Educação para o Processo do Morrer e da Morte pelos Estudantes de Medicina e Médicos Residentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos,Thalita Felsky dos
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Pintarelli,Vitor Last
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Médica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022019000200005
Resumo: RESUMO Introdução O processo do morrer e da morte é um tema gerador de reações distintas entre estudantes de medicina e médicos residentes, que são influenciados por suas experiências pessoais e profissionais prévias, bem como questões culturais, psicológicas, religiosas e outras. Objetivo Avaliar a educação de estudantes de medicina (EM) do Curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná (CM-UFPR) e de médicos residentes (MR) do Hospital de Clínicas da UFPR (HC-UFPR) sobre a temática do morrer e da morte. Método Estudo observacional quantitativo. Foi elaborado um questionário autoaplicável composto por 28 perguntas de múltipla escolha para avaliar a educação sobre o processo do morrer e da morte, com elementos adaptados do Frommelt Attitude Toward Care of the Dying Scale Form B (FATCOD-B Scale). Resultados 805 EM responderam ao questionário de pesquisa (74,6% do total de alunos, matriculados no primeiro semestre de 2016) e 93 MR (73,8% do total de residentes de especialidades clínico-cirúrgicas, matriculados no ano de 2016). O relato de experiência de contato com pessoas em processo de morte aumentou, progressivamente, durante a maior parte dos períodos do CM, atingindo a quase totalidade de residentes de primeiro ano e a totalidade daqueles mais graduados, em todas as especialidades. Durante o curso de medicina, 40,1% dos estudantes e 51,1% dos médicos residentes receberam algum tipo de formação pedagógica para o processo do morrer e da morte. A influência da afiliação religiosa na educação para a morte foi admitida por 54% dos EM e 44,3% dos MR. 58% dos EM e MR referiram os sentimentos de frustração e impotência após as mortes de pacientes. O contato com pacientes em processo de morte gerou diversos sentimentos nos EM e MR, incluindo tristeza, angústia, esfriamento, aumento da sensibilidade, amadurecimento profissional, entre outros. Conclusão EM e MR relataram ter recebido escassa formação sobre a morte durante a faculdade, e suas percepções acerca do tema são influenciadas por múltiplos aspectos, como a religiosidade. O contato com a morte desperta reações igualmente diversificadas. Mais estudos são necessários para aprofundar a complexidade dessa temática no âmbito da formação médica.
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