A representação da mulher em contos de fadas tradicionais e contemporâneos: um olhar sobre a fragilidade e o empoderamento feminino

• Autor(a) principal: Sozo, Camila Vicari
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/30837
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS; Mulheres na literatura; Literatura infantojuvenil; Contos de fadas; Princesas; Women in literature; Children's literature; Fairy tales; Princesses

O presente trabalho visa investigar, em uma análise bibliográfica na área da Literatura Infantojuvenil, a representação da imagem feminina nos contos de fadas tradicionais e contemporâneos, refletindo sobre os papéis das mulheres encontradas nos textos. Ao falar sobre histórias clássicas, desde os leitores mais jovens aos mais idosos, remetem a tradicional narrativa da princesa que passa por dificuldades, mas que se casa com um príncipe que veio salvá-la, e vivem felizes para sempre. Por esses e outros elementos, a narrativa se torna romantizada, um dos fatos que mais tornam tais contos populares. No entanto, esta idealização, principalmente sobre a protagonista, pode refletir uma imagem fragilizada da mulher, a qual só será feliz se casar com um príncipe encantado e que para isso é apresentada bonita, magra, com pele branca, gentil e aceitar a ação patriarcal em sua vida, ao contrário do que se vê nas histórias contemporâneas. Pensando sobre isso, essa pesquisa buscou compreender inicialmente a origem dos contos de fadas e sua trajetória até o contemporâneo, evidenciando o importante papel que possui no desenvolvimento da infância. Para refletir sobre a imagem da mulher nos contos de fadas, também procurou-se trazer a visão do gênero feminino ao longo do tempo e dentro das narrativas em geral. A pesquisa teve como objetivo trazer uma reflexão sobre como o feminino é descrito e representado nas histórias. Para isso foram analisados dois contos: Cinderela [1812(2019)], versão traduzida dos Irmãos Grimm, e Uma, Duas, Três Princesas (2014), de Ana Maria Machado. Embasam esta pesquisa, a contribuição de autores como Bettelheim - A psicanálise dos contos de fadas (2007), Nelly Novaes Coelho, em Literatura infantil: teorias, análise, didática (2000), O Conto de Fadas: Símbolos, Mitos e Arquétipos (2003) e Panorama histórico da literatura infantil-juvenil: das origens indoeuropéias ao Brasil contemporâneo (1985). Também Tonin et al. - O papel da mulher nos contos de fadas contemporâneos. (2016), entre outros autores de artigos e teses científicas. Resultam desta investigação: a compreensão sobre o papel feminino nos contos tradicionais e contemporâneos, apresentando fragilidade e empoderamento, respectivamente; a observação sobre como certos estereótipos estão grandemente presentes nos contos tradicionais; o incentivo de uma maior propagação de histórias contemporâneas; a reflexão sobre a imagem atual da mulher nos novos contos de fadas, sendo a protagonista de sua própria história.