O âmbito da aplicação do regime geral da gestão de resíduos português

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Batalim, Sofia Isabel Freitas
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/40988
Resumo: O Regime Geral da Gestão de Resíduos (RGGR) português, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, é, em primeira linha, aplicável a resíduos e a produtos que não consubstanciam resíduos, e à prevenção, à produção e à gestão de resíduos, todos eles definidas por referência a ou para efeitos da interpretação de o conceito de ‘resíduos’. Este conceito está intimamente associado, por um lado, à ausência ou perda de interesse do detentor do objecto ou substância no mesmo e aos riscos, para a saúde humana e o ambiente, inerentes à natureza dos resíduos, e, por outro, à necessidade de assegurar um elevado nível de protecção daqueles bens fundamentais, que perpassa e orienta todo o Regime. Em segunda linha, o RGGR exclui, do seu âmbito de aplicação objectivo, para além de certos objectos, substâncias ou materiais que se encontram mais adequadamente disciplinados por outros diplomas, em virtude de atenderem às suas especificidades e de, nessa sequência, melhor prosseguirem, designadamente, os objectivos de protecção dasaúde humana e do ambiente, outros que, não sendo rigorosamente regulados por via de outra legislação que permita assegurar, nomeadamente, os elevados níveis de protecção da saúde humana e do ambiente que seriam exigíveis, atenta a sua natureza de resíduos e, muitas vezes, de resíduos particularmente perigosos, apenas deveriam ser excluídos daquele âmbito sob reserva da medida em que a sua gestão se encontrasse devidamente regulada noutros diplomas. Por fim, o RGGR abarca, no seu âmbito de aplicação subjectivo, uma panóplia de sujeitos, que, não os circunscrevendo aos operadores de gestão de resíduos e aos produtores e distribuidores dos produtos, abarca, desde entidades da Administração do Estado, até aos cidadãos, aos quais atribui competências no âmbito da prevenção e da gestão de resíduos, impõe deveres e obrigações ao longo de todo o ciclo de vida dos produtos, e, inclusivamente, reconhece direitos, como o de pronúncia dos cidadãos no âmbito dos processos de consulta pública a que estão sujeitos os planos de gestão e os programas de prevenção de resíduos.
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Em segunda linha, o RGGR exclui, do seu âmbito de aplicação objectivo, para além de certos objectos, substâncias ou materiais que se encontram mais adequadamente disciplinados por outros diplomas, em virtude de atenderem às suas especificidades e de, nessa sequência, melhor prosseguirem, designadamente, os objectivos de protecção dasaúde humana e do ambiente, outros que, não sendo rigorosamente regulados por via de outra legislação que permita assegurar, nomeadamente, os elevados níveis de protecção da saúde humana e do ambiente que seriam exigíveis, atenta a sua natureza de resíduos e, muitas vezes, de resíduos particularmente perigosos, apenas deveriam ser excluídos daquele âmbito sob reserva da medida em que a sua gestão se encontrasse devidamente regulada noutros diplomas. Por fim, o RGGR abarca, no seu âmbito de aplicação subjectivo, uma panóplia de sujeitos, que, não os circunscrevendo aos operadores de gestão de resíduos e aos produtores e distribuidores dos produtos, abarca, desde entidades da Administração do Estado, até aos cidadãos, aos quais atribui competências no âmbito da prevenção e da gestão de resíduos, impõe deveres e obrigações ao longo de todo o ciclo de vida dos produtos, e, inclusivamente, reconhece direitos, como o de pronúncia dos cidadãos no âmbito dos processos de consulta pública a que estão sujeitos os planos de gestão e os programas de prevenção de resíduos.The portuguese general regulation on the management of waste (RGGR – Regime Geral da Gestão de Resíduos), adopted by Decree-Law no. 178/2006, of 5 September, is, first of all, applicable to residues and products that are not waste, and to the prevention, production and management of waste, which are defined by reference or for the purpose of the interpretation of the concept of ‘wastes’. This concept is closely linked, on the one hand, to the absence or the loss of interest of the waste holder on the object or substance, and the dangers that the nature of wastes poses to the human health and the environment, and, on the other, to the need to guarantee a high level of protection of those fundamental goods, which shapes and guides the entire regime. Second of all, the RGGR excludes from its scope, and in addition to certain objects, substances or material which are more properly regulated by other legislation that meets their specificities and is, therefore,better placed to pursue the objectives of protection of the human health and the environment, other objects, substances or materials that, despite their nature of wastes and, very often, of dangerous wastes, are not strictly covered by other legislation placed to pursue those objectives and, for that reason, should only be excluded from the scope of the regime under the condition of being properly covered by other legislation. Finally, and with regards to its subjective scope, the RGGR applies, not only to waste management operators and the producers and distributors of products, but also to a wide range of subjects, from entities from the central government to citizens, by giving them competences in the area of waste prevention and waste management, by imposing duties and obligations throughout the entire life cicle of products, and by attributing specific rights, such as the right of citizens to speak out about the waste management plans and prevention programs.Lanceiro, Rui TavaresRepositório da Universidade de LisboaBatalim, Sofia Isabel Freitas2020-01-17T14:26:40Z2019-11-252019-11-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/40988porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:40:33Zoai:repositorio.ul.pt:10451/40988Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:54:33.291152Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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