Mapeamento de epítopos para desenvolvimento de vacina a partir do antígeno M de Histoplasma capsulatum.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Taira, Cleison Ledesma
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-23122021-110403/
Resumo: Histoplasma capsulatum é um fungo termodimórfico, encontrado de forma ubíqua na natureza. As regiões endêmicas incluem os vales do rio Ohio e Mississipi (EUA), a América Central e a América do Sul; no Brasil casos da doença e microepidemias vêm sendo descritos com maior frequência na região sudeste. O antígeno M é uma glicoproteína encontrada na parede do fungo e induz resposta imune tanto na fase aguda quanto na fase crônica da doença. Levando em consideração que a caracterização do antígeno M como candidato a vacina ainda não foi realizada é de grande importância a avaliação e identificação de epítopos que possam gerar novas ferramentas para utilização na prevenção da histoplasmose. Neste trabalho foram sintetizados peptídeos, a partir de análise in silico da sequência do antígeno M, com capacidade teórica de se ligar e serem apresentados por moléculas de MHC de classe II de camundongos C57BL/6. Das sequências geradas foram escolhidas e sintetizadas 12, entre as quais, três (peptídeo 6, 10 e 12) apresentaram resultados promissores na imunização profilática de camundongos contra a histoplasmose, diminuindo a carga fúngica nos pulmões e produzindo citocinas com perfil de resposta imune do tipo Th1 (peptídeo 12) e Th17 (peptídeo 10 e 12) em animais desafiados com inóculo subletal do fungo. Também foram identificados 9 peptídeos de H. capsulatum (naturalmente processados e apresentados), por espectrometria de massa, a partir de macrófagos infectados com leveduras, submetidos a imunoprecipitação para isolamento dos complexos MHC-II-peptídeo. Concluímos que metodologias de predição in silico são importantes e de grande utilidade para mapeamento de sequências peptídicas provenientes de proteínas imunogênicas, visto que, três peptídeos testados apresentaram resultados promissores na imunização de animais posteriormente desafiados com os fungos; em relação à metodologia de imunoproteômica para identificação de peptídeos apresentados por células APCs após fagocitose do fungo, acreditamos que essa técnica é promissora, pois as sequências peptídicas identificadas foram naturalmente processadas e apresentadas, tendo possibilidade de serem capazes de estimular o TCR e desencadear resposta imune de células T, sendo necessária confirmação com testes in vitro e in vivo.
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Levando em consideração que a caracterização do antígeno M como candidato a vacina ainda não foi realizada é de grande importância a avaliação e identificação de epítopos que possam gerar novas ferramentas para utilização na prevenção da histoplasmose. Neste trabalho foram sintetizados peptídeos, a partir de análise in silico da sequência do antígeno M, com capacidade teórica de se ligar e serem apresentados por moléculas de MHC de classe II de camundongos C57BL/6. Das sequências geradas foram escolhidas e sintetizadas 12, entre as quais, três (peptídeo 6, 10 e 12) apresentaram resultados promissores na imunização profilática de camundongos contra a histoplasmose, diminuindo a carga fúngica nos pulmões e produzindo citocinas com perfil de resposta imune do tipo Th1 (peptídeo 12) e Th17 (peptídeo 10 e 12) em animais desafiados com inóculo subletal do fungo. Também foram identificados 9 peptídeos de H. capsulatum (naturalmente processados e apresentados), por espectrometria de massa, a partir de macrófagos infectados com leveduras, submetidos a imunoprecipitação para isolamento dos complexos MHC-II-peptídeo. Concluímos que metodologias de predição in silico são importantes e de grande utilidade para mapeamento de sequências peptídicas provenientes de proteínas imunogênicas, visto que, três peptídeos testados apresentaram resultados promissores na imunização de animais posteriormente desafiados com os fungos; em relação à metodologia de imunoproteômica para identificação de peptídeos apresentados por células APCs após fagocitose do fungo, acreditamos que essa técnica é promissora, pois as sequências peptídicas identificadas foram naturalmente processadas e apresentadas, tendo possibilidade de serem capazes de estimular o TCR e desencadear resposta imune de células T, sendo necessária confirmação com testes in vitro e in vivo.Histoplasma capsulatum is a thermodymorphic fungus, found ubiquitously in nature. Endemic regions include the valleys of the Ohio River and Mississippi (USA), Central America and South America; in Brazil disease cases and microepidemias have been described more frequently in the southeast region. M antigen is a glycoprotein found in the wall of the fungus and induces immune response in both acute and chronic phases of the disease. The characterization of the M antigen as vaccine candidate has not yet been performed and it is of great importance the evaluation and identification of epitopes that can generate new tools for use in the prevention of histoplasmosis. In this work, peptides from in silico analysis of protein antigen M sequence, with the theoretical ability to bind and be presented by MHC class II molecules of C57BL/6 mice, were synthesized. Twelve of the sequences generated were selected and synthesized, among which three (peptides 6, 10 and 12) showed promising results in the prophylactic immunization of mice against histoplasmosis, reducing the fungal load in the lungs and producing cytokines with Th1 response profile (peptide 12) and Th17 response profile (peptide 10 and 12) in animals challenged with sublethal inoculum of the fungus. Also, nine peptide sequences of H. capsulatum (naturally processed and presented) were identified by mass spectrometry from yeast-infected macrophages submitted to immunoprecipitation to isolate the MHC-II peptide complexes. We conclude that in silico prediction methodologies are important and useful for the peptide sequences mapping from immunogenic proteins, since three peptides tested showed promising results in the immunization of animals later challenged with fungi; in relation to the immunoproteomics approach for the identification of peptides presented by APC cells after phagocytosis of the fungus, we believe that this technique is promising because the identified peptide sequences were naturally processed and presented, being able to stimulate the TCR and trigger T cells immune response, confirming with in vitro and in vivo tests is still required.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTaborda, Carlos PelleschiTaira, Cleison Ledesma2019-08-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-23122021-110403/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-12-23T13:00:22Zoai:teses.usp.br:tde-23122021-110403Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-23T13:00:22Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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