ONDE OS SURDOS? PROTAGONISMO E ACESSIBILIDADE – Vivências durante o VIII ETBCES
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Atas de Saúde Ambiental |
Texto Completo: | https://revistaseletronicas.fmu.br/index.php/ASA/article/view/1982 |
Resumo: | A educação para a diversidade é marcada por avanços e desafios e exige estudos e pesquisas frequentes para conhecer e compreender como ocorre a comunicação nos contextos de diversidade para a pessoa com surdez. Durante muito tempo a surdez era vista apenas pelo ângulo médico-terapêutico. Em direção oposta, novos pressupostos vêm sendo concebidos para entender a surdez como uma diferença cultural e não como uma patologia clínica. Atualmente devemos pensar a surdez com prerrogativas sócio antropológica, e visão interdisciplinar e transversal. Por isso, há de se considerar o cenário psicossocial e cultural onde os surdos se desenvolvem, pois eles formam um grupo distinto de pessoas, são um povo sócio-cultural-linguístico. Objetivamos, portanto, através deste trabalho expor a experiência vivenciada durante um evento acadêmico, em Salvador-BA, concomitantemente, trazer uma visão geral da situação vivenciada pelos surdos no atual modelo inclusivista, por motivo dos entraves ao cumprimento das leis, ou seja, do passar do planejado e promulgado ao realizado. Atentando para a historicidade surda, percebemos que durante séculos os surdos foram invisibilizados e subjugados, sobrevivendo à margem de uma sociedade que ignora a diversidade, não diferente hoje, problematizamos a inserção social dos surdos, porque a Libras não está na sala de aula, nem a inclusão do surdo na sociedade. Desse modo, os surdos prosseguem em recorrente invisibilidade, sua língua silenciada, seus direitos atrofiados, continuando infelizmente, como estrangeiros em seu próprio país. Sendo assim, idealizamos equidade quanto a transitalidade da pessoa Surda, nos meios acadêmicos, projetos, museus, teatros, cinemas, espaços de lazer e outros espaços socioculturais, ladeados pela Libras - Língua Brasileira de Sinais. Certamente por esse modelo agregar-se-ia valor à tríade comunicacional: espaço-visu-motor, que é a forma comunicacional do surdo com o mundo enquanto os incentivaria a estar nos espaços socioculturais. Dessa forma, surge a necessidade de promover momentos de estudos para ampliar as possibilidades de comunicação dos indivíduos, com vistas à difusão do conhecimento da Libras e cumprimento das leis relacionadas a intérpretes de língua de sinais, nos locais comuns. Os aportes teóricos da pesquisa foram: Lodi (2013), Sá e Ranauro (1999), Santana e Bergamo (2005), Skliar (1998). Na metodologia foi desenvolvida a pesquisa bibliográfica e a pesquisa participativa e a posteriori foram elaborado oficinas pedagógicas para a difusão da Libras, com vistas a serem desenvolvidas para pais, professores, estudantes surdos e ouvintes, na comunidade em geral. Conversamos com os autores que apoiam os princípios da Educação Bilíngue na realização de atividades práticas para envolver os participantes da comunidade e do contexto acadêmico. Conclui-se que, para ser efetivo, um processo de inclusão requer mudanças nas políticas públicas que normatizam o processo socioeducativo das pessoas com surdez, como também recorrermos a práticas socioeducativas para a acessibilidade da pessoa surda, na perspectiva de promover um elo de articulação de novos conhecimentos com vistas à disseminação do conhecimento da cultura surda e da Libras em diferentes contextos. |
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