A morte do autor?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paula, Mariana Perlati Santos Aleixo de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional PUC-Campinas
Texto Completo: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16995
Resumo: O constructo da autoria tem sido amplamente debatido no meio acadêmico após Michel Foucault (1969) inferir que o nome do autor não representa um indivíduo, mas uma marca de seu tempo e espaço. Barthes (2004), com uma perspectiva de descentralização do autor, defende que, com a publicação da obra (“morte” do autor), o leitor é quem passa a ter o “poder”. Ao estender a discussão do tema aos Estudos da Tradução, as possíveis considerações sobre a autoria e o papel de autoria do tradutor ganham força. Considerando, principalmente, os pensamentos de Foucault (1969), Barthes (2004), Bakhtin (principalmente, em RENFREW, 2017 e em ARÁN, 2014), Agamben (2007) e Berman (2002), questiona-se se o tradutor poderia atuar livremente como um autor, visto que, de acordo com algumas perspectivas, este perde sua importância após a publicação da obra. Assim, o objetivo deste artigo é discutir a existência de limites para a autoria do tradutor e a importância do autor do texto de partida, promovendo uma reflexão sobre a temática nos profissionais de tradução com vistas ao aprimoramento do processo tradutório. Com Bakhtin, destaca-se a importância da subjetividade do autor em sua enunciação, que, especialmente nas produções literárias, carrega incontáveis vozes e discursos. Conclui-se que sim, os sentidos são construídos pelo leitor; porém, dentro de um espectro determinado pelo autor, sendo que o tradutor é um leitor-autor, que interpreta as nuances da obra e lhes dá sobrevida.
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