Utilização de subprodutos de segurelha como promotores de crescimento e/ou substitutos dos coccidiostáticos em rações para frangos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/29207 |
Resumo: | Os fitobióticos têm sido investigados como promotores do crescimento e como alternativas naturais aos coccidiostáticos na indústria avícola. A planta Satureja montana é rica em terpenos fenólicos como o carvacrol e o timol. Os efeitos benéficos obtidos com a incorporação de plantas também podem ser alcançados com a incorporação dos seus subprodutos, uma vez que certos fitobióticos também estão presentes neles. Sendo assim, o objetivo deste trabalho, integrado no âmbito do estágio na empresa Ovargado S.A., é a utilização de subprodutos de Satureja montana como promotores de crescimento e/ou possíveis substitutos dos coccidiostáticos em rações para frangos de carne. As rações foram produzidas na Ovargado e adaptadas às diferentes fases de crescimento dos frangos. Estas foram analisadas nutricionalmente por metodologia NIR e foi também realizada a análise microbiológica dos produtos. As rações foram administradas num ensaio experimental em frangos que decorreu no Instituto Politécnico de Viseu. Este ensaio teve como principal objetivo avaliar o efeito da suplementação da dieta de frangos de carne com subprodutos moídos de Satureja montana sobre o seu desempenho produtivo. Foram avaliados 16 frangos, que foram aleatoriamente distribuídos por 4 grupos experimentais distintos: dieta basal contendo 0 % (controlo), 1 %, 2 % e 4 % do subproduto de segurelha moído. Os resultados nutricionais obtidos por NIR para as rações de crescimento variam entre 18,5 – 19,0 % para a proteína, 3,5 – 4,2 % para a fibra, 3,5 – 3,7 % para a gordura, 5,7 – 6,2 % para as cinzas, 1,02 – 1,07 % para o cálcio e 0,59 – 0,60 % para o fósforo. Já para as rações de acabamento os valores variam entre 16,0 – 16,4 % para a proteína, 3,4 – 3,9 % para a fibra, 2,3 – 3,3 % para a gordura, 5,2 – 5,6 % para as cinzas, 0,85 – 0,94 % para o cálcio e 0,56 – 0,58 % para o fósforo. Tanto para a ração de crescimento como para a de acabamento, os valores de proteína, gordura, amido, cálcio e fósforo não foram significativamente diferentes (p > 0,05) entre as formulações. Já os teores de fibra e cinzas foram significativamente diferentes (p < 0,05). Em Portugal, existe legislação apenas para a presença de Salmonella em alimentos para animais, sendo os restantes limites microbiológicos definidos internamente pela empresa. Os níveis obtidos de coliformes, bolores, leveduras e Salmonella spp. encontram-se dentro dos limites estabelecidos. A análise microbiológica realizada às formulações com adição de 4 % do subproduto de segurelha, parece mostrar uma ligeira redução em praticamente todos os microrganismos avaliados. Estes resultados sugerem que a segurelha poderá contribuir para melhorar a segurança microbiológica das rações. Os parâmetros produtivos avaliados durante o ensaio (ganho médio diário de peso, ingestão média diária de ração, ICA e peso corporal) não foram significativamente (p > 0,05) afetados pelos tratamentos, no entanto, os resultados sugerem que a inclusão de 1 % de subproduto de segurelha na dieta de frangos promove um melhor índice de conversão alimentar (1,95) comparativamente aos restantes tratamentos (controlo - 2,14; 2 % - 2,11; 4 % - 2,38), podendo vir a ser usado como promotor de crescimento e/ou como uma possível alternativa aos coccidiostáticos na alimentação de frangos de carne. |
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As rações foram produzidas na Ovargado e adaptadas às diferentes fases de crescimento dos frangos. Estas foram analisadas nutricionalmente por metodologia NIR e foi também realizada a análise microbiológica dos produtos. As rações foram administradas num ensaio experimental em frangos que decorreu no Instituto Politécnico de Viseu. Este ensaio teve como principal objetivo avaliar o efeito da suplementação da dieta de frangos de carne com subprodutos moídos de Satureja montana sobre o seu desempenho produtivo. Foram avaliados 16 frangos, que foram aleatoriamente distribuídos por 4 grupos experimentais distintos: dieta basal contendo 0 % (controlo), 1 %, 2 % e 4 % do subproduto de segurelha moído. Os resultados nutricionais obtidos por NIR para as rações de crescimento variam entre 18,5 – 19,0 % para a proteína, 3,5 – 4,2 % para a fibra, 3,5 – 3,7 % para a gordura, 5,7 – 6,2 % para as cinzas, 1,02 – 1,07 % para o cálcio e 0,59 – 0,60 % para o fósforo. Já para as rações de acabamento os valores variam entre 16,0 – 16,4 % para a proteína, 3,4 – 3,9 % para a fibra, 2,3 – 3,3 % para a gordura, 5,2 – 5,6 % para as cinzas, 0,85 – 0,94 % para o cálcio e 0,56 – 0,58 % para o fósforo. Tanto para a ração de crescimento como para a de acabamento, os valores de proteína, gordura, amido, cálcio e fósforo não foram significativamente diferentes (p > 0,05) entre as formulações. Já os teores de fibra e cinzas foram significativamente diferentes (p < 0,05). Em Portugal, existe legislação apenas para a presença de Salmonella em alimentos para animais, sendo os restantes limites microbiológicos definidos internamente pela empresa. Os níveis obtidos de coliformes, bolores, leveduras e Salmonella spp. encontram-se dentro dos limites estabelecidos. A análise microbiológica realizada às formulações com adição de 4 % do subproduto de segurelha, parece mostrar uma ligeira redução em praticamente todos os microrganismos avaliados. Estes resultados sugerem que a segurelha poderá contribuir para melhorar a segurança microbiológica das rações. Os parâmetros produtivos avaliados durante o ensaio (ganho médio diário de peso, ingestão média diária de ração, ICA e peso corporal) não foram significativamente (p > 0,05) afetados pelos tratamentos, no entanto, os resultados sugerem que a inclusão de 1 % de subproduto de segurelha na dieta de frangos promove um melhor índice de conversão alimentar (1,95) comparativamente aos restantes tratamentos (controlo - 2,14; 2 % - 2,11; 4 % - 2,38), podendo vir a ser usado como promotor de crescimento e/ou como uma possível alternativa aos coccidiostáticos na alimentação de frangos de carne.Phytobiotics have been investigated as growth promoters and as natural alternatives to coccidiostats in the poultry industry. Satureja montana is a plant rich in phenolic terpenes such as carvacrol and thymol. The beneficial effects obtained with the incorporation of plants can also be achieved by incorporating their by-products, since certain phytobiotics are also present in them. Therefore, the objective of this work, integrated within the scope of the internship at Ovargado S.A., is the utilization of Satureja montana by-products as growth promoters and as possible substitutes for coccidiostats in feed formulations for broiler chickens. The rations were produced at Ovargado and adapted to the different growth stages of the chickens. These rations were analyzed nutritionally by NIR methodology and the microbiological analysis of the products was also performed. The rations were administered in an experimental assay on chickens that took place at Instituto Politécnico de Viseu. This assay had as main objective to evaluate the effect of supplementation the diet of broilers with grinded Satureja montana by-products on their productive performance. 16 chickens were evaluated, which were randomly assigned to 4 different experimental groups: basal diet containing 0 % (control), 1 %, 2 % and 4 % of the grinded savory by-products. The nutritional results obtained by NIR for the growth formulations vary between 18.5 – 19.0 % for protein, 3.5 - 4.2 % for fiber, 3.5 – 3.7 % for fat, 5.7 – 6.2 % for ash, 1.02 - 1.07 % for calcium and 0.59 - 0.60 % for phosphorus. For the finishing diets, the values vary between 16.0 - 16.4 % for protein, 3.4 - 3.9 % for fiber, 2.3 - 3.3 % for fat, 5.2 - 5.6 % for ash, 0.85 - 0.94 % for calcium and 0.56 - 0.58 % for phosphorus. For both growth and finishing diets, the values of protein, fat, starch, calcium, and phosphorus were not significantly different (p > 0.05) between formulations. The contents of fiber and ash were significantly different (p < 0.05). In Portugal, there is legislation only for the presence of Salmonella in animal feed, the remaining microbiological limits being defined internally by the company. The levels obtained from coliforms, molds, yeasts, and Salmonella spp. are within the established limits. The microbiological analysis performed on the formulations with the addition of 4 % of the savory by-products, seems to show a slight reduction in almost all the microorganisms evaluated. These results suggest that savory may contribute to improve the microbiological safety of feeds. The productive parameters evaluated during the trial (average daily weight gain, average daily feed intake, FCR and body weight) were not significantly (p > 0.05) affected by the treatments, however, the results suggest that the inclusion of 1 % of savory by-products in the chicken diet promotes a better feed conversion rate (FCR – 1.94) compared to the other treatments (control - 2.14; 2 % - 2.11; 4 % - 2.38), which may be used as a growth promoter and / or as a possible alternative to coccidiostats in broiler chicken feeds.2020-09-11T13:46:21Z2020-07-01T00:00:00Z2020-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/29207porRodrigues, Catarina Pintoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:56:30Zoai:ria.ua.pt:10773/29207Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:01:36.107387Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Os fitobióticos têm sido investigados como promotores do crescimento e como alternativas naturais aos coccidiostáticos na indústria avícola. A planta Satureja montana é rica em terpenos fenólicos como o carvacrol e o timol. Os efeitos benéficos obtidos com a incorporação de plantas também podem ser alcançados com a incorporação dos seus subprodutos, uma vez que certos fitobióticos também estão presentes neles. Sendo assim, o objetivo deste trabalho, integrado no âmbito do estágio na empresa Ovargado S.A., é a utilização de subprodutos de Satureja montana como promotores de crescimento e/ou possíveis substitutos dos coccidiostáticos em rações para frangos de carne. As rações foram produzidas na Ovargado e adaptadas às diferentes fases de crescimento dos frangos. Estas foram analisadas nutricionalmente por metodologia NIR e foi também realizada a análise microbiológica dos produtos. As rações foram administradas num ensaio experimental em frangos que decorreu no Instituto Politécnico de Viseu. Este ensaio teve como principal objetivo avaliar o efeito da suplementação da dieta de frangos de carne com subprodutos moídos de Satureja montana sobre o seu desempenho produtivo. Foram avaliados 16 frangos, que foram aleatoriamente distribuídos por 4 grupos experimentais distintos: dieta basal contendo 0 % (controlo), 1 %, 2 % e 4 % do subproduto de segurelha moído. Os resultados nutricionais obtidos por NIR para as rações de crescimento variam entre 18,5 – 19,0 % para a proteína, 3,5 – 4,2 % para a fibra, 3,5 – 3,7 % para a gordura, 5,7 – 6,2 % para as cinzas, 1,02 – 1,07 % para o cálcio e 0,59 – 0,60 % para o fósforo. Já para as rações de acabamento os valores variam entre 16,0 – 16,4 % para a proteína, 3,4 – 3,9 % para a fibra, 2,3 – 3,3 % para a gordura, 5,2 – 5,6 % para as cinzas, 0,85 – 0,94 % para o cálcio e 0,56 – 0,58 % para o fósforo. Tanto para a ração de crescimento como para a de acabamento, os valores de proteína, gordura, amido, cálcio e fósforo não foram significativamente diferentes (p > 0,05) entre as formulações. Já os teores de fibra e cinzas foram significativamente diferentes (p < 0,05). Em Portugal, existe legislação apenas para a presença de Salmonella em alimentos para animais, sendo os restantes limites microbiológicos definidos internamente pela empresa. Os níveis obtidos de coliformes, bolores, leveduras e Salmonella spp. encontram-se dentro dos limites estabelecidos. A análise microbiológica realizada às formulações com adição de 4 % do subproduto de segurelha, parece mostrar uma ligeira redução em praticamente todos os microrganismos avaliados. Estes resultados sugerem que a segurelha poderá contribuir para melhorar a segurança microbiológica das rações. Os parâmetros produtivos avaliados durante o ensaio (ganho médio diário de peso, ingestão média diária de ração, ICA e peso corporal) não foram significativamente (p > 0,05) afetados pelos tratamentos, no entanto, os resultados sugerem que a inclusão de 1 % de subproduto de segurelha na dieta de frangos promove um melhor índice de conversão alimentar (1,95) comparativamente aos restantes tratamentos (controlo - 2,14; 2 % - 2,11; 4 % - 2,38), podendo vir a ser usado como promotor de crescimento e/ou como uma possível alternativa aos coccidiostáticos na alimentação de frangos de carne. |
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