Otimização da extração de compostos fenólicos das folhas de Tabernaemontana catharinensis e avaliação dos marcadores de estresse oxidativo em ratos diabéticos

• Autor(a) principal: Sari, Rafael
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3599
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICA; Fenóis; Cromatografia a líquido de alta eficiência; Antioxidantes; Extração (Química); Phenols; High performance liquid chromatography; Antioxidants; Extraction (Chemistry); Engenharia Química

Tabernaemontana catharinensis (T. catharinensis) é uma planta medicinal da flora brasileira a qual se destaca por apresentar alto potencial antioxidante. A planta é conhecida popularmente como cobrina e suas folhas, cascas e raízes são empregadas no combate a doenças relacionadas com estresse oxidativo tais como as gastroenterites, a sífilis e a hanseníase. O objetivo do presente estudo foi otimizar a extração de compostos fenólicos de T. catharinensis utilizando delineamento fatorial 23 variáveis solventes (Etanol e Acetato de Etila), tempo (30 e 60 minutos) e temperatura( 350 e 650 C) para posteriormente analisar as atividades antioxidantes in vitro e o efeito sob o estresse oxidativo no modelo experimental animal de diabetes. Na avaliação da capacidade antioxidante in vitro foi determinado o poder de sequestro dos radicais 2,2-difenil-1-picril-hidrazil (DPPH) e 2,2-azino-bis-(3-etil-benzotiazolina-6-ácidosulfônico) (ABTS), poder antioxidante de redução do ferro (FRAP), e oxidação do sistema β-caroteno/ácido linoleico. No modelo experimental animal de diabetes foram determinados: a peroxidação lipídica (TBARS), catalase (CAT), glutationa s-transferase (GST) e superóxido dismutase (SOD) nos tecidos de fígado, rim, baço e cérebro total de ratos Wistar. A caracterização e quantificação do perfil de compostos fenólicos foram determinadas por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e o conjunto de dados foi analisado pela metodologia de superfície de resposta e análise dos componentes principais (PCA). Utilizando o extrato A8 o qual foi a melhor condição de extração para as determinações, in vitro e ex vivo, foi utilizado. Os resultados demonstram que o solvente etanol foi mais eficiente na extração dos compostos fenólicos da T. catharinensis incorporado à maior temperatura (65 0C) e tempo (60 min). O solvente acetato de etila majoritariamente extraiu o composto fenólico pinocembrina o qual possui característica de extração em menor polaridade utilizando a temperatura de 65 0C e o tempo de 60 min. Os 8 resultados in vitro demonstraram que o extrato A8 possui ação antioxidante satisfatória com 23,34 mg de EAG/g-1 para CFT, 34,26 μmol de Trolox para DPPH, 24,13 μmol Fe2+ para FRAP, 12,57 μmol Trolox para ABTS e 78,85 AA% para o β-caroteno/ácido linoleico. Os resultados dos marcadores de estrese oxidativo em ratos diabéticos demonstraram que o extrato A8 das folhas de T. catharinensis administrado via gavagem em ratos diabéticos diminuiu a atividade da GST no fígado e da SOD no cérebro total. Conclui-se que a metodologia desenvolvida para a extração dos compostos fenólicos das folhas da T. catharinensis é promissora e apresenta potencial antioxidante in vitro satisfatório, porém a utilização do extrato A8 da planta para combater o estresse oxidativo no modelo experimental animal de diabetes não demonstrou ser eficiente e requer estudos adicionais para aplicação como antioxidante em atividades biológicas.