Farinhas e pectinas oriundas das cascas de tangerina poncã (Citrus reticulata blanco) de diferentes regiões

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Diovana Dias
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24703
Resumo: Em uma pesquisa realizada nas feiras livres no município de Londrina-PR, foi identificado que as tangerinas da cultivar Poncã é uma das frutas mais descartadas, por podridão, gerando perdas econômicas e de nutrientes. Visando aproveitar as tangerinas poncã já selecionadas por feirantes como exclusão de compra dos consumidores e os subprodutos gerados na indústria de suco, este trabalho teve como objetivo elaborar e caracterizar farinhas obtidas com a secagem das cascas de poncã e extrair pectina das farinhas. As amostras, gentilmente cedidas, são oriundas do estado do Paraná (PR) e do Rio Grande do Sul (RS), cujas cascas foram avaliadas, secas em estufa por 8 horas à 60ºC e trituradas para a obtenção das farinhas. A fcpPR (farinha da casca de poncã proveniente do estado do PR) e fcpRS (farinha da casca de poncã proveniente do estado RS) foram classificadas pela granulometria e caracterizadas por análises físico-químicas, tecnológicas e instrumentais. As pectinas das farinhas foram extraídas com ácido clorídrico, precipitadas e posteriormente lavadas com etanol e caracterizadas pelo grau de esterificação e poder de geleificação. As cascas de poncã apresentaram similaridade quanto ao rendimento, atividade de água e umidade, mas diferiram na luminosidade e intensidade da cor vermelha. As farinhas apresentaram rendimento e atividade de água similar e diferenças na distribuição granulométrica e no pH. A composição química mostrou que as farinhas possuem teores de proteínas, lipídios, fibras alimentares e compostos fenólicos em quantidades que possam nutrir e melhorar a saúde dos consumidores. Na análise de cor das farinhas notou-se que a fcpPR é mais luminosa e menos intensa na cor vermelha e amarela do que a fcpRS. Com as isotermas de sorção das farinhas observou-se que os modelos de BET e GAB se ajustaram de forma satisfatória aos resultados e que ambas tiveram o formato mais próximo de J, com uma zona mais plana na primeira parte da curva. A análise de difração de raio X das farinhas apresentou picos de cristalinidade na região entre 20 e 50º. As análises tecnológicas foram similares para ambas as amostras, que mostraram retenção de água de até seis vezes o seu peso. O rendimento em pectina, extraída das farinhas, foi similar, assim como o grau de esterificação, que a classificou como pectina de alto grau de metoxilação. Na capacidade de geleificação notou-se que a viscosidade da pectina da fcpPR foi maior que da fcpRS e ambas diminuem com o aumento da temperatura. Os difratogramas das pectinas apresentaram regiões cristalinas entre os ângulos 20 e 40º. O aproveitamento das cascas de poncã, sob a forma de farinha e posterior extração da pectina, poderá auxiliar na diminuição da fome e da desnutrição, pois se a farinha for empregada em produtos de panificação fornecerá importantes nutrientes somados às propriedades tecnológicas, úteis na elaboração dos mesmos e as pectinas poderão ser aplicadas na elaboração de geleias. Além da questão ambiental, pois poderá reduzir o volume descartado no meio ambiente, e da valorização do trabalho de pequenos produtores e da agricultura familiar, minimizando as perdas econômicas.
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spelling 2021-04-08T21:30:15Z2021-04-08T21:30:15Z2020-12-17RODRIGUES, Diovana Dias. Farinhas e pectinas oriundas das cascas de tangerina poncã (Citrus reticulata blanco) de diferentes regiões. 2020. 84 f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Londrina, 2020.http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24703Em uma pesquisa realizada nas feiras livres no município de Londrina-PR, foi identificado que as tangerinas da cultivar Poncã é uma das frutas mais descartadas, por podridão, gerando perdas econômicas e de nutrientes. Visando aproveitar as tangerinas poncã já selecionadas por feirantes como exclusão de compra dos consumidores e os subprodutos gerados na indústria de suco, este trabalho teve como objetivo elaborar e caracterizar farinhas obtidas com a secagem das cascas de poncã e extrair pectina das farinhas. As amostras, gentilmente cedidas, são oriundas do estado do Paraná (PR) e do Rio Grande do Sul (RS), cujas cascas foram avaliadas, secas em estufa por 8 horas à 60ºC e trituradas para a obtenção das farinhas. A fcpPR (farinha da casca de poncã proveniente do estado do PR) e fcpRS (farinha da casca de poncã proveniente do estado RS) foram classificadas pela granulometria e caracterizadas por análises físico-químicas, tecnológicas e instrumentais. As pectinas das farinhas foram extraídas com ácido clorídrico, precipitadas e posteriormente lavadas com etanol e caracterizadas pelo grau de esterificação e poder de geleificação. As cascas de poncã apresentaram similaridade quanto ao rendimento, atividade de água e umidade, mas diferiram na luminosidade e intensidade da cor vermelha. As farinhas apresentaram rendimento e atividade de água similar e diferenças na distribuição granulométrica e no pH. A composição química mostrou que as farinhas possuem teores de proteínas, lipídios, fibras alimentares e compostos fenólicos em quantidades que possam nutrir e melhorar a saúde dos consumidores. Na análise de cor das farinhas notou-se que a fcpPR é mais luminosa e menos intensa na cor vermelha e amarela do que a fcpRS. Com as isotermas de sorção das farinhas observou-se que os modelos de BET e GAB se ajustaram de forma satisfatória aos resultados e que ambas tiveram o formato mais próximo de J, com uma zona mais plana na primeira parte da curva. A análise de difração de raio X das farinhas apresentou picos de cristalinidade na região entre 20 e 50º. As análises tecnológicas foram similares para ambas as amostras, que mostraram retenção de água de até seis vezes o seu peso. O rendimento em pectina, extraída das farinhas, foi similar, assim como o grau de esterificação, que a classificou como pectina de alto grau de metoxilação. Na capacidade de geleificação notou-se que a viscosidade da pectina da fcpPR foi maior que da fcpRS e ambas diminuem com o aumento da temperatura. Os difratogramas das pectinas apresentaram regiões cristalinas entre os ângulos 20 e 40º. O aproveitamento das cascas de poncã, sob a forma de farinha e posterior extração da pectina, poderá auxiliar na diminuição da fome e da desnutrição, pois se a farinha for empregada em produtos de panificação fornecerá importantes nutrientes somados às propriedades tecnológicas, úteis na elaboração dos mesmos e as pectinas poderão ser aplicadas na elaboração de geleias. Além da questão ambiental, pois poderá reduzir o volume descartado no meio ambiente, e da valorização do trabalho de pequenos produtores e da agricultura familiar, minimizando as perdas econômicas.In a survey carried out in the fairs in the city of Londrina-PR, it was identified that the tangerines of the Ponkan cultivar is one of the most discarded fruits, by rottenness, generating economic and nutrient losses. Aiming to take advantage of the ponkan tangerines already selected by marketers as an exclusion from consumers' purchase and the by-products generated in the juice industry, this work had as objective to elaborate and characterize flours obtained by drying the ponkan peels and extracting pectin from the flours. The samples, kindly provided, come from the state of Paraná (PR) and Rio Grande do Sul (RS), whose peels were evaluated, dried in an oven for 8 hours at 60ºC and crushed to obtain the flours. The fcpPR (ponkan peels flour from the state of Paraná) and fcpRS (ponkan peels flour from the state RS) were classified by granulometry and characterized by physical-chemical, technological and instrumental analyzes. The flours pectins were extracted with hydrochloric acid, hasty and later washed with ethanol and characterized by the degree of esterification and gelling power. Ponkan peels showed similarity in yield, water activity and moisture, but differed in luminosity and intensity of the red color. Flours showed similar yield and water activity and differences in granulometric distribution and pH. The chemical composition showed that the flours have levels of proteins, lipids, dietary fibers and phenolic compounds in quantities that can nourish and improve the health of consumers. In the color analysis of the flours, it was noted that fcpPR is more luminous and less intense in red and yellow than fcpRS. With the flour sorption isotherms, it was observed that the BET and GAB models adjusted satisfactorily to the results and that both had the shape closest to J, with a flatter area in the first part of the curve. The analysis of X-ray diffraction of the flours showed peaks of crystallinity in the region between 20 and 50º. Technological analyzes were similar for both samples, which showed water retention of up to six times its weight. The pectin yield, extracted from the flours, was similar, as was the degree of esterification, which classified it as high methoxylation pectin. In the gelling capacity, it was noted that the pectin viscosity of fcpPR was higher than that of fcpRS and both decrease with increasing temperature. The pectin diffractograms showed crystalline regions between 20 and 40º angles. In conclusion, the use of ponkan peels, in the form of flour and subsequent pectin extraction, may be reduce hunger and malnutrition, since if the flour is used in bakery products it will provide important nutrients in addition to the technological properties, useful preparation and pectin s may be applied in the manufacture of jam. To the environmental issue, as it will be reduce the volume discarded in the environment, and the appreciation of the work of small producers and family farming, minimizing economic losses.porUniversidade Tecnológica Federal do ParanáLondrinaPrograma de Pós-Graduação em Tecnologia de AlimentosUTFPRBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::CIENCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS::TECNOLOGIA DE ALIMENTOSTecnologia de AlimentosAlimentos - Teor fibrosoFarinhasPectinaTangerinaFísico-química - AnáliseDifraçãoEsterificaçãoFood - Fiber contentMealPectinTangerineChemistry, Physical and theoretical - AnalysisDifrationEsterificationFarinhas e pectinas oriundas das cascas de tangerina poncã (Citrus reticulata blanco) de diferentes regiõesFlours and pectin’s from the peels of tangerine ponkan (Citrus reticulate blanco) from different regionsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisLondrinaSeibel, Neusa Fátimahttps://orcid.org/0000-0003-1126-4872http://lattes.cnpq.br/3681742092787338Calliari, Caroline Mariahttps://orcid.org/0000-0002-2448-5546http://lattes.cnpq.br/2816628504877538Seibel, Neusa Fátimahttps://orcid.org/0000-0003-1126-4872http://lattes.cnpq.br/3681742092787338Bombardelli, Michele Cristiane Mesomohttp://lattes.cnpq.br/9550512702059307https://orcid.org/0000-0002-7510-554Xhttp://lattes.cnpq.br/6782253973649618Rodrigues, Diovana Diasreponame:Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))instname:Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)instacron:UTFPRORIGINALfarinhaspectinascascasponca.pdfapplication/pdf1498510http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/24703/1/farinhaspectinascascasponca.pdf949afbed9dcb9a85ed898daaf9572fceMD51TEXTfarinhaspectinascascasponca.pdf.txtfarinhaspectinascascasponca.pdf.txtExtracted texttext/plain159580http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/24703/2/farinhaspectinascascasponca.pdf.txt7b6652b7eb5617ff8514ea05731c210aMD52THUMBNAILfarinhaspectinascascasponca.pdf.jpgfarinhaspectinascascasponca.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1269http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/24703/3/farinhaspectinascascasponca.pdf.jpg51da3cef4b19baab44b4528cafc2c877MD531/247032021-04-09 03:11:00.709oai:repositorio.utfpr.edu.br:1/24703Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.utfpr.edu.br:8080/oai/requestopendoar:2021-04-09T06:11Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT)) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)false
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