Abelhas campeiras de Apis mellifera L. africanizada (Hymenoptera: Apidae) são suscetíveis aos óleos essenciais de Pitanga (Eugenia uniflora) e de Patchouli (Pogostemon cablin)?
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT)) |
Texto Completo: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/31358 |
Resumo: | A abelha africanizada Apis mellifera L. 1758 (Hymenoptera: Apidae) é um inseto social com notável importância na agricultura e na economia, principalmente devido ao processo de polinização, importante serviço ecossistêmico. Além da polinização que beneficia a produção de diferentes culturas, as abelhas produzem mel, geleia real, cera, própolis, pólen e apitoxina. No entanto, nos últimos anos, a mortalidade destes insetos tem sido evidente e relacionada, principalmente, ao uso de agrótoxicos. Uma das alternativas para reduzir os problemas causados por estes produtos é o uso de óleos essenciais, ou inseticidas botânicos. No entanto, os efeitos dos óleos essenciais sobre A. mellifera ainda são pouco compreendidos. Assim, objetivou-se avaliar a suscetibilidade de abelhas campeiras de idade conhecida (marcadas) e idade desconhecida (não-marcadas) de Apis mellifera africanizada (Hymenoptera: Apidae) aos óleos essenciais de Eugenia uniflora Lineu. (pitangueira) e de Pogostemon cablin Benth. (patchouli), ambos utilizados no controle de pragas. Para isto, em laboratório, quatro bioensaios foram preparados com os óleos essenciais na concentração de 0,75%, em laboratório. Os bioensaios foram: 1) Contato de A. mellifera (idade conhecida e idade desconhecida) em superfície vítrea tratada com óleos essenciais; 2) Ação dos óleos essenciais pulverizados diretamente sobre abelhas de A. mellifera (com idade conhecida e idade desconhecida), 3) Ação dos óleos essenciais em campeiras A. mellifera com idade conhecida (IC) e idade desconhecida (ID) alimentadas com dieta contendo os tratamentos e; 4) Análise do comportamento de voo (deslocamento vertical) e retomada de voo (queda livre) de campeiras A. mellifera IC e ID. Os óleos essenciais provocaram redução na probabilidade de sobrevivência de abelhas A. mellifera, destacando sua toxicidade no tempo de 12 horas. No bioensaio 1 os óleos essenciais reduziram a probabilidade de sobrevivência de A. mellifera, diferindo das abelhas do grupo controle. O óleo essencial de E. uniflora provocou redução ainda maior na sobrevivência de abelhas com id. No bioensaio 2 os óleos essenciais de E. uniflora e P. cablin também reduziram a sobrevivência das abelhas A. mellifera diferindo do grupo controle. No bioensaio 3 o óleo essencial de E. uniflora reduziu a probabilidade de sobrevivência de A. mellifera, com destaque para redução na sobrevivência de abelhas com idade desconhecida. O óleo essencial de P. cablin também reduziu a probabilidade de sobrevivência destas abelhas. Quando analisado o impacto dos óleos essenciais sobre abelhas com idade conhecida e desconhecida, no bioensaio 3 verificou-se que a ação dos óleos foi distinta entre as diferentes idades, entretanto, diferindo negativamente da sobrevivência do grupo controle. No bioensaio 4 os óleos essenciais de E. uniflora e P. cablin, afetou o comportamento de voo (deslocamento vertical) e retomada de voo (queda livre) destas abelhas. As abelhas A. mellifera africanizada são suscetíveis aos óleos essenciais de E. uniflora e P. cablin independente da idade e do método a que foram expostas aos respectivos óleos essenciais. |
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2023-05-08T19:21:49Z2023-05-08T19:21:49Z2022-08-26BERTE, Elizabete Artus. Abelhas campeiras de Apis mellifera L. africanizada (Hymenoptera: Apidae) são suscetíveis aos óleos essenciais de Pitanga (Eugenia uniflora) e de Patchouli (Pogostemon cablin)? 2022. Dissertação (Mestrado em Agroecossistemas) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Dois Vizinhos, 2022.http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/31358A abelha africanizada Apis mellifera L. 1758 (Hymenoptera: Apidae) é um inseto social com notável importância na agricultura e na economia, principalmente devido ao processo de polinização, importante serviço ecossistêmico. Além da polinização que beneficia a produção de diferentes culturas, as abelhas produzem mel, geleia real, cera, própolis, pólen e apitoxina. No entanto, nos últimos anos, a mortalidade destes insetos tem sido evidente e relacionada, principalmente, ao uso de agrótoxicos. Uma das alternativas para reduzir os problemas causados por estes produtos é o uso de óleos essenciais, ou inseticidas botânicos. No entanto, os efeitos dos óleos essenciais sobre A. mellifera ainda são pouco compreendidos. Assim, objetivou-se avaliar a suscetibilidade de abelhas campeiras de idade conhecida (marcadas) e idade desconhecida (não-marcadas) de Apis mellifera africanizada (Hymenoptera: Apidae) aos óleos essenciais de Eugenia uniflora Lineu. (pitangueira) e de Pogostemon cablin Benth. (patchouli), ambos utilizados no controle de pragas. Para isto, em laboratório, quatro bioensaios foram preparados com os óleos essenciais na concentração de 0,75%, em laboratório. Os bioensaios foram: 1) Contato de A. mellifera (idade conhecida e idade desconhecida) em superfície vítrea tratada com óleos essenciais; 2) Ação dos óleos essenciais pulverizados diretamente sobre abelhas de A. mellifera (com idade conhecida e idade desconhecida), 3) Ação dos óleos essenciais em campeiras A. mellifera com idade conhecida (IC) e idade desconhecida (ID) alimentadas com dieta contendo os tratamentos e; 4) Análise do comportamento de voo (deslocamento vertical) e retomada de voo (queda livre) de campeiras A. mellifera IC e ID. Os óleos essenciais provocaram redução na probabilidade de sobrevivência de abelhas A. mellifera, destacando sua toxicidade no tempo de 12 horas. No bioensaio 1 os óleos essenciais reduziram a probabilidade de sobrevivência de A. mellifera, diferindo das abelhas do grupo controle. O óleo essencial de E. uniflora provocou redução ainda maior na sobrevivência de abelhas com id. 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As abelhas A. mellifera africanizada são suscetíveis aos óleos essenciais de E. uniflora e P. cablin independente da idade e do método a que foram expostas aos respectivos óleos essenciais.The Africanized bee Apis mellifera L. 1758 (Hymenoptera: Apidae) is a social insect with highlighted importance in agriculture and economy, mainly due to the pollination process, an important ecosystem service. In addition to pollination that benefits the production of different crops, bees produce honey, royal jelly, wax, propolis, pollen and apitoxin. However, in recent years, the mortality of these insects has been evident and mainly related to the use of pesticides. One of the alternatives to reduce the problems caused by these products is the use of essential oils, or botanical insecticides. However, the effects of essential oils on A. mellifera are still poorly understood. Thus, the objective was to evaluate the susceptibility of field bees of known age (marked) and unknown age (unmarked) of Africanized A. mellifera to the essential oils of pitangueira (Eugenia uniflora) and patchouli (Pogostemon cablin), both used in pest control. For this, four bioassays were prepared in the laboratory with essential oils at a concentration of 0.75%. The bioassays were: 1) Contact of A. mellifera (age known and age unknown) on a vitreous surface treated with essential oils; 2) Action of essential oils sprayed directly on A. mellifera (with known age and unknown age), 3) Action of essential oils on A. mellifera (with known age and unknown age) fed a diet containing the treatments and; 4) Analysis of flight behavior (vertical displacement) and flight resumption (free fall) of A. mellifera (with known age and unknown age). Essential oils caused a reduction in the probability of survival of A. mellifera bees, highlighting their toxicity within 12 hours. In bioassay 1) the essential oils reduced the survival probability of A. mellifera, differing from the control group bees. The E. uniflora essential oil caused a further reduction in the survival of bees of unknown age. In bioassay 2) the E. uniflora and, P. cablin essential oils also reduced the survival of A. mellifera bees, differing from the control group. In bioassay 3) The E. uniflora essential oil reduced the probability of survival of A. mellifera, with emphasis on the reduction in survival of bees of unknown age. Pogostemon cablin essential oil also reduced the survival probability of these bees. When analyzing the impact of essential oils on bees with known and unknown age, in the bioassay (3), it was found that the action of the oils was different between the different ages; however, differing from the survival of the control group. The essential oils of E. uniflora and P. cablin in bioassay 4, affected the flight behavior (vertical displacement) and flight resumption (free fall) of these bees. Africanized A. mellifera bees are susceptible to E. uniflora and P. cablin essential oils regardless of age and method they were exposed to the respective essential oils.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)porUniversidade Tecnológica Federal do ParanáDois VizinhosPrograma de Pós-Graduação em AgroecossistemasUTFPRBrasilhttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BRinfo:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS AGRARIASAgronomiaAbelhas africanizadasInseticidas vegetaisEssências e óleos essenciaisAfricanized honeybeeBotanical insecticidesEssences and essential oilsAbelhas campeiras de Apis mellifera L. africanizada (Hymenoptera: Apidae) são suscetíveis aos óleos essenciais de Pitanga (Eugenia uniflora) e de Patchouli (Pogostemon cablin)?Are africanized bees Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) susceptible to Pitangueira (Eugenia uniflora) and Patchouli (Pogostemon cablin) essential oils?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisDois VizinhosPotrich, Michelehttps://orcid.org/0000-0002-4861-5536http://lattes.cnpq.br/6017285848848713Mertz, Natalia Ramoshttps://orcid.org/0000-0002-2259-0166http://lattes.cnpq.br/5276395481892746Alves, Dejane Santoshttps://orcid.org/0000-0002-9975-1626http://lattes.cnpq.br/2618374563932861Potrich, Michelehttps://orcid.org/0000-0002-4861-5536http://lattes.cnpq.br/6017285848848713Sofia, Silvia Helenahttps://orcid.org/0000-0002-3443-0696http://lattes.cnpq.br/9708788401690874https://orcid.org/0000-0002-3133-894Xhttp://lattes.cnpq.br/3043188009378552Berté, Elizabete Artusreponame:Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))instname:Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)instacron:UTFPRORIGINALabelhacampeiraapismelliferaafricanizada.pdfapplication/pdf4553915http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/31358/1/abelhacampeiraapismelliferaafricanizada.pdfc247500321995e1e9a9b8c7dba2bd0b7MD51TEXTabelhacampeiraapismelliferaafricanizada.pdf.txtabelhacampeiraapismelliferaafricanizada.pdf.txtExtracted texttext/plain209413http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/31358/2/abelhacampeiraapismelliferaafricanizada.pdf.txt290a482169008e31b6ce9c9856b87b9eMD52THUMBNAILabelhacampeiraapismelliferaafricanizada.pdf.jpgabelhacampeiraapismelliferaafricanizada.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1275http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/31358/3/abelhacampeiraapismelliferaafricanizada.pdf.jpg4b1157cec753806146dc633e52ff0d1cMD531/313582023-05-09 03:07:48.637oai:repositorio.utfpr.edu.br:1/31358Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.utfpr.edu.br:8080/oai/requestopendoar:2023-05-09T06:07:48Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT)) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)false |
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A abelha africanizada Apis mellifera L. 1758 (Hymenoptera: Apidae) é um inseto social com notável importância na agricultura e na economia, principalmente devido ao processo de polinização, importante serviço ecossistêmico. Além da polinização que beneficia a produção de diferentes culturas, as abelhas produzem mel, geleia real, cera, própolis, pólen e apitoxina. No entanto, nos últimos anos, a mortalidade destes insetos tem sido evidente e relacionada, principalmente, ao uso de agrótoxicos. Uma das alternativas para reduzir os problemas causados por estes produtos é o uso de óleos essenciais, ou inseticidas botânicos. No entanto, os efeitos dos óleos essenciais sobre A. mellifera ainda são pouco compreendidos. Assim, objetivou-se avaliar a suscetibilidade de abelhas campeiras de idade conhecida (marcadas) e idade desconhecida (não-marcadas) de Apis mellifera africanizada (Hymenoptera: Apidae) aos óleos essenciais de Eugenia uniflora Lineu. (pitangueira) e de Pogostemon cablin Benth. (patchouli), ambos utilizados no controle de pragas. Para isto, em laboratório, quatro bioensaios foram preparados com os óleos essenciais na concentração de 0,75%, em laboratório. Os bioensaios foram: 1) Contato de A. mellifera (idade conhecida e idade desconhecida) em superfície vítrea tratada com óleos essenciais; 2) Ação dos óleos essenciais pulverizados diretamente sobre abelhas de A. mellifera (com idade conhecida e idade desconhecida), 3) Ação dos óleos essenciais em campeiras A. mellifera com idade conhecida (IC) e idade desconhecida (ID) alimentadas com dieta contendo os tratamentos e; 4) Análise do comportamento de voo (deslocamento vertical) e retomada de voo (queda livre) de campeiras A. mellifera IC e ID. Os óleos essenciais provocaram redução na probabilidade de sobrevivência de abelhas A. mellifera, destacando sua toxicidade no tempo de 12 horas. No bioensaio 1 os óleos essenciais reduziram a probabilidade de sobrevivência de A. mellifera, diferindo das abelhas do grupo controle. O óleo essencial de E. uniflora provocou redução ainda maior na sobrevivência de abelhas com id. No bioensaio 2 os óleos essenciais de E. uniflora e P. cablin também reduziram a sobrevivência das abelhas A. mellifera diferindo do grupo controle. No bioensaio 3 o óleo essencial de E. uniflora reduziu a probabilidade de sobrevivência de A. mellifera, com destaque para redução na sobrevivência de abelhas com idade desconhecida. O óleo essencial de P. cablin também reduziu a probabilidade de sobrevivência destas abelhas. Quando analisado o impacto dos óleos essenciais sobre abelhas com idade conhecida e desconhecida, no bioensaio 3 verificou-se que a ação dos óleos foi distinta entre as diferentes idades, entretanto, diferindo negativamente da sobrevivência do grupo controle. No bioensaio 4 os óleos essenciais de E. uniflora e P. cablin, afetou o comportamento de voo (deslocamento vertical) e retomada de voo (queda livre) destas abelhas. As abelhas A. mellifera africanizada são suscetíveis aos óleos essenciais de E. uniflora e P. cablin independente da idade e do método a que foram expostas aos respectivos óleos essenciais. |
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