Fluxos de produção e consumo de milho no sul e sudeste do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Risseto, Viviane Vuolo
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-21052002-112810/
Resumo: Este estudo objetiva analisar os fluxos de produção e consumo de milho nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, no período 1990 - 1998. Foi quantificado o consumo mensal do milho por segmento, identificando os estados que apresentam escassez ou excedente do produto. Estimaram-se os padrões de variação estacional de preço. O consumo de milho na avicultura de corte e postura, suinocultura, pecuária de corte e leite e sementes foi obtido a partir da elaboração de métodos de estimação que exigiram a aplicação de índices zootécnicos. Para testar esses índices, foram realizadas entrevistas com 71 técnicos e produtores rurais. Do lado da produção, os dados mensais foram trabalhados a partir das estatísticas do IBGE, ponderadas pela sazonalidade de colheita estimada pela CONAB. A obtenção dos índices de variação estacional de preço foi realizada a partir do procedimento proposto por Hoffmann (1969), utilizando a média geométrica móvel. Os resultados mostraram que o consumo de milho na avicultura de corte cresceu 76% no Sul e 51% no Sudeste nos anos 90. Por outro lado, o consumo na avicultura de postura ficou praticamente estagnado nesse período. No caso da suinocultura, o consumo cresceu 72% no Sul e 63% no Sudeste. O acréscimo na pecuária de corte foi de 69% e 73%, nas regiões Sul e Sudeste, respectivamente. Na região Sul, o consumo de milho aumentou 63% no período e no Sudeste, 42%. Os maiores responsáveis por esses aumentos foram o Rio Grande do Sul e Minas Gerais, respectivamente. Os demais estados não apresentaram mudanças significativas. As perdas no transporte e armazenagem foram de 1,97 milhão de toneladas, 8,84% da produção. O Paraná apresentou maior excedente, seguido de Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Por outro lado, São Paulo é o maior deficitário. Não foi possível quantificar o consumo nas propriedades rurais. Os resultados mostram que os déficits estimados são 'proxies' das quantidades mínimas importadas de outros estados. Por outro lado, os excedentes podem ser, na realidade, menores. Como esperado, o índice sazonal do preço do milho atinge os menores valores na safra. Minas Gerais foi o estado que apresentou o menor índice sazonal, possivelmente por não haver escassez de milho ao longo do ano.
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spelling Fluxos de produção e consumo de milho no sul e sudeste do Brasil.Production and consumption flows of corn in the south and southeast of Brazil. agricultural commercializationagricultural marketagricultural production.comercialização agrícolaconsumoconsumptioncornmercado agrícolamilhoprodução agrícola.Este estudo objetiva analisar os fluxos de produção e consumo de milho nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, no período 1990 - 1998. Foi quantificado o consumo mensal do milho por segmento, identificando os estados que apresentam escassez ou excedente do produto. Estimaram-se os padrões de variação estacional de preço. O consumo de milho na avicultura de corte e postura, suinocultura, pecuária de corte e leite e sementes foi obtido a partir da elaboração de métodos de estimação que exigiram a aplicação de índices zootécnicos. Para testar esses índices, foram realizadas entrevistas com 71 técnicos e produtores rurais. Do lado da produção, os dados mensais foram trabalhados a partir das estatísticas do IBGE, ponderadas pela sazonalidade de colheita estimada pela CONAB. A obtenção dos índices de variação estacional de preço foi realizada a partir do procedimento proposto por Hoffmann (1969), utilizando a média geométrica móvel. Os resultados mostraram que o consumo de milho na avicultura de corte cresceu 76% no Sul e 51% no Sudeste nos anos 90. Por outro lado, o consumo na avicultura de postura ficou praticamente estagnado nesse período. No caso da suinocultura, o consumo cresceu 72% no Sul e 63% no Sudeste. O acréscimo na pecuária de corte foi de 69% e 73%, nas regiões Sul e Sudeste, respectivamente. Na região Sul, o consumo de milho aumentou 63% no período e no Sudeste, 42%. Os maiores responsáveis por esses aumentos foram o Rio Grande do Sul e Minas Gerais, respectivamente. Os demais estados não apresentaram mudanças significativas. As perdas no transporte e armazenagem foram de 1,97 milhão de toneladas, 8,84% da produção. O Paraná apresentou maior excedente, seguido de Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Por outro lado, São Paulo é o maior deficitário. Não foi possível quantificar o consumo nas propriedades rurais. Os resultados mostram que os déficits estimados são 'proxies' das quantidades mínimas importadas de outros estados. Por outro lado, os excedentes podem ser, na realidade, menores. Como esperado, o índice sazonal do preço do milho atinge os menores valores na safra. Minas Gerais foi o estado que apresentou o menor índice sazonal, possivelmente por não haver escassez de milho ao longo do ano.This dissertation analyses the production and consumption flows of corn in the South and Southeast regions of Brazil, during the 1990-1998 period. The monthly corn consumption was estimated in each segment, identifying the states that have deficits and surpluses of the product. The patterns of seasonal price variations were also estimated. The corn consumption in the chicken meat, eggs, pork meat, cattle meat, cattle dairy and seeds segments was obtained with estimation procedures that required the application of technical coefficients. In order to evaluate those indices, 71 specialists and producers were surveyed. The monthly production data was obtained employing the CONAB estimated harvest seasonal patterns to the yearly IBGE production data. The seasonal price variations were estimated using a method proposed by Hoffman (1969), based on geometric moving averages. The results show that the chicken meat segment corn consumption grew 76% in the South and 51% in the Southeast, during the 90's. On the other hand, in the eggs segment the corn consumption practically didn’t change during this period. For the pork meat segment, the consumption increase was 72% in the South and 63% in the Southeast. The increment for the cattle meat segment was 69% and 73%, respectively, for the South and Southeast regions. In the Brazilian South region as a whole, the corn consumption increased 63% in the period. In the Southeast, the growth was 42%. Respectively, the states of Rio Grande do Sul and Minas Gerais were the main drivers of this performance. The consumption for the other states didn’t change very much. The transportation and storage losses were 1,97 million of tons, 8,84% of total production. The highest surpluses were registered in Paraná, followed by Rio Grande do Sul and Minas Gerais. On the other side, the state of São Paulo displayed the largest production deficit. It wasn’t possible to estimate the corn consumption in the small and subsistence farms of the regions. The results suggest that the estimated deficits are proxies for the least amount of corn imported from other states. On the other hand, the real surpluses may be, in fact, smaller than the findings of this research. As expected, the corn price seasonal variations reach their lowest values during the harvest period. Minas Gerais was the state with smaller seasonal variation, probably due to the fact that there is no corn deficit during the year. 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