Licenciatura EAD em Ciências e Biodiversidade Vegetal: bases de conhecimento docente, crenças de formadores, percepções e produções de estudantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbosa, Pércia Paiva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-25062019-085110/
Resumo: A Botânica é uma das áreas da Biologia e das Ciências e tem reconhecida importância no ensino, especialmente quando se pensa no Brasil, a nação com a maior diversidade de plantas do planeta. Porém, o país vive um cenário de urgências ambientais, que exigem medidas socioeducativas visando o desenvolvimento de atitudes e valores dos cidadãos que garantam maior respeito ao ambiente. Consequentemente, é possível depreender a relevância do tema Biodiversidade Vegetal na Educação, propiciando que os indivíduos adquiram conhecimentos que os tornem aptos a adotar comportamentos relacionados à conservação das espécies. Apesar desse contexto, o Ensino de Botânica tem enfrentado diferentes desafios. Dentre as possibilidades para minimizar tais dificuldades, a adequada formação docente tem sido apontada como uma das alternativas capazes de aprimorar a abordagem da temática. Pesquisas enfocando as Bases de Conhecimento (entendidas segundo os trabalhos de Shulman e colaboradores) podem ajudar nesse sentido, uma vez que reconhecem a existência de conhecimentos específicos da profissão docente e a necessidade de desenvovê-los adequadamente. Neste cenário, a presente pesquisa teve como objetivo geral ampliar a compreensão sobre a formação de professores de Ciências, especialmente relacionada a um tema botânico (Biodiversidade Vegetal). Tendo em vista a crescente oferta de cursos à distância, julgamos pertinente abordá-los neste estudo. Diante disso, investigamos os conhecimentos base trabalhados em dois cursos de formação de professores de Ciências em EAD (Educação a Distância), oferecidos por universidades públicas do Estado de São Paulo. Como primeiro objetivo específico, buscamos identificar as bases de conhecimento abordadas nesses cursos de forma geral, e também empregando atenção especial nas disciplinas relacionadas à Botânica e também naquelas relacionadas à integração das tecnologias no ensino. Atividades presentes no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) foram utilizadas como dados de análise. Percebemos que ambos os cursos enfatizaram o desenvolvimento do Conhecimento de Conteúdo dos licenciandos, o que não consideramos um aspecto negativo. Entretanto, tendo em vista a importância dos diferentes conhecimentos base para o desenvolvimento docente (como o Conhecimento Pedagógico do Conteúdo, PCK; e o Conhecimento Tecnológico Pedagógico do Conteúdo, TPACK), em especial em Botânica e Biodiversidade Vegetal, acreditamos que uma abordagem mais equilibrada e integrada de tais conhecimentos em ambos os cursos investigados poderia promover uma formação mais adequada para o tema pesquisado. Como segundo objetivo específico, buscamos identificar as crenças das professoras-formadoras que elaboraram as aulas sobre Botânica/Biodiversidade Vegetal nos cursos investigados. Nosso intuito foi o de compreender as crenças destas sobre a formação de professores para essas temáticas em cursos à distância. Realizamos a análise das atividades presentes no AVA dos cursos (em especial as video aulas) e entrevistas. Identificamos que as aulas das formadoras foram coerentes com suas crenças sobre o processo de ensino-aprendizagem do tema investigado. Mais focada nos apectos conceituais, no caso das autoras envolvidas no Curso 1, e enfatizando o desenvolvimento do PCK, no caso da autora envolvida no Curso 2. Além disso, percebemos que o perfil das autoras, assim como a experiência acadêmica destas foram importantes para aquilo que consideraram necessário na formação de professores de Ciências à distância para os temas botânicos. Identificamos, ainda, algumas dificuldades e inquietações das formadoras com a modalidade EAD. O terceiro objetivo específico foi o de evidenciar as percepções dos licenciandos sobre o desenvolvimento de seus conhecimentos base ao longo de sua formação nos cursos, especialmente aqueles relacionados à Botânica e à Biodiversidade Vegetal. Elaboramos e aplicamos para cerca de 170 licenciandos um questionário com perguntas fechadas. Identificamos que a maioria dos estudantes tinham boas avaliações sobre o desenvolvimento de seus conhecimentos a partir dos respectivos cursos. Tal resultado não está sintonizado com a investigação que realizamos como primeiro objetivo específico, na qual verificamos que alguns conhecimentos base foram abordados de forma mais superficial. Buscamos identificar, como quarto objetivo específico, as bases de conhecimento mobilizadas por três licenciandos dos Cursos 1 e 2 ao planejarem sequências didáticas para o ensino da temática \"Biodiversidade Vegetal\" no Ensino Fundamental II. Por meio de diferentes instrumentos de coleta de dados (planos de aulas, questionários e entrevistas), identificamos que tais estudantes apresentaram bom desenvolvimento de alguns de seus conhecimentos base. Entretanto, também apresentaram lacunas nestes. Em nossa visão, essas últimas dificultaram a produção das sequências. Estas, por sua vez, apresentaram-se focadas em conteúdos mais conceituais e, muitas vezes, na transmissão de informações, sendo frequentes as aulas expositivas e o uso do livro didático como principal recurso didático. Assim, distanciaram-se em diversos aspectos dos indicadores esperados para sequências capazes de promover uma real mitigação da cegueira e analfabetismo botânicos. No entanto, ressaltamos que foram elaboradas por licenciandos, que ainda terão um longo percurso de aprimoramento de suas bases de conhecimento. Diante do que foi exposto, reforçamos a necessidade dos cursos de formação de professores de Ciências e, em especial, das disciplinas responsáveis pelos temas botânicos e pela integração das tecnologias no ensino, se atentarem para o desenvolvimento dos conhecimentos base de forma integrada e equilibrada, visando auxiliar os futuros educadores no aprimoramento de seus PCK e TPACK. Acreditamos que este foco pode permitir que tais licenciandos sejam capazes de ministrar os conteúdos da Botânica, em especial, Biodiversidade Vegetal, de forma mais próxima àquilo que se espera do processo de ensino-aprendizagem adequado dessa temática na Educação Básica, possivelmente, contribuindo para a mitigação dos desafios dessa área. Além disso, julgamos importante que os programas de formação docente na modalidade à distância se atentem para as especificidades desta, visando garantir uma formação mais próxima e adequada para o perfil do público participante. Incentivamos que os encontros presenciais aconteçam, garantindo que aulas práticas presenciais façam parte da formação do educador de Ciências. Por fim, e sem esgotarmos as possibilidades, por se tratarem de cursos à distância, é importante que tais programas de formação aproveitem as potencialidades dessa modalidade, principalmente daquelas, referentes ao desenvolvimento dos conhecimentos tecnológicos dos futuros professores, assim como invistam na formação dos próprios formadores de professores
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spelling Licenciatura EAD em Ciências e Biodiversidade Vegetal: bases de conhecimento docente, crenças de formadores, percepções e produções de estudantesDistance Courses for initial training of Science teachers and Plant Biodiversity: knowledge bases, beliefs of teacher-trainers, perceptions and productions of studentsConhecimentos BaseDistance EducationEnsino de BotânicaFormação de ProfessoresKnowledge basesPCKPCKTeacher trainingTeaching BotanyTPACKTPACKA Botânica é uma das áreas da Biologia e das Ciências e tem reconhecida importância no ensino, especialmente quando se pensa no Brasil, a nação com a maior diversidade de plantas do planeta. Porém, o país vive um cenário de urgências ambientais, que exigem medidas socioeducativas visando o desenvolvimento de atitudes e valores dos cidadãos que garantam maior respeito ao ambiente. Consequentemente, é possível depreender a relevância do tema Biodiversidade Vegetal na Educação, propiciando que os indivíduos adquiram conhecimentos que os tornem aptos a adotar comportamentos relacionados à conservação das espécies. Apesar desse contexto, o Ensino de Botânica tem enfrentado diferentes desafios. Dentre as possibilidades para minimizar tais dificuldades, a adequada formação docente tem sido apontada como uma das alternativas capazes de aprimorar a abordagem da temática. Pesquisas enfocando as Bases de Conhecimento (entendidas segundo os trabalhos de Shulman e colaboradores) podem ajudar nesse sentido, uma vez que reconhecem a existência de conhecimentos específicos da profissão docente e a necessidade de desenvovê-los adequadamente. Neste cenário, a presente pesquisa teve como objetivo geral ampliar a compreensão sobre a formação de professores de Ciências, especialmente relacionada a um tema botânico (Biodiversidade Vegetal). Tendo em vista a crescente oferta de cursos à distância, julgamos pertinente abordá-los neste estudo. Diante disso, investigamos os conhecimentos base trabalhados em dois cursos de formação de professores de Ciências em EAD (Educação a Distância), oferecidos por universidades públicas do Estado de São Paulo. Como primeiro objetivo específico, buscamos identificar as bases de conhecimento abordadas nesses cursos de forma geral, e também empregando atenção especial nas disciplinas relacionadas à Botânica e também naquelas relacionadas à integração das tecnologias no ensino. Atividades presentes no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) foram utilizadas como dados de análise. Percebemos que ambos os cursos enfatizaram o desenvolvimento do Conhecimento de Conteúdo dos licenciandos, o que não consideramos um aspecto negativo. Entretanto, tendo em vista a importância dos diferentes conhecimentos base para o desenvolvimento docente (como o Conhecimento Pedagógico do Conteúdo, PCK; e o Conhecimento Tecnológico Pedagógico do Conteúdo, TPACK), em especial em Botânica e Biodiversidade Vegetal, acreditamos que uma abordagem mais equilibrada e integrada de tais conhecimentos em ambos os cursos investigados poderia promover uma formação mais adequada para o tema pesquisado. Como segundo objetivo específico, buscamos identificar as crenças das professoras-formadoras que elaboraram as aulas sobre Botânica/Biodiversidade Vegetal nos cursos investigados. Nosso intuito foi o de compreender as crenças destas sobre a formação de professores para essas temáticas em cursos à distância. Realizamos a análise das atividades presentes no AVA dos cursos (em especial as video aulas) e entrevistas. Identificamos que as aulas das formadoras foram coerentes com suas crenças sobre o processo de ensino-aprendizagem do tema investigado. Mais focada nos apectos conceituais, no caso das autoras envolvidas no Curso 1, e enfatizando o desenvolvimento do PCK, no caso da autora envolvida no Curso 2. Além disso, percebemos que o perfil das autoras, assim como a experiência acadêmica destas foram importantes para aquilo que consideraram necessário na formação de professores de Ciências à distância para os temas botânicos. Identificamos, ainda, algumas dificuldades e inquietações das formadoras com a modalidade EAD. O terceiro objetivo específico foi o de evidenciar as percepções dos licenciandos sobre o desenvolvimento de seus conhecimentos base ao longo de sua formação nos cursos, especialmente aqueles relacionados à Botânica e à Biodiversidade Vegetal. Elaboramos e aplicamos para cerca de 170 licenciandos um questionário com perguntas fechadas. Identificamos que a maioria dos estudantes tinham boas avaliações sobre o desenvolvimento de seus conhecimentos a partir dos respectivos cursos. Tal resultado não está sintonizado com a investigação que realizamos como primeiro objetivo específico, na qual verificamos que alguns conhecimentos base foram abordados de forma mais superficial. Buscamos identificar, como quarto objetivo específico, as bases de conhecimento mobilizadas por três licenciandos dos Cursos 1 e 2 ao planejarem sequências didáticas para o ensino da temática \"Biodiversidade Vegetal\" no Ensino Fundamental II. Por meio de diferentes instrumentos de coleta de dados (planos de aulas, questionários e entrevistas), identificamos que tais estudantes apresentaram bom desenvolvimento de alguns de seus conhecimentos base. Entretanto, também apresentaram lacunas nestes. Em nossa visão, essas últimas dificultaram a produção das sequências. Estas, por sua vez, apresentaram-se focadas em conteúdos mais conceituais e, muitas vezes, na transmissão de informações, sendo frequentes as aulas expositivas e o uso do livro didático como principal recurso didático. Assim, distanciaram-se em diversos aspectos dos indicadores esperados para sequências capazes de promover uma real mitigação da cegueira e analfabetismo botânicos. No entanto, ressaltamos que foram elaboradas por licenciandos, que ainda terão um longo percurso de aprimoramento de suas bases de conhecimento. Diante do que foi exposto, reforçamos a necessidade dos cursos de formação de professores de Ciências e, em especial, das disciplinas responsáveis pelos temas botânicos e pela integração das tecnologias no ensino, se atentarem para o desenvolvimento dos conhecimentos base de forma integrada e equilibrada, visando auxiliar os futuros educadores no aprimoramento de seus PCK e TPACK. Acreditamos que este foco pode permitir que tais licenciandos sejam capazes de ministrar os conteúdos da Botânica, em especial, Biodiversidade Vegetal, de forma mais próxima àquilo que se espera do processo de ensino-aprendizagem adequado dessa temática na Educação Básica, possivelmente, contribuindo para a mitigação dos desafios dessa área. Além disso, julgamos importante que os programas de formação docente na modalidade à distância se atentem para as especificidades desta, visando garantir uma formação mais próxima e adequada para o perfil do público participante. Incentivamos que os encontros presenciais aconteçam, garantindo que aulas práticas presenciais façam parte da formação do educador de Ciências. Por fim, e sem esgotarmos as possibilidades, por se tratarem de cursos à distância, é importante que tais programas de formação aproveitem as potencialidades dessa modalidade, principalmente daquelas, referentes ao desenvolvimento dos conhecimentos tecnológicos dos futuros professores, assim como invistam na formação dos próprios formadores de professoresBotany is one of the areas of Biology and Science, being important on education, especially in Brazil, which has the greatest variety of plants on the world. However, this country has a worrying scenario related to environmental urgencies, which require socioeducational measures aimed at developing citizens\' attitudes and values to promote better environmental respect. Consequently, the theme Plant Biodiversity is important because it could allow individuals to develop knowledge that enables them to adopt behaviors related to plants conservation. Despite this context, the Teaching of Botany has faced different challenges. Among the possibilities to minimize such difficulties, to improve teacher training has been considerate as one of the good alternatives. Research focusing on knowledge bases (according to Shulman and colleagues) may help to improve teacher training because the authors recognize the existence of specific knowledge on teaching profession, that teachers need to develop properly. This research aims to increase the understanding of Science teacher training, especially related to Botany and Plant Biodiversity. Due to the growing number of Distance Education (DE) courses, we decidet to investigate them in this study. Therefore, we investigate the knowledge bases that were developed in two DE courses for initial training of science teachers, offered by public universities in the State of São Paulo. The first specific aim was identifying the knowledge bases that were present in these courses in general, and also with special attention in disciplines related to Botany and to integration of technologies in education. Activities in the Online Learning Environments were used as analysis data. We verified that both courses emphasized the development of Content Knowledge of the pre-service teachers. We did not consider this result as a negative aspect. However, due the importance of the development of different knowledge bases in teacher training courses (such as the Pedagogical Content Knowledge, PCK; and the Technological Pedagogical Knowledge of Content, TPACK), especially in Botany and Plant Biodiversity, we believe that a more balanced and integrated approach of these knowledge in both investigated courses could promote a more appropriate teacher training about Vegetal Biodiversity. The second specific aim was identifying the beliefs of the teacher-trainers\' that elaborated Botany/Plant Biodiversity classes of the investigated courses. Our intention was to understand their beliefs about teacher training for these subjects in DE courses. We analyzed the activities present in the Online Learning Environments of the courses (particularly the video lessons) and interviews. We identified that lessons of these trainers were coherent with their beliefs about the teaching-learning process of the investigated subject. The Course 1 trainers focused on the conceptual aspects and Curse 2 trainer emphasized the development of the PCK. In addition, we detected that the profile of the authors, as well as their academic experience, were important factors that influenced what they considered necessary to teacher training about Botany in DE courses. We also identified some difficulties and concerns of these trainers about the DE modality. The third specific aim was recognizing the perceptions of the pre-service teachers about the development of their knowledge bases throughout their training in their courses, especially, the knowledge bases related to Botany and to Plant Biodiversity. We prepared and applied a questionnaire with closed questions to around 170 pre-service teachers. We identified that most of these students had good evaluations about the development of their knowledge bases from the respective courses. This result is not similar with the ones that we obtained to the first specific aim of the present research, in which we verified that some knowledge bases was approached superficially. The fourth specific aim was detecting the knowledge bases mobilized by three pre-service teachers, of Courses 1 and 2, when they elaborated a didactic sequence about Plant Biodiversity to Elementary School. Different data collection instruments (lesson plans, questionnaires and interviews) were used and we identified that these pre-service teachers presented some positive aspects about the development of their knowledge bases. However, they also presented gaps on them. In our view, theses gaps had difficulted the elaboration of the sequences. These sequences have been very focused on more conceptual contents and, often, in the transmission of information. Exposure lessons were also frequent for two pre-service teachers. Thus, these sequences were distanced in some ways from the expected indicator for sequences capable of promoting a real mitigation of botanical blindness and illiteracy. However, we highlight that they were elaborated by pre-service teachers, who will still have a long way to improve their knowledge bases. Based on our results, we emphasize that DE courses for initial training of Science teachers (and specially in the subjects about Botany and Integration of technologies in education) need to promote the development of knowledge bases in integrated and balanced ways, in order to help future educators in the development of their PCK and TPACK. We believe that this focus may allow pre-service teachers to be able to teach contents of Botany, especially Plant Biodiversity, approaching the appropriate teaching-learning process of this subject in Basic Education. It can, possibly, contribute to the mitigation of the challenges in this area. In addition, we believe that it is important that DE teacher training programs consider their specifics, aiming to certifying a closer and adequate training for the profile of their public. We encourage that face-to-face meetings, ensuring that the practical classes are part of the training of the Science educator, including about botanical subjects. Finally, and without exhausting the possibilities, we highlight that DE courses of teacher training programs need to use the potential resources this modality, especially those related to the development of the technological knowledge of future teacher, as well as investing in the training of teachers\' trainersBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPUrsi, SuzanaBarbosa, Pércia Paiva2019-04-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-25062019-085110/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-06-24T15:58:40Zoai:teses.usp.br:tde-25062019-085110Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-06-24T15:58:40Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description A Botânica é uma das áreas da Biologia e das Ciências e tem reconhecida importância no ensino, especialmente quando se pensa no Brasil, a nação com a maior diversidade de plantas do planeta. Porém, o país vive um cenário de urgências ambientais, que exigem medidas socioeducativas visando o desenvolvimento de atitudes e valores dos cidadãos que garantam maior respeito ao ambiente. Consequentemente, é possível depreender a relevância do tema Biodiversidade Vegetal na Educação, propiciando que os indivíduos adquiram conhecimentos que os tornem aptos a adotar comportamentos relacionados à conservação das espécies. Apesar desse contexto, o Ensino de Botânica tem enfrentado diferentes desafios. Dentre as possibilidades para minimizar tais dificuldades, a adequada formação docente tem sido apontada como uma das alternativas capazes de aprimorar a abordagem da temática. Pesquisas enfocando as Bases de Conhecimento (entendidas segundo os trabalhos de Shulman e colaboradores) podem ajudar nesse sentido, uma vez que reconhecem a existência de conhecimentos específicos da profissão docente e a necessidade de desenvovê-los adequadamente. Neste cenário, a presente pesquisa teve como objetivo geral ampliar a compreensão sobre a formação de professores de Ciências, especialmente relacionada a um tema botânico (Biodiversidade Vegetal). Tendo em vista a crescente oferta de cursos à distância, julgamos pertinente abordá-los neste estudo. Diante disso, investigamos os conhecimentos base trabalhados em dois cursos de formação de professores de Ciências em EAD (Educação a Distância), oferecidos por universidades públicas do Estado de São Paulo. Como primeiro objetivo específico, buscamos identificar as bases de conhecimento abordadas nesses cursos de forma geral, e também empregando atenção especial nas disciplinas relacionadas à Botânica e também naquelas relacionadas à integração das tecnologias no ensino. Atividades presentes no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) foram utilizadas como dados de análise. Percebemos que ambos os cursos enfatizaram o desenvolvimento do Conhecimento de Conteúdo dos licenciandos, o que não consideramos um aspecto negativo. Entretanto, tendo em vista a importância dos diferentes conhecimentos base para o desenvolvimento docente (como o Conhecimento Pedagógico do Conteúdo, PCK; e o Conhecimento Tecnológico Pedagógico do Conteúdo, TPACK), em especial em Botânica e Biodiversidade Vegetal, acreditamos que uma abordagem mais equilibrada e integrada de tais conhecimentos em ambos os cursos investigados poderia promover uma formação mais adequada para o tema pesquisado. Como segundo objetivo específico, buscamos identificar as crenças das professoras-formadoras que elaboraram as aulas sobre Botânica/Biodiversidade Vegetal nos cursos investigados. Nosso intuito foi o de compreender as crenças destas sobre a formação de professores para essas temáticas em cursos à distância. Realizamos a análise das atividades presentes no AVA dos cursos (em especial as video aulas) e entrevistas. Identificamos que as aulas das formadoras foram coerentes com suas crenças sobre o processo de ensino-aprendizagem do tema investigado. Mais focada nos apectos conceituais, no caso das autoras envolvidas no Curso 1, e enfatizando o desenvolvimento do PCK, no caso da autora envolvida no Curso 2. Além disso, percebemos que o perfil das autoras, assim como a experiência acadêmica destas foram importantes para aquilo que consideraram necessário na formação de professores de Ciências à distância para os temas botânicos. Identificamos, ainda, algumas dificuldades e inquietações das formadoras com a modalidade EAD. O terceiro objetivo específico foi o de evidenciar as percepções dos licenciandos sobre o desenvolvimento de seus conhecimentos base ao longo de sua formação nos cursos, especialmente aqueles relacionados à Botânica e à Biodiversidade Vegetal. Elaboramos e aplicamos para cerca de 170 licenciandos um questionário com perguntas fechadas. Identificamos que a maioria dos estudantes tinham boas avaliações sobre o desenvolvimento de seus conhecimentos a partir dos respectivos cursos. Tal resultado não está sintonizado com a investigação que realizamos como primeiro objetivo específico, na qual verificamos que alguns conhecimentos base foram abordados de forma mais superficial. Buscamos identificar, como quarto objetivo específico, as bases de conhecimento mobilizadas por três licenciandos dos Cursos 1 e 2 ao planejarem sequências didáticas para o ensino da temática \"Biodiversidade Vegetal\" no Ensino Fundamental II. Por meio de diferentes instrumentos de coleta de dados (planos de aulas, questionários e entrevistas), identificamos que tais estudantes apresentaram bom desenvolvimento de alguns de seus conhecimentos base. Entretanto, também apresentaram lacunas nestes. Em nossa visão, essas últimas dificultaram a produção das sequências. Estas, por sua vez, apresentaram-se focadas em conteúdos mais conceituais e, muitas vezes, na transmissão de informações, sendo frequentes as aulas expositivas e o uso do livro didático como principal recurso didático. Assim, distanciaram-se em diversos aspectos dos indicadores esperados para sequências capazes de promover uma real mitigação da cegueira e analfabetismo botânicos. No entanto, ressaltamos que foram elaboradas por licenciandos, que ainda terão um longo percurso de aprimoramento de suas bases de conhecimento. Diante do que foi exposto, reforçamos a necessidade dos cursos de formação de professores de Ciências e, em especial, das disciplinas responsáveis pelos temas botânicos e pela integração das tecnologias no ensino, se atentarem para o desenvolvimento dos conhecimentos base de forma integrada e equilibrada, visando auxiliar os futuros educadores no aprimoramento de seus PCK e TPACK. Acreditamos que este foco pode permitir que tais licenciandos sejam capazes de ministrar os conteúdos da Botânica, em especial, Biodiversidade Vegetal, de forma mais próxima àquilo que se espera do processo de ensino-aprendizagem adequado dessa temática na Educação Básica, possivelmente, contribuindo para a mitigação dos desafios dessa área. Além disso, julgamos importante que os programas de formação docente na modalidade à distância se atentem para as especificidades desta, visando garantir uma formação mais próxima e adequada para o perfil do público participante. Incentivamos que os encontros presenciais aconteçam, garantindo que aulas práticas presenciais façam parte da formação do educador de Ciências. Por fim, e sem esgotarmos as possibilidades, por se tratarem de cursos à distância, é importante que tais programas de formação aproveitem as potencialidades dessa modalidade, principalmente daquelas, referentes ao desenvolvimento dos conhecimentos tecnológicos dos futuros professores, assim como invistam na formação dos próprios formadores de professores
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