Mulheres em visita ao cárcere: um estudo fenomenológico / Women visiting prison: a phenomenological study
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Veras |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/19612 |
Resumo: | RESUMOA situação prisional brasileira no tocante às questões de gênero e à violação dos direitos humanos apresenta-se como uma problemática importante a ser aprofundada e discutida, principalmente, tendo em vista conhecer a experiência vivenciada pelos sujeitos que sofrem esse tipo de violência institucional e social. Nesse sentido, a presente pesquisa teve como objetivo compreender os sentidos atribuídos pelas mulheres às visitas carcerárias feitas na Unidade Prisional Desembargador Flósculo da Nóbrega (Róger), em João Pessoa-PB. Para atingir os objetivos do estudo foi desenvolvido uma pesquisa qualitativa por meio de seis entrevistas semiestruturadas norteadas pelas seguintes questões: a motivação à visita e os sentimentos durante e após a visita, além da descrição de como elas ocorrem. Por meio da redução fenomenológica, identificaram-se nas falas das participantes os seguintes aspectos: vínculo afetivo; cuidado como responsabilidade feminina; desgastes na preparação para a visita; experiências na revista carcerária e extensão da pena. Assim, foi possível observar como o sentimento de afeto pelos apenados influencia no sentido que as visitas têm para as mulheres participantes. A dimensão do cuidado como responsabilidade feminina pôde ser observado nas falas de cuidado com a saúde do detento, e o sentimento de responsabilidade pela realização das visitas. A revista carcerária mostrou-se como principal gatilho para sentimentos negativos no tocante aos métodos de revista, aos agentes penitenciários e ao sistema carcerário. As visitas ao cárcere se revelaram difíceis e desconfortáveis, apresentando alguns aspectos de violação aos direitos humanos. Entretanto, se mostraram necessárias devido aos vínculos com o apenado e aos papéis sexistas de gênero que atribuem às mulheres a função de cuidar. Os resultados apresentados convergem e corroboram com outros estudos desenvolvidos sobre o sistema carcerário, e, ao mesmo tempo, traz novos elementos com relação às vivências de mulheres em suas visitas ao cárcere. |
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