Modelos de combate à violência doméstica: o modelo GAIV (Porto) em perspetiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gil, José Guilherme de Oliveira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/41573
Resumo: A violência doméstica é um grave problema do ponto de vista securitário e um fenómeno social perverso e multifacetado, que exige uma resposta multidisciplinar. A Polícia de Segurança Pública tem desenvolvido alguns modelos de resposta integrada de apoio à vítima, contando com uma articulação interna entre valências policiais e, sobretudo, com uma forte cooperação interinstitucional. Sendo que a literatura destaca positivamente a atuação do Gabinete de Atendimento e Informação à Vítima (GAIV) do Porto, verifica-se a necessidade de o comparar com outros, tendo-se escolhido a Casa da Maria e o Espaço Júlia (em Lisboa). Adotou-se uma abordagem qualitativa, através da aplicação de entrevistas a profissionais enquadrados nos três modelos, sendo as mesmas transcritas e sujeitas à técnica de análise de conteúdo. Os resultados permitem verificar que a resposta processual/policial é semelhante em todos, sendo salvaguardadas especificidades inerentes aos contextos sociais locais, maxime no que concerne aos contactos com entidades externas, demonstrando-se maior proximidade e desburocratização nos casos do GAIV e da Casa da Maria, sitos em meios com menor dispersão de entidades. Sublinha-se que o GAIV não incorpora técnicos de apoio à vítima no ato de receção das denúncias, o que acontece nos outros modelos e é visto pelos participantes como o ideal. Foi ainda constituído um focus group, com polícias com experiência profissional e/ou académica na temática, para prospetivar formas de aprimorar o contributo da polícia neste âmbito, concluindo-se que o caminho deverá passar pela implementação de novos normativos internos que preveem a criação de mais espaços como os comparados neste estudo, um reforço de articulação interna, a incorporação de técnicos de apoio à vítima na receção de denúncias e a criação e estreitamento de parcerias, defendendo-se ainda um reforço de proximidade com as escolas. O caminho percorrido até então é visto como positivo, sendo, contudo, necessária a continuação de um investimento nestas matérias.
id RCAP_3ffa22dbea5c730bfde3e21e2a91d72d
oai_identifier_str oai:comum.rcaap.pt:10400.26/41573
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Modelos de combate à violência doméstica: o modelo GAIV (Porto) em perspetivaResposta integrada de apoio à vitimaPolícia de segurança públicaViolência domésticaCooperação interinstitucionalIntegrated response to victim supportPublic Security PoliceDomestic violenceInterinstitutional cooperation.Dissertação de Mestrado Integrado em Ciências PoliciaisA violência doméstica é um grave problema do ponto de vista securitário e um fenómeno social perverso e multifacetado, que exige uma resposta multidisciplinar. A Polícia de Segurança Pública tem desenvolvido alguns modelos de resposta integrada de apoio à vítima, contando com uma articulação interna entre valências policiais e, sobretudo, com uma forte cooperação interinstitucional. Sendo que a literatura destaca positivamente a atuação do Gabinete de Atendimento e Informação à Vítima (GAIV) do Porto, verifica-se a necessidade de o comparar com outros, tendo-se escolhido a Casa da Maria e o Espaço Júlia (em Lisboa). Adotou-se uma abordagem qualitativa, através da aplicação de entrevistas a profissionais enquadrados nos três modelos, sendo as mesmas transcritas e sujeitas à técnica de análise de conteúdo. Os resultados permitem verificar que a resposta processual/policial é semelhante em todos, sendo salvaguardadas especificidades inerentes aos contextos sociais locais, maxime no que concerne aos contactos com entidades externas, demonstrando-se maior proximidade e desburocratização nos casos do GAIV e da Casa da Maria, sitos em meios com menor dispersão de entidades. Sublinha-se que o GAIV não incorpora técnicos de apoio à vítima no ato de receção das denúncias, o que acontece nos outros modelos e é visto pelos participantes como o ideal. Foi ainda constituído um focus group, com polícias com experiência profissional e/ou académica na temática, para prospetivar formas de aprimorar o contributo da polícia neste âmbito, concluindo-se que o caminho deverá passar pela implementação de novos normativos internos que preveem a criação de mais espaços como os comparados neste estudo, um reforço de articulação interna, a incorporação de técnicos de apoio à vítima na receção de denúncias e a criação e estreitamento de parcerias, defendendo-se ainda um reforço de proximidade com as escolas. O caminho percorrido até então é visto como positivo, sendo, contudo, necessária a continuação de um investimento nestas matérias.Domestic violence is a serious problem from the security point of view and a perverse and multifaceted social phenomenon, which requires a multidisciplinary response. The Public Security Police has developed some models of integrated response to victim support, in which there is an internal articulation between police departments and, above all, a strong inter-institutional cooperation. As the literature highlights positively the performance of the Victim Assistance and Information Office (GAIV) of Porto, there is a need to compare it with others, and Casa da Maria and Espaço Júlia (in Lisbon) were chosen. A qualitative approach was adopted, through the application of interviews to professionals framed in the three models, which were transcribed and subjected to the content analysis technique. The results allow us to verify that the procedural/police response is similar in all of them, safeguarding the specificities inherent to the local social contexts, mainly in what concerns the contacts with external entities, demonstrating greater proximity and less bureaucracy in the cases of GAIV and Casa da Maria, located in environments with less dispersion of entities. It should be noted that GAIV does not incorporate victim support technicians in the act of receiving the complaints, which happens in the other models and is seen by the participants as the ideal. A focus group composed by police officers with professional and/or academic experience in this area was also set up, to explore ways to improve the contribution of the police in this field. It was concluded that the path should include the implementation of new internal regulations, which foresee the creation of more spaces such as the ones compared in this study, a reinforcement of internal articulation, the incorporation of victim support technicians in the reception of complaints and the creation and strengthening of partnerships. The path travelled so far is seen as positive, being however, necessary the continuation of an investment in these mattersMachado, PauloRepositório ComumGil, José Guilherme de Oliveira2022-08-08T16:25:12Z2022-06-072022-06-07T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/41573TID:203036344porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-29T12:30:43Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/41573Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:48:00.291859Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Modelos de combate à violência doméstica: o modelo GAIV (Porto) em perspetiva
title Modelos de combate à violência doméstica: o modelo GAIV (Porto) em perspetiva
spellingShingle Modelos de combate à violência doméstica: o modelo GAIV (Porto) em perspetiva
Gil, José Guilherme de Oliveira
Resposta integrada de apoio à vitima
Polícia de segurança pública
Violência doméstica
Cooperação interinstitucional
Integrated response to victim support
Public Security Police
Domestic violence
Interinstitutional cooperation.
Dissertação de Mestrado Integrado em Ciências Policiais
title_short Modelos de combate à violência doméstica: o modelo GAIV (Porto) em perspetiva
title_full Modelos de combate à violência doméstica: o modelo GAIV (Porto) em perspetiva
title_fullStr Modelos de combate à violência doméstica: o modelo GAIV (Porto) em perspetiva
title_full_unstemmed Modelos de combate à violência doméstica: o modelo GAIV (Porto) em perspetiva
title_sort Modelos de combate à violência doméstica: o modelo GAIV (Porto) em perspetiva
author Gil, José Guilherme de Oliveira
author_facet Gil, José Guilherme de Oliveira
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Machado, Paulo
Repositório Comum
dc.contributor.author.fl_str_mv Gil, José Guilherme de Oliveira
dc.subject.por.fl_str_mv Resposta integrada de apoio à vitima
Polícia de segurança pública
Violência doméstica
Cooperação interinstitucional
Integrated response to victim support
Public Security Police
Domestic violence
Interinstitutional cooperation.
Dissertação de Mestrado Integrado em Ciências Policiais
topic Resposta integrada de apoio à vitima
Polícia de segurança pública
Violência doméstica
Cooperação interinstitucional
Integrated response to victim support
Public Security Police
Domestic violence
Interinstitutional cooperation.
Dissertação de Mestrado Integrado em Ciências Policiais
description A violência doméstica é um grave problema do ponto de vista securitário e um fenómeno social perverso e multifacetado, que exige uma resposta multidisciplinar. A Polícia de Segurança Pública tem desenvolvido alguns modelos de resposta integrada de apoio à vítima, contando com uma articulação interna entre valências policiais e, sobretudo, com uma forte cooperação interinstitucional. Sendo que a literatura destaca positivamente a atuação do Gabinete de Atendimento e Informação à Vítima (GAIV) do Porto, verifica-se a necessidade de o comparar com outros, tendo-se escolhido a Casa da Maria e o Espaço Júlia (em Lisboa). Adotou-se uma abordagem qualitativa, através da aplicação de entrevistas a profissionais enquadrados nos três modelos, sendo as mesmas transcritas e sujeitas à técnica de análise de conteúdo. Os resultados permitem verificar que a resposta processual/policial é semelhante em todos, sendo salvaguardadas especificidades inerentes aos contextos sociais locais, maxime no que concerne aos contactos com entidades externas, demonstrando-se maior proximidade e desburocratização nos casos do GAIV e da Casa da Maria, sitos em meios com menor dispersão de entidades. Sublinha-se que o GAIV não incorpora técnicos de apoio à vítima no ato de receção das denúncias, o que acontece nos outros modelos e é visto pelos participantes como o ideal. Foi ainda constituído um focus group, com polícias com experiência profissional e/ou académica na temática, para prospetivar formas de aprimorar o contributo da polícia neste âmbito, concluindo-se que o caminho deverá passar pela implementação de novos normativos internos que preveem a criação de mais espaços como os comparados neste estudo, um reforço de articulação interna, a incorporação de técnicos de apoio à vítima na receção de denúncias e a criação e estreitamento de parcerias, defendendo-se ainda um reforço de proximidade com as escolas. O caminho percorrido até então é visto como positivo, sendo, contudo, necessária a continuação de um investimento nestas matérias.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-08-08T16:25:12Z
2022-06-07
2022-06-07T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.26/41573
TID:203036344
url http://hdl.handle.net/10400.26/41573
identifier_str_mv TID:203036344
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131563166793728