Extração sólido-líquido de compostos da Averrhoa carambola L. e avaliação de sua atividade citotóxica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cadoná, Mecshim Marie
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/11538
Resumo: A carambola é classificada principalmente como doce ou ácida, de acordo com a concentração de ácido oxálico presente na polpa. O fruto dispõe de uma grande lista de nutrientes essenciais e vitaminas. Há estudos que relatam que a neurotoxicidade ocorre devido as altas concentrações de ácido oxálico na carambola em conjunto com a toxina caramboxina, que pode ser tóxica para a saúde de pacientes com problemas renais, pois estes não conseguem eliminar esta neurotoxina do organismo. Assim, o presente projeto teve por objetivo a extração sólido-líquido de compostos da fruta, com maturação verde e madura, sua caracterização físicoquímica, e análise de citotoxicidade e mutagenicidade, em células meristemáticas de Allium cepa L. e células de hepatoma de Rattus norvegicus (HTC), visando obter maiores conhecimentos sobre os efeitos celulares desta fruta. As raízes de A. cepa, tratadas com as concentrações de 5 μg/mL; 500 μg/mL e 1000 μg/mL dos extratos etanólicos de carambola, nos dois tipos de maturação, apresentaram citotoxicidade pela diminuição dos índices mitóticos em todos os tratamentos empregados. Somente a concentração de 5 μg/mL de extrato etanólico bruto de carambola madura aumentou as divisões celulares, porém, este foi o único tratamento que apontou mutagenicidade. No tempo de 24 horas do teste de citotoxicidade com as células tumorais hepáticas (HTC), o extrato etanólico bruto de carambola madura, nas concentrações de 200 μg/mL, 500 μg/mL e 1000 μg/mL, apresentou efeito indutor da proliferação celular. No tempo de 48 horas, todas as concentrações do extrato etanólico bruto de carambola madura induziram a divisão celular tumoral, assim como as concentrações de 10 μg/mL e 500 μg/mL do extrato de carambola verde. No tempo de 72 horas a indução a divisão celular cessou e, ambos os extratos, apresentaram absorbâncias médias semelhantes às do controle negativo. Assim, os dados do presente estudo mostram que, apesar do elevado rendimento de extração (carambola verde: 12,57%, carambola madura: 10,62%) da presença de antioxidantes nos extratos produzidos (carambola verde: 93,25%, carambola madura: 92,55% de inibição do DPPH em 30 minutos), outros solventes devem ser avaliados com a fruta carambola, a fim de obter extratos mais eficientes em termos biológicos.
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spelling 2020-11-13T17:50:50Z2020-11-13T17:50:50Z2019-07-03CADONÁ, Mecshim Marie. Extração sólido-líquido de compostos da Averrhoa carambola L. e avaliação de sua atividade citotóxica. 2019. 58 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Francisco Beltrão, 2019.http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/11538A carambola é classificada principalmente como doce ou ácida, de acordo com a concentração de ácido oxálico presente na polpa. O fruto dispõe de uma grande lista de nutrientes essenciais e vitaminas. Há estudos que relatam que a neurotoxicidade ocorre devido as altas concentrações de ácido oxálico na carambola em conjunto com a toxina caramboxina, que pode ser tóxica para a saúde de pacientes com problemas renais, pois estes não conseguem eliminar esta neurotoxina do organismo. Assim, o presente projeto teve por objetivo a extração sólido-líquido de compostos da fruta, com maturação verde e madura, sua caracterização físicoquímica, e análise de citotoxicidade e mutagenicidade, em células meristemáticas de Allium cepa L. e células de hepatoma de Rattus norvegicus (HTC), visando obter maiores conhecimentos sobre os efeitos celulares desta fruta. As raízes de A. cepa, tratadas com as concentrações de 5 μg/mL; 500 μg/mL e 1000 μg/mL dos extratos etanólicos de carambola, nos dois tipos de maturação, apresentaram citotoxicidade pela diminuição dos índices mitóticos em todos os tratamentos empregados. Somente a concentração de 5 μg/mL de extrato etanólico bruto de carambola madura aumentou as divisões celulares, porém, este foi o único tratamento que apontou mutagenicidade. No tempo de 24 horas do teste de citotoxicidade com as células tumorais hepáticas (HTC), o extrato etanólico bruto de carambola madura, nas concentrações de 200 μg/mL, 500 μg/mL e 1000 μg/mL, apresentou efeito indutor da proliferação celular. No tempo de 48 horas, todas as concentrações do extrato etanólico bruto de carambola madura induziram a divisão celular tumoral, assim como as concentrações de 10 μg/mL e 500 μg/mL do extrato de carambola verde. No tempo de 72 horas a indução a divisão celular cessou e, ambos os extratos, apresentaram absorbâncias médias semelhantes às do controle negativo. Assim, os dados do presente estudo mostram que, apesar do elevado rendimento de extração (carambola verde: 12,57%, carambola madura: 10,62%) da presença de antioxidantes nos extratos produzidos (carambola verde: 93,25%, carambola madura: 92,55% de inibição do DPPH em 30 minutos), outros solventes devem ser avaliados com a fruta carambola, a fim de obter extratos mais eficientes em termos biológicos.The carambola is classified mainly as sweet or acidic, according to the concentration of oxalic acid present in the pulp. The fruit has a large list of essential nutrients and vitamins. There are studies that report that neurotoxicity occurs due to the high concentrations of oxalic acid in the carambola in conjunction with the caramboxin toxin, which may be toxic to the health of patients with kidney problems because they can not eliminate this neurotoxin from the body. Thus, the present project aimed at the solid-liquid extraction of fruit compounds, with green and mature maturation, their physico-chemical characterization, and cytotoxicity and mutagenicity analysis in meristematic cells of Allium cepa L. and hepatoma cells of Rattus norvegicus (HTC), aiming to obtain more knowledge about the cellular effects of this fruit. The roots of A. cepa, treated with concentrations of 5 μg / mL; 500 μg / mL and 1000 μg / mL of carambola ethanolic extracts, in both types of maturation, presented cytotoxicity due to the reduction of mitotic indices in all the treatments used. Only the concentration of 5 μg / mL crude ethanolic extract of mature carambola increased cell division, but this was the only treatment that indicated mutagenicity. In the 24 hours time of the cytotoxicity test with the hepatic tumor cells (HTC), the crude ethanolic extract of mature carambola, at concentrations of 200 μg / mL, 500 μg / mL and 1000 μg / mL, presented cell proliferation inducing effect. At 48 hours, all concentrations of crude ethanolic extract of mature carambola induced tumor cell division, as well as concentrations of 10 μg / mL and 500 μg / mL of the green carambola extract. At 72 hours the induction of cell division ceased and both extracts presented mean absorbances similar to those of the negative control. Thus, the data of the present study show that, despite the high extraction yield (green carambola: 12.57%, mature carambola: 10.62%) of the presence of antioxidants in the extracts produced (green carambola: 93.25%, carambola mature: 92.55% inhibition of DPPH in 30 minutes), other solvents should be evaluated with the carambola fruit in order to obtain extracts that are more biologically efficient.porUniversidade Tecnológica Federal do ParanáFrancisco BeltraoEngenharia QuímicaUTFPRBrasilCNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICACarambolaTestes de toxicidadeÁlcoolTestes de mutagenicidadeCarambolaToxicity testingAlcoholMutagenicity testingExtração sólido-líquido de compostos da Averrhoa carambola L. e avaliação de sua atividade citotóxicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisFrancisco BeltrãoDüsman, ElisângelaDalmolin, Irede Angela LuciniTonin, Lilian Tatiani DüsmanDüsman, ElisângelaDalmolin, Irede Angela LuciniNovello, Cláudio RobertoCadoná, Mecshim Marieinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))instname:Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)instacron:UTFPRORIGINALFB_COENQ_2019_1_27.pdfapplication/pdf930948http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/11538/1/FB_COENQ_2019_1_27.pdf55a36968dcdf565756f0f0faa9d9f07fMD51LICENSElicense.txttext/plain1290http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/11538/2/license.txtb9d82215ab23456fa2d8b49c5df1b95bMD52TEXTFB_COENQ_2019_1_27.pdf.txtExtracted texttext/plain97675http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/11538/3/FB_COENQ_2019_1_27.pdf.txt172a3c02e1945c84e38000d9cac3734eMD53THUMBNAILFB_COENQ_2019_1_27.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1210http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/11538/4/FB_COENQ_2019_1_27.pdf.jpga60ddc4a6b5f3002589a9d5ce6416e0bMD541/115382020-11-13 15:50:50.607oai:repositorio.utfpr.edu.br:1/11538TmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbywgYXV0b3Jpem8gYSBVVEZQUiBhIHZlaWN1bGFyLCAKYXRyYXbDqXMgZG8gUG9ydGFsIGRlIEluZm9ybWHDp8OjbyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvIChQSUFBKSBlIGRvcyBDYXTDoWxvZ29zIGRhcyBCaWJsaW90ZWNhcyAKZGVzdGEgSW5zdGl0dWnDp8Ojbywgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBkZSBhY29yZG8gY29tIGEgTGVpIG5vIDkuNjEwLzk4LCAKbyB0ZXh0byBkZXN0YSBvYnJhLCBvYnNlcnZhbmRvIGFzIGNvbmRpw6fDtWVzIGRlIGRpc3BvbmliaWxpemHDp8OjbyByZWdpc3RyYWRhcyBubyBpdGVtIDQgZG8gCuKAnFRlcm1vIGRlIEF1dG9yaXphw6fDo28gcGFyYSBQdWJsaWNhw6fDo28gZGUgVHJhYmFsaG9zIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28gZGUgR3JhZHVhw6fDo28gZSAKRXNwZWNpYWxpemHDp8OjbywgRGlzc2VydGHDp8O1ZXMgZSBUZXNlcyBubyBQb3J0YWwgZGUgSW5mb3JtYcOnw6NvIGUgbm9zIENhdMOhbG9nb3MgRWxldHLDtG5pY29zIGRvIApTaXN0ZW1hIGRlIEJpYmxpb3RlY2FzIGRhIFVURlBS4oCdLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkLCB2aXNhbmRvIGEgCmRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBwcm9kdcOnw6NvIGNpZW50w61maWNhIGJyYXNpbGVpcmEuCgogIEFzIHZpYXMgb3JpZ2luYWlzIGUgYXNzaW5hZGFzIHBlbG8ocykgYXV0b3IoZXMpIGRvIOKAnFRlcm1vIGRlIEF1dG9yaXphw6fDo28gcGFyYSBQdWJsaWNhw6fDo28gZGUgClRyYWJhbGhvcyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvIGRlIEdyYWR1YcOnw6NvIGUgRXNwZWNpYWxpemHDp8OjbywgRGlzc2VydGHDp8O1ZXMgZSBUZXNlcyBubyBQb3J0YWwgCmRlIEluZm9ybWHDp8OjbyBlIG5vcyBDYXTDoWxvZ29zIEVsZXRyw7RuaWNvcyBkbyBTaXN0ZW1hIGRlIEJpYmxpb3RlY2FzIGRhIFVURlBS4oCdIGUgZGEg4oCcRGVjbGFyYcOnw6NvIApkZSBBdXRvcmlh4oCdIGVuY29udHJhbS1zZSBhcnF1aXZhZGFzIG5hIEJpYmxpb3RlY2EgZG8gQ8OibXB1cyBubyBxdWFsIG8gdHJhYmFsaG8gZm9pIGRlZmVuZGlkby4gCk5vIGNhc28gZGUgcHVibGljYcOnw7VlcyBkZSBhdXRvcmlhIGNvbGV0aXZhIGUgbXVsdGljw6JtcHVzLCBvcyBkb2N1bWVudG9zIGZpY2Fyw6NvIHNvYiBndWFyZGEgZGEgCkJpYmxpb3RlY2EgY29tIGEgcXVhbCBvIOKAnHByaW1laXJvIGF1dG9y4oCdIHBvc3N1YSB2w61uY3Vsby4KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.utfpr.edu.br:8080/oai/requestopendoar:2020-11-13T17:50:50Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT)) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)false
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