Estratégias de tratamento da leucemia linfóide crônica recidivada ou resistente incluindo o transplante de célula progenitora hematopoiética
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842005000400014 |
Resumo: | Apesar dos importantes progressos terapêuticos, a leucemia linfóide crônica (LLC), a mais comum leucemia do adulto nos países ocidentais, permanece incurável. A utilização da fludarabina isolada ou associada à ciclofosfamida e/ou antraciclínicos elevou de maneira importante as respostas objetivas, inclusive com a obtenção de respostas completas (até mesmo moleculares) e as sobrevidas livres de progressão e de recidiva. Alguns autores sugerem a introdução de anticorpos monoclonais para elevar ainda mais estes resultados. Apesar disto, todos os pacientes tratados devem apresentar recidiva ou progressão da LLC e tratamento de salvamento deve ser instituído. No presente momento, as estratégias de tratamento de salvamento são muito semelhantes às disponíveis para o tratamento de primeira linha. Os critérios para se iniciar o tratamento de salvamento são semelhantes aos definidos pelo NCI (National Cancer Institute) para o primeiro tratamento. Assim, a utilização de fludarabina, isolada ou associada, deve ser a terapêutica de escolha para os pacientes recidivados, mesmo que tenham sido previamente tratados com fludarabina como primeira linha. A utilização de anticorpos monoclonais, particularmente o rituximab, é desejável nesta segunda tentativa, mesmo que não se possa dizer ainda que esta indicação seja formal. O alemtuzumab é um anticorpo monoclonal muito eficiente e tem mostrado ter a capacidade de promover importantes benefícios clínicos e hematológicos, mesmo em pacientes "pesadamente" tratados ou mesmo refratários à fludarabina. O TCPH tem indicações limitadas tendo em vista os riscos da terapia de alta dose em pacientes que são, geralmente, idosos. Assim, o transplante autólogo pode ser indicado em pacientes jovens, preferentemente em remissão completa, no sentido de prolongar a sobrevida livre de progressão. Os transplantes alogênicos, convencional ou de intensidade reduzida, podem ser utilizados em pacientes com doador HLA idêntico, preferentemente mais jovens (<60 anos de idade), com o objetivo curativo, ou ainda em pacientes com doença refratária às modalidades convencionais de terapêutica ou que apresentem citogenética desfavorável (17p-). |
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