Transplante de Progenitores Hematopoiéticos: Consumo Transfusional
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132007000300004 |
Resumo: | O objectivo deste estudo foi avaliar, nos doentes submetidos a transplante de progenitores hematopoiéticos (TPH) alogénico, o efeito do regime de condicionamento, da fonte de progenitores, das compatibilidades ABO e HLA e do parentesco do par dador/receptor no consumo transfusional no período pós-transplante. Avaliamos retrospectivamente os doentes submetidos ao primeiro alotransplante no período compreendido entre Janeiro 2003 e Setembro 2005. Consultaram-se as bases de dados do Departamento de Imuno-Hemoterapia. A análise estatística foi realizada com recurso ao programa SPSS®. No período considerado realizaram-se 97 alotransplantes, dos quais 94 foram primeiros transplantes e elegíveis para o estudo (43,6% sexo feminino e 56,4% sexo masculino, mediana de idades de 38,5 anos, limites 6 meses-66 anos). Foram submetidos a um regime de condicionamento mieloablativo 50 doentes (53,2%) e a condicionamento de intensidade reduzida (CIR) 44 doentes (46,8%). Relativamente à fonte de progenitores utilizados, em 88,3 % dos doentes (n=83) foram células progenitoras hematopoiéticas perifericas (CPHP), em 7,5% (n=7) medula óssea (MO) e em 4,2% (n=4) sangue de cordão umbilical (SCU). No que respeita ao sistema HLA e ao parentesco, 95,7 % (n=90) dos transplantes foram HLA compatíveis e 87,2% (n=82) foram de dador relacionado. Relativamente ao sistema ABO do par dador/receptor, 27,6% (n=26) dos casos apresentavam incompatibilidade maior, 10,6% (n=10) menor e 57,4% (n=54) eram compatíveis. Não observamos diferenças estatisticamente significativas nas medianas de episódios transfusionais de concentrados de eritrócitos (CE) e de concentrados de plaquetas (CP) no que se refere a incompatibilidade ABO (p>0,05). Nos doentes transplantados com CPHP observamos uma tendência para um menor consumo transfusional de CP relativamente aos transplantados com SCU e MO. No entanto, o teste estatístico aplicado não mostrou um resultado significativo para os CE (p=0,054), provavelmente por causa do pequeno número de doentes transplantados com SCU e MO na população estudada. Os CIR foram associados a um menor consumo de CP (p< 0,0001). Não observamos diferenças significativas no número de episódios transfusionais de CE e CP no que se refere a incompatibilidade HLA e ao parentesco no par dador/receptor (p>0,05). |
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O objectivo deste estudo foi avaliar, nos doentes submetidos a transplante de progenitores hematopoiéticos (TPH) alogénico, o efeito do regime de condicionamento, da fonte de progenitores, das compatibilidades ABO e HLA e do parentesco do par dador/receptor no consumo transfusional no período pós-transplante. Avaliamos retrospectivamente os doentes submetidos ao primeiro alotransplante no período compreendido entre Janeiro 2003 e Setembro 2005. Consultaram-se as bases de dados do Departamento de Imuno-Hemoterapia. A análise estatística foi realizada com recurso ao programa SPSS®. No período considerado realizaram-se 97 alotransplantes, dos quais 94 foram primeiros transplantes e elegíveis para o estudo (43,6% sexo feminino e 56,4% sexo masculino, mediana de idades de 38,5 anos, limites 6 meses-66 anos). Foram submetidos a um regime de condicionamento mieloablativo 50 doentes (53,2%) e a condicionamento de intensidade reduzida (CIR) 44 doentes (46,8%). Relativamente à fonte de progenitores utilizados, em 88,3 % dos doentes (n=83) foram células progenitoras hematopoiéticas perifericas (CPHP), em 7,5% (n=7) medula óssea (MO) e em 4,2% (n=4) sangue de cordão umbilical (SCU). No que respeita ao sistema HLA e ao parentesco, 95,7 % (n=90) dos transplantes foram HLA compatíveis e 87,2% (n=82) foram de dador relacionado. Relativamente ao sistema ABO do par dador/receptor, 27,6% (n=26) dos casos apresentavam incompatibilidade maior, 10,6% (n=10) menor e 57,4% (n=54) eram compatíveis. Não observamos diferenças estatisticamente significativas nas medianas de episódios transfusionais de concentrados de eritrócitos (CE) e de concentrados de plaquetas (CP) no que se refere a incompatibilidade ABO (p>0,05). Nos doentes transplantados com CPHP observamos uma tendência para um menor consumo transfusional de CP relativamente aos transplantados com SCU e MO. No entanto, o teste estatístico aplicado não mostrou um resultado significativo para os CE (p=0,054), provavelmente por causa do pequeno número de doentes transplantados com SCU e MO na população estudada. Os CIR foram associados a um menor consumo de CP (p< 0,0001). Não observamos diferenças significativas no número de episódios transfusionais de CE e CP no que se refere a incompatibilidade HLA e ao parentesco no par dador/receptor (p>0,05). |
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