Óleos essenciais na indução de resistência em morangos ao mofo cinzento, à botrytis cinerea in vitro e ação toxicológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vismara, Lilian de Souza
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4517
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo apresentar estudos sobre o efeito dos óleos essenciais (OEs) de citronela (Cymbopogon sp. Spreng.), guaçatonga (Casearia sylvestris Sw.), melaleuca (Melaleuca sp. L.), patchouli (Pogostemon sp. Benth.) e pitangueira (Eugenia uniflora L.) na indução de resistência em morangos [Fragaria ananassa (Weston) Rozier] cv. Caminho Real ao mofo cinzento na pós-colheita in vivo, no controle do Botrytis cinerea Pers.:Fr in vitro e em bioensaios de toxicidade dos OEs aos náuplios de Artemia salina L. e embriões de Gallus gallus domesticus L. in ovo. Como espera-se apontar perspectivas para a utilização de ferramentas de modelagem matemática-estatística para programação de dados no ambiente colaborativo R. Para isto, de 2016 a 2019, foram realizados cinco estudos conforme segue: ESTUDO I – Óleos Essenciais (OEs); ESTUDO II – Caracterização do isolado de Botrytis cinerea; ESTUDO III – Aplicação do modelo de crescimento logístico [Verhulst] e testes de sensibilidade in vitro de B. cinerea aos OEs; ESTUDO IV – Indução de resistência em morangos cv. Caminho Real ao mofo cinzento na pós-colheita e ESTUDO V – Os modelos lineares generalizados (MLGs) e a ação toxicológica dos OEs. A densidade de massa obtida dos diferentes OEs foram condizentes com valores apresentados em normativas, o que permite afirmar que o processo de extração de arraste a vapor foi adequado e os óleos com os quais desenvolveu-se esta pesquisa, possuem pureza e qualidade. Os estudos cromatográficos com os diferentes OEs demonstraram existir uma especificidade em relação aos ingredientes ativos e grande diversidade de compostos. E, quando se trabalha com uma diversidade, se explora o potencial sinérgico das substâncias; todavia abre possibilidade para estudos específicos considerando fracionamento dos óleos. A caracterização morfológica associando microscopia óptica com a eletrônica por varredura são adequadas para caracterizar B. cinerea. O método Doyle-Doyle para extração de DNA do micélio de B. cinerea resultou em quantidade de material suficiente para posterior sequenciamento. O GenBank R e o BLASTTM foram ferramentas que favoreceram a identificação molecular por similaridade. A melhor temperatura para desenvolvimento do isolado foi 20 C. O modelo de crescimento logístico [Verhulst] permitiu descrever o crescimento micelial do B. cinerea in vitro ( Ø, mm), donde a interpretação dos parâmetros têm explicação biológica no que tange a cinemática sob condições de crescimento fúngico em sistema fechado. Os testes de sensibilidade de B. cinerea aos OEs, pelos métodos [de crescimento micelial por] difusão em disco e da microdiluição em caldo, demonstraram que todos os OEs avaliados apresentaram potencial no controle de B. cinerea, possuindo especificidade em relação ao óleo e concentrações; com destaque para os OEs de citronela e melaleuca que apresentaram até dose volátil e concentração fungicidas. O uso de OEs por volatilização em frutos de morango propiciaram menor desenvolvimento de podridões pós-colheita e reduziram a perda de massa; não interferindo nos parâmetros relacionados a coloração e acidez. Os mecanismos de defesa ativados apresentaram especificidade em função dos óleos, os quais atuaram de duas formas: via rota dos fenolpropanoides com ativação da FAL e na formação de PR-proteínas, especificamente a 1;3 glucanase. Em relação a ecotoxicidade, a concentração letal média, CL50, dos OEs aos náuplios de A. salina variou de 1,49 a 5,27 µg mL 1; donde pitangueira e citronela foram os menos tóxicos. Para o fungicida sintético a base de iprodiona, na concentração recomendada para o controle de mofo cinzento em morangos, a mortalidade desse bioindicador foi de 100%. As concentrações de todos os produtos testes (OEs e fungicida sintético) mantiveram a sobrevivência de embriões de G. gallus domesticus in ovo acima de 50%. Ademais, a viabilidade embrionária não foi influenciada pelos tratamentos, assim como, as porcentagens de sobrevivência, formação embrionária normal e também não houve retardação e/ou aceleração do desenvolvimento embrionário devido aos produtos testados. Logo, os OEs estudados podem ser considerandos agentes de controle fitossanitário para B. cinerea. De modo que, as informações apresentadas, permitem o manejo adequado quanto à ação sinérgica de seus compostos ativos também sobre parâmetros relacionados à ação toxicológica em um agroECOssistema. Dessarte, espera-se que esse trabalho sirva para apontar um panorama para uso desses OEs também em outros patossistemas de interesse para a Produção Vegetal.
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Como espera-se apontar perspectivas para a utilização de ferramentas de modelagem matemática-estatística para programação de dados no ambiente colaborativo R. Para isto, de 2016 a 2019, foram realizados cinco estudos conforme segue: ESTUDO I – Óleos Essenciais (OEs); ESTUDO II – Caracterização do isolado de Botrytis cinerea; ESTUDO III – Aplicação do modelo de crescimento logístico [Verhulst] e testes de sensibilidade in vitro de B. cinerea aos OEs; ESTUDO IV – Indução de resistência em morangos cv. Caminho Real ao mofo cinzento na pós-colheita e ESTUDO V – Os modelos lineares generalizados (MLGs) e a ação toxicológica dos OEs. A densidade de massa obtida dos diferentes OEs foram condizentes com valores apresentados em normativas, o que permite afirmar que o processo de extração de arraste a vapor foi adequado e os óleos com os quais desenvolveu-se esta pesquisa, possuem pureza e qualidade. Os estudos cromatográficos com os diferentes OEs demonstraram existir uma especificidade em relação aos ingredientes ativos e grande diversidade de compostos. E, quando se trabalha com uma diversidade, se explora o potencial sinérgico das substâncias; todavia abre possibilidade para estudos específicos considerando fracionamento dos óleos. A caracterização morfológica associando microscopia óptica com a eletrônica por varredura são adequadas para caracterizar B. cinerea. O método Doyle-Doyle para extração de DNA do micélio de B. cinerea resultou em quantidade de material suficiente para posterior sequenciamento. O GenBank R e o BLASTTM foram ferramentas que favoreceram a identificação molecular por similaridade. A melhor temperatura para desenvolvimento do isolado foi 20 C. O modelo de crescimento logístico [Verhulst] permitiu descrever o crescimento micelial do B. cinerea in vitro ( Ø, mm), donde a interpretação dos parâmetros têm explicação biológica no que tange a cinemática sob condições de crescimento fúngico em sistema fechado. Os testes de sensibilidade de B. cinerea aos OEs, pelos métodos [de crescimento micelial por] difusão em disco e da microdiluição em caldo, demonstraram que todos os OEs avaliados apresentaram potencial no controle de B. cinerea, possuindo especificidade em relação ao óleo e concentrações; com destaque para os OEs de citronela e melaleuca que apresentaram até dose volátil e concentração fungicidas. O uso de OEs por volatilização em frutos de morango propiciaram menor desenvolvimento de podridões pós-colheita e reduziram a perda de massa; não interferindo nos parâmetros relacionados a coloração e acidez. Os mecanismos de defesa ativados apresentaram especificidade em função dos óleos, os quais atuaram de duas formas: via rota dos fenolpropanoides com ativação da FAL e na formação de PR-proteínas, especificamente a 1;3 glucanase. Em relação a ecotoxicidade, a concentração letal média, CL50, dos OEs aos náuplios de A. salina variou de 1,49 a 5,27 µg mL 1; donde pitangueira e citronela foram os menos tóxicos. Para o fungicida sintético a base de iprodiona, na concentração recomendada para o controle de mofo cinzento em morangos, a mortalidade desse bioindicador foi de 100%. As concentrações de todos os produtos testes (OEs e fungicida sintético) mantiveram a sobrevivência de embriões de G. gallus domesticus in ovo acima de 50%. Ademais, a viabilidade embrionária não foi influenciada pelos tratamentos, assim como, as porcentagens de sobrevivência, formação embrionária normal e também não houve retardação e/ou aceleração do desenvolvimento embrionário devido aos produtos testados. Logo, os OEs estudados podem ser considerandos agentes de controle fitossanitário para B. cinerea. De modo que, as informações apresentadas, permitem o manejo adequado quanto à ação sinérgica de seus compostos ativos também sobre parâmetros relacionados à ação toxicológica em um agroECOssistema. Dessarte, espera-se que esse trabalho sirva para apontar um panorama para uso desses OEs também em outros patossistemas de interesse para a Produção Vegetal.The present work aims to present studies on the efect of essential oils (EOs) of citronella (Cymbopogon sp. Spreng.), guaçatonga (Casearia sylvestris Sw.), melaleuca (Melaleuca sp. L.), patchouli (Pogostemon sp. Benth.) and pitangueira (Eugenia uniflora L.) in the induction of resistance in strawberries [Fragaria ananassa (Weston) Rozier] cv. Caminho Real to the gray mold at postharvest in vivo, in the control of Botrytis cinerea Pers.:Fr in vitro and in bioassays of toxicity of the EOs to the nauplii of Artemia Salina L. and embryos of Gallus Gallus domesticus L. in egg. As expected to point out perspectives for the use of mathematicalstatistical modeling tools for data programming in the collaborative environment R. For this, from 2016 to 2019, five studies were carried out as follows: STUDY I – Essential Oils (EOs); STUDY II – Characterization of the isolate of Botrytis cinerea; STUDY III – Application of the logistic growth model [Verhulst] and sensitivity tests in vitro of B. cinerea to EOs; STUDY IV – Induction of resistance in strawberries cv. Caminho Real to gray mold in post-harvest and STUDY V – Generalized linear models (GLMs) and the toxicological action of the EOs. The mass density obtained from diferent EOs is consistent with values presented in normatives, which allows us to arm that the steam extraction process was adequate and the oils with which we developed this research, have purity and quality. The cromatographic studies with the diferent EOs demonstrated that there is a specificity in relation to the active ingredients and a high diversity of compounds. And, when working with a diversity, the synergistic potential of the substances is explored; however, it opens up the possibility for specific studies considering the fractionation of oils. The morphological characterization associating optical microscopy with scanning electron is adequate to characterize B. cinerea. The Doyle-Doyle method for extraction of DNA from the mycelium of B. cinerea resulted in a suffcient amount of material for subsequent sequencing. GenBankR and BLASTTM were tools that favored molecular identification by similarity. The best temperature for the development of the isolate was 20 °C. The logistic growth model [Verhulst] allowed to describe the mycelial growth of B. cinerea in vitro (Ø, mm), where the interpretation of the parameters has biological explanation regarding kinematics under conditions of fungal growth in closed system. The sensitivity tests of B. cinerea to EOs, by the methods [of mycelial growth] disk difusion and microdilution in broth showed that all the evaluated EOs had potential in the control of B. cinerea, having specificity in relation to oil and concentrations; with emphasis on the citronella and melaleuca EOs that presented volatile dose and concentration fungicides. The use of EOs by volatilization in strawberry fruits led to less development of postharvest rot and reduced mass loss; not interfering in the parameters related to staining and acidity. The activated defense mechanisms presented specificity as a function of the oils, which acted in two ways: route of the phenolpropanoids with activation of the PAL and in the formation of PR-proteins, specifically the 1;3 glucanase. In relation to ecotoxicity, the mean lethal concentration, CL50, of the EOs to the nauplii of A. salina ranged from 1.49 to 5.7 µg mL1; where pitangueira and citronella were the less toxic. For the synthetic fungicide based on iprodione, at the recommended concentration for the control of gray mold in strawberries, the mortality of this bioindicator was 100%. The concentrations of all the test products (EOs and synthetic fungicide) maintained the survival of embryos of G. Gallus domesticus in egg above 50%. Moreover, the embryonic viability was not influenced by the treatments, as well as the percentages of survival, normal embryonic formation and there was also no lag and/or acceleration of embryonic development due to the products tested. Therefore, the studied EOs may be applied as phytosanitary control agents to B. cinerea. Thus, the information presented here allows adequate management of the synergistic action of its active compounds also on parameters related to toxicological action in an agroECOsystem. Futhermore, it is hoped that this work will serve to point out an overview for the use of these EOs also in other pathosystems of interest for Plant Production.porUniversidade Tecnológica Federal do ParanáPato BrancoPrograma de Pós-Graduação em AgronomiaUTFPRBrasilCNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA::FITOTECNIAEngenharia/Tecnologia/GestãoPragas agrícolas - Controle biológicoEssências e óleos essenciaisTeste de toxicidadeMorangos - Doenças e pragasAgricultural pests - Biological controlEssences and essential oilsToxicity testingStrawberries - Diseases and pestsÓleos essenciais na indução de resistência em morangos ao mofo cinzento, à botrytis cinerea in vitro e ação toxicológicaEssential oils to induce resistance in strawberries to gray mold, Botrytis cinerea in vitro and toxicological actioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPato BrancoMazaro, Sergio Miguelhttp://lattes.cnpq.br/4271660992059925Freitas, Patricia Franchi dehttp://lattes.cnpq.br/2175386031221261Leite, Deborah Catharine De Assishttp://lattes.cnpq.br/5891155336419190Vitola, Francisco Menino Destefanishttp://lattes.cnpq.br/9000608840261334Moura, Gabriela Silvahttp://lattes.cnpq.br/9052607741522868Franzener, Gilmarhttps://orcid.org/0000-0002-3226-2270http://lattes.cnpq.br/3866935621500136Mazaro, Sergio Miguelhttp://lattes.cnpq.br/4271660992059925https://orcid.org/0000-0002-2879-1401http://lattes.cnpq.br/3439514004356616Vismara, Lilian de Souzainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))instname:Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)instacron:UTFPRORIGINALoleosessenciaismorangosmofocinzento.pdfapplication/pdf292333061http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/4517/1/oleosessenciaismorangosmofocinzento.pdf264ae22751c982d3f52e2de8908e00d7MD51TEXToleosessenciaismorangosmofocinzento.pdf.txtoleosessenciaismorangosmofocinzento.pdf.txtExtracted texttext/plain445913http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/4517/2/oleosessenciaismorangosmofocinzento.pdf.txt793010a3a340061d146f62f9a401c578MD52THUMBNAILoleosessenciaismorangosmofocinzento.pdf.jpgoleosessenciaismorangosmofocinzento.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1452http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/4517/3/oleosessenciaismorangosmofocinzento.pdf.jpgba068d1262dcb97c7547620650c44cacMD531/45172019-11-05 04:00:54.036oai:repositorio.utfpr.edu.br:1/4517Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.utfpr.edu.br:8080/oai/requestopendoar:2019-11-05T06:00:54Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT)) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)false
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