, foram desenvolvidas 15 entrevistas: 13 com agências e 2 com profissionais especialistas no setor. O conteúdo das entrevistas foi então transcrito e analisado por meio de uma abordagem mais flexível, mas com categorias pré-determinadas. As categorias são justamente os itens explorados no referencial teórico, destacando-se as atividades de marketing: o mercado de turismo no Brasil e as entidades, as atividades relativas à segmentação e ao posicionamento, ao planejamento, a decisões de produto, de preço, de praça e de promoção, bem como sobre a captação e retenção de clientes, ao papel das pessoas, dos processos e das evidências físicas, e à utilização da tecnologia. Identificou-se que o setor tem passado por um processo de profissionalização, mas ainda há margem para o aprimoramento da maior parte das atividades de marketing. De modo geral, as agências sentem muita dificuldade em precificar seus produtos, ainda não desenvolveram estratégias para lidar com a realidade de multicanais, utilizam pouco o potencial da comunicação de marketing e não possuem programas de relacionamento com seus clientes. Com isso, parte do setor funciona com base em uma concorrência de preços, motivo pelo qual a internet tem crescido como canal de distribuição (seja por meio da venda direta ou pelo crescimento das OTAs).The high level of competition recently became reality in markets that traditionally were less turbulent in Brazil. This is the case of markets such as drugstores, petshops and animal care, beauty and aesthetics, as well as tourism and hospitality. The latter has shown considerable expressiveness in the country\'s economy; in 2016, the sector accounted for 3.2% of the GDP (equivalent to R$ 175 million) and generated 2.5 million jobs (approximately 3% of the formal vacancies in the country). In Brazil, in 2015, according to the Ministry of Tourism, more than 18,000 travel agencies were registered - together they employed more than the automobile industry: 35,000 direct jobs and more than 100,000 indirect jobs. However, despite its growth and increased competition caused by factors such as globalization and the internet, the professionalization of the sector did not occur at the same speed, leading traditional agencies to end their activities. Recently, the internet has changed considerably the form of distribution of tourism products. It has also potentiated the creation of new destinations, increased consumer knowledge and bargaining power, and left many tourism companies lost. Several authors also point out that consumer behavior has changed. Not only due to their knowledge and access to information and suppliers, but in terms of service requirement, prior planning, price sensitivity and expectation regarding the quality standard of services delivered by suppliers. In this context, the research problem of the present study was defined: what are the marketing activities practiced by travel agencies (operators or not) in Brazil and how are they developed and applied in the light of the theory? Through an exploratory research, with a qualitative approach, the main players of the sector (luxury, mass, online and smaller agencies) were identified. After 2 pre-tests, 15 interviews were developed: 13 with agencies and 2 with professionals specialized in the sector. The content of the interviews was then transcribed and analyzed through a more flexible approach, with pre-determined categories. The categories are precisely the items explored in the theoretical referential, highlighting the marketing activities: the tourism market in Brazil and its entities, activities related to segmentation and positioning, planning, product decisions, price, place and promotion, as well as on the acquisition and retention of customers, the role of people, processes and physical evidence, and the use of technology. It was identified that the sector has undergone a process of professionalization, but there is still room for improvement of most marketing activities. Agencies generally find it difficult to price their products, have not yet developed strategies to deal with a multichannel reality, use little of the potential of marketing communication, and do not have customer relationship programs. As a result, part of the industry operates on the basis of price competition, which is why the internet has grown as a distribution channel (whether through direct sales or the growth of OTAs).Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCampomar, Marcos CortezFalcão, Roberto Flores2018-11-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-04022019-153329/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-04-09T23:21:59Zoai:teses.usp.br:tde-04022019-153329Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-04-09T23:21:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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