Alimentação fora do lar e sua relação com a qualidade da dieta de moradores do município de São Paulo: Estudo ISA - Capital
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-17012013-093612/ |
Resumo: | Introdução. A alimentação é considerada pela Organização Mundial da Saúde um dos principais fatores de risco modificáveis para doenças crônicas não transmissíveis, ressaltando a importância do entendimento dos hábitos alimentares e seus determinantes no atual cenário epidemiológico. Entretanto, pouco se sabe sobre as características nutricionais e as características dos usuários da alimentação fora do lar. Objetivo. Investigar a qualidade nutricional da alimentação fora do lar e sua relação com características sociais, demográficas e de estilo de vida. Materiais e métodos. Estudo transversal, de base populacional, por meio de inquérito domiciliar, com amostra de 232 adolescentes e 602 adultos e idosos. Foi aplicado questionário sobre hábitos de vida, condições sóciodemográficas, atividade física e inquérito alimentar, por meio do recordatório de 24h. As características das refeições realizadas fora do lar foram investigadas pelo uso do Índice de Qualidade da Refeição (IQR), com base nas recomendações da Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde brasileiro. A associação entre alimentar-se fora do lar e a qualidade da dieta, verificada por meio do Índice de Qualidade da Dieta Revisado para a População Brasileira (IQD-R) foi investigada pelo uso de modelos de regressão linear múltiplo. A razão de prevalência de pessoas consumindo refeições fora do lar e sua associação com as características sociais, demográficas e de estilo de vida foi analisada através da regressão de Poisson com variância robusta. Resultados. Dentre os 834 entrevistados, 32 por cento relataram ter realizado ao menos uma das três principais refeições (café da manhã, almoço e jantar) fora de casa. Foram detectadas associações estatisticamente significantes entre consumir alimentos fora do lar e ter excesso de peso. Pôde-se observar a presença tanto de alimentos marcadores de uma dieta saudável, a exemplo do arroz e feijão, como de alimentos integrantes de uma dieta não saudável, como refrigerantes, salgados, sanduíches e pizzas. O escore médio do Índice de Qualidade da Refeição realizada fora do lar foi de 42,62 (IC 95 por cento : 36,17-49,07) pontos no café da manhã; 42,54 (IC 95 por cento : 37,7547,34) pontos no almoço e 42,92 (IC 95 por cento : 36,47-49,38) pontos no jantar. Almoçar fora de casa apresentou associação negativa (p<0.05) com a qualidade da dieta, independente do sexo, renda familiar per capita e estado nutricional. Conclusão. Os achados sugerem que alimentar-se fora de casa pode contribuir como fator de risco modificável para DCNT, apresentando maior teor de gorduras total e saturada. No entanto, a qualidade nutricional das refeições realizadas dentro de casa também precisa ser melhorada |
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Alimentação fora do lar e sua relação com a qualidade da dieta de moradores do município de São Paulo: Estudo ISA - CapitalFood consumption away from home and its relation to the dietary quality in São Paulo: study ISA-capitalAlimentação Fora do LarDietFeeding Away from HomeFood HabitsHábitos AlimentaresQualidade da DietaIntrodução. A alimentação é considerada pela Organização Mundial da Saúde um dos principais fatores de risco modificáveis para doenças crônicas não transmissíveis, ressaltando a importância do entendimento dos hábitos alimentares e seus determinantes no atual cenário epidemiológico. Entretanto, pouco se sabe sobre as características nutricionais e as características dos usuários da alimentação fora do lar. Objetivo. Investigar a qualidade nutricional da alimentação fora do lar e sua relação com características sociais, demográficas e de estilo de vida. Materiais e métodos. Estudo transversal, de base populacional, por meio de inquérito domiciliar, com amostra de 232 adolescentes e 602 adultos e idosos. Foi aplicado questionário sobre hábitos de vida, condições sóciodemográficas, atividade física e inquérito alimentar, por meio do recordatório de 24h. As características das refeições realizadas fora do lar foram investigadas pelo uso do Índice de Qualidade da Refeição (IQR), com base nas recomendações da Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde brasileiro. A associação entre alimentar-se fora do lar e a qualidade da dieta, verificada por meio do Índice de Qualidade da Dieta Revisado para a População Brasileira (IQD-R) foi investigada pelo uso de modelos de regressão linear múltiplo. A razão de prevalência de pessoas consumindo refeições fora do lar e sua associação com as características sociais, demográficas e de estilo de vida foi analisada através da regressão de Poisson com variância robusta. Resultados. Dentre os 834 entrevistados, 32 por cento relataram ter realizado ao menos uma das três principais refeições (café da manhã, almoço e jantar) fora de casa. Foram detectadas associações estatisticamente significantes entre consumir alimentos fora do lar e ter excesso de peso. Pôde-se observar a presença tanto de alimentos marcadores de uma dieta saudável, a exemplo do arroz e feijão, como de alimentos integrantes de uma dieta não saudável, como refrigerantes, salgados, sanduíches e pizzas. O escore médio do Índice de Qualidade da Refeição realizada fora do lar foi de 42,62 (IC 95 por cento : 36,17-49,07) pontos no café da manhã; 42,54 (IC 95 por cento : 37,7547,34) pontos no almoço e 42,92 (IC 95 por cento : 36,47-49,38) pontos no jantar. Almoçar fora de casa apresentou associação negativa (p<0.05) com a qualidade da dieta, independente do sexo, renda familiar per capita e estado nutricional. Conclusão. Os achados sugerem que alimentar-se fora de casa pode contribuir como fator de risco modificável para DCNT, apresentando maior teor de gorduras total e saturada. No entanto, a qualidade nutricional das refeições realizadas dentro de casa também precisa ser melhoradaBackground. Diet is considered by the World Health Organization a major modifiable risk factors for chronic diseases, emphasizing the importance of understanding the feeding habits and their determinants in the current epidemiological scenario. However little is known about the nutritional characteristics and the characteristics of users of food away from home. O bjective. To investigate the nutritional quality of food away from home and their relationship to social, demographic and lifestyle. Methods. Crosssectional study, a population-based, through a household survey with a sample of 232 adolescents (12-19 years), 602 adults and elderly (20 years or more) of both sexes. Dietary intake was measured by application of 24hR by phone. The overall dietary quality was assessed by the Brazilian Healthy Eating Index Revised (B-HEIR) and the Meal Quality Index (MQI) was used to evaluate dietary quality of the main meals. The association between the B-HEIR and the MQI was assessed by linear regression analysis. The proportion of people that consumed meals away from home and its association with the social, demographic and lifestyle were analyzed by Poisson regression with robust variance. Results. Among the 834 respondents, 32 per cent had at least one meal away from home. The average energy consumption per meal away from home was 628 kcal (sd 101kcal), about 35 per cent of the average daily consumption reported in this population. Statistically significant associations were found between food consumption away from home and overweight. It was observed the presence of both food markers of a healthy diet, such as rice and beans as food components of a unhealthy diet as soft drinks, snacks, sandwiches and pizzas. The average MQI score of lunch consumed away from home was lower than lunch at home, with higher amounts of total and saturated fats. Have lunch away from home was associated with the MQI score. Conclusion. Our findings suggest that eating meals away from home can contribute as a modifiable risk factor for chronic diseases, with higher levels of total and saturated fat. However, the meals consumed at home also need improvementBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMarchioni, Dirce Maria LoboGorgulho, Bartira Mendes2012-12-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-17012013-093612/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:35Zoai:teses.usp.br:tde-17012013-093612Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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