Refletir para melhorar : análise reflexiva das alterações produzidas pelo regime de frequência articulado no ensino vocacional de música : caso concreto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/15707 |
Resumo: | Atualmente, o desafio que a educação nos lança reveste-se de um cariz tão alargado quanto a própria definição do termo. Pensá-la para melhor poder intervir nas múltiplas tarefas que esta nos atribui, enquanto professores, representa um esforço de atualização e adaptação constante com o intuito de encontrar ferramentas de prevenção, deteção e resolução das mais variadas questões com ela relacionadas. Nesse sentido, o presente trabalho toma por base uma realidade educacional – a do ensino artístico, na vertente do ensino vocacional da música – que, sendo ainda um pouco desconhecida por parte da população em geral e em certa medida até pelas próprias entidades que a gerem, funciona como um reservatório de experiências de ensino e de aprendizagem transversais a toda uma gama de relações interpessoais que são dignas de ser analisadas à luz de um quadro científico rigoroso. A premência da investigação reside na tomada de consciência enquanto docente do Conservatório Regional de Música de Viseu “Dr. Azeredo Perdigão”, relativamente ao facto de, nos últimos anos, este setor de ensino ter sofrido alterações várias sob a alçada de um projeto global de massificação do ensino da música, desenhado pelo governo que liderou Portugal até ao ano de 2011. Sendo parte integrante desta extensa engrenagem, vejo-me aliciado a analisar a realidade específica da minha escola, bem como o quadro sócio-organizativo desta, a partir de uma teorização em torno de temáticas lançadas pelos investigadores da área específica das Ciências da Educação. Assim, o que se realça, numa primeira fase, é a necessidade de analisar a própria tipologia de escola, nomeadamente o tipo de conceção que lhe assiste e em que medida esse suporte científico pode ou não trazer melhorias em todos os processos adjacentes à realidade da escola. Considerando-a uma construção sociocomunitária, a escola é um espaço onde se movem diferentes atores, cada um deles com papéis diferenciados e comportamentos expectáveis. Procurando afastar a ideia da escola enquanto locus de reprodução das desigualdades sociais, argumento este praticamente unânime ao nível da opinião pública, este trabalho presta ênfase à urgência de articular aquilo que é um saber sólido assente em rigorosas bases científicas, dentro de um contexto escolar relacional favorável, às valências de toda uma comunidade que a suporta e constrói no dia a dia. Ou seja, coloca-se a tónica na premência de colocar a escola ao serviço das comunidades locais, numa lógica de complementaridade. Igualmente no caso do Conservatório Regional de Música de Viseu, este caminho é a forma mais passível de se atenuar uma certa tendência para a elitização do ensino vocacional da música e de se atingir a real e efetiva participação do Conservatório na construção de uma identidade própria, paralela ao estímulo que tal significará no plano do reforço da identidade local. Naturalmente, esta via não pode surgir sem que outro dos pilares teóricos aqui dissecado tenha uma maior efetividade. Tal é a autonomia das escolas, um item que demora ainda a sair de um quadro puramente legal para um plano de ação concreta. Uma escola que não pode planear a sua própria ação, o que pode passar por ações várias como a própria contratação de profissionais do corpo docente, é uma escola enfraquecida sob o ponto de vista da sua eficácia. No que toca ao Conservatório, este aspecto é particularmente visível, ainda que no pólo oposto, uma vez que a relativa autonomia que possui tem-lhe permitido, desde a sua fundação em 1985, uma aproximação sólida e gradual à comunidade em que se insere, transferindo a sua própria cultura de escola para um plano extra-escolar. Tal como os alunos são avaliados, também a escola que os forma o deve ser. Porém, essa avaliação deve ter o intuito de detetar os problemas e apontar soluções, o que se afasta da vulgar ideia subjacente à avaliação de desempenho. Só assim se poderá saber se estamos ou não na presença de uma escola que é eficaz, à imagem daquilo que o movimento das escolas eficazes propõe. A dimensão das escolas, agora organizadas em mega-agrupamentos, tem cada vez mais um impacto negativo tanto no campo do trabalho dos professores como no dos alunos. É por isso de notar, com satisfação, que o Conservatório Regional de Música de Viseu soube conseguir crescer, sobretudo a partir do ano letivo 2007/08 (ano da entrada em vigor do novo regime articulado de frequência) com passos relativamente seguros, o que demonstra que a sua autonomia e o tipo de cultura de escola que incorpora (à imagem de uma escola de pequena dimensão) vêm ao encontro das necessidades da sua própria atualização. Embora seja hoje um pouco diferente do que era até 2007, o Conservatório mantém um corpo docente e discente que tenta a todo o custo instituir toda uma cultura adjacente a um projeto comum de luta pelo ensino da música. A unidade da escola advém de um núcleo alargado de colaboradores que agem em prol da escola, porque a sentem como sua. E, poder-se-á dizer, esse sentimento de pertença é atualmente aquilo de que mais carece a esmagadora das escolas, sejam estas do ensino regular ou vocacional. Nesta escola, o professor ainda consegue ter espaço para sonhar e viver apaixonadamente a sua profissão numa perspetiva de aprendizagem e partilha, entre colegas e alunos, constante. O presente trabalho propõe algumas formas de ação que se situam quase num plano de prevenção e correção de pequenos problemas que se prendem com a relativa debilidade da estrutura administrativa, salvaguardando no entanto a mais valia funcional do Conservatório Regional de Música de Viseu. |
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Refletir para melhorar : análise reflexiva das alterações produzidas pelo regime de frequência articulado no ensino vocacional de música : caso concretoEnsino artísticoMassificaçãoConceção de escolaRegime articuladoAutonomiaComplementaridadeEnseignement artistiqueMassificationConception d’écoleRégime articuléAutonomieComplémentaritéArtistic educationSchool conceptionAutonomyComplementarityArticulated regimeAtualmente, o desafio que a educação nos lança reveste-se de um cariz tão alargado quanto a própria definição do termo. Pensá-la para melhor poder intervir nas múltiplas tarefas que esta nos atribui, enquanto professores, representa um esforço de atualização e adaptação constante com o intuito de encontrar ferramentas de prevenção, deteção e resolução das mais variadas questões com ela relacionadas. Nesse sentido, o presente trabalho toma por base uma realidade educacional – a do ensino artístico, na vertente do ensino vocacional da música – que, sendo ainda um pouco desconhecida por parte da população em geral e em certa medida até pelas próprias entidades que a gerem, funciona como um reservatório de experiências de ensino e de aprendizagem transversais a toda uma gama de relações interpessoais que são dignas de ser analisadas à luz de um quadro científico rigoroso. A premência da investigação reside na tomada de consciência enquanto docente do Conservatório Regional de Música de Viseu “Dr. Azeredo Perdigão”, relativamente ao facto de, nos últimos anos, este setor de ensino ter sofrido alterações várias sob a alçada de um projeto global de massificação do ensino da música, desenhado pelo governo que liderou Portugal até ao ano de 2011. Sendo parte integrante desta extensa engrenagem, vejo-me aliciado a analisar a realidade específica da minha escola, bem como o quadro sócio-organizativo desta, a partir de uma teorização em torno de temáticas lançadas pelos investigadores da área específica das Ciências da Educação. Assim, o que se realça, numa primeira fase, é a necessidade de analisar a própria tipologia de escola, nomeadamente o tipo de conceção que lhe assiste e em que medida esse suporte científico pode ou não trazer melhorias em todos os processos adjacentes à realidade da escola. Considerando-a uma construção sociocomunitária, a escola é um espaço onde se movem diferentes atores, cada um deles com papéis diferenciados e comportamentos expectáveis. 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O presente trabalho propõe algumas formas de ação que se situam quase num plano de prevenção e correção de pequenos problemas que se prendem com a relativa debilidade da estrutura administrativa, salvaguardando no entanto a mais valia funcional do Conservatório Regional de Música de Viseu.Actuellement, le défi de l'éducation est de lancements de nature plus large que la définition même du terme. Jugeant préférable d'être en mesure d'intervenir dans les multiples tâches que nous assigne, en tant qu'enseignants, est un effort de mise à jour et d'adaptation afin de trouver des outils pour la prévention, détection et résolution de plusieurs questions liées à elle. En ce sens, le présent travail est basé sur une réalité de l'éducation – l' éducation artistique, dans la composante de l'enseignement vocationnelle de la musique – qui, cependant encore peu connu par la population générale et dans une certaine mesure par les entités mêmes qui la gèrent, agit comme un réservoir d'expériences d'enseignement et d' apprentissage dans toute la gamme des relations interpersonnelles qui méritent d'être analysés à la lumière d'un cadre scientifique rigoureux. L'urgence de la recherche réside dans une prise de conscience, de ma part et en tant que professeur du Conservatório Regional de Música de Viseu "Dr. Azeredo Perdigão", pour ce qui concerne le fait que, durant les dernières années, le secteur de l'éducation a subi plusieurs changements sous l'égide d'un projet global pour l'éducation de masse de la musique, conçu par le gouvernement qui a dirigé le pays jusqu’à 2011. Faisant partie de ce vaste engrenage, je suis porté à analyser la réalité spécifique de mon école ainsi que son cadre socio-organisationnelle, à partir d'une théorisation des questions lancées par les chercheurs dans le domaine des sciences de l'éducation. Par conséquent, ce qui est destiné à mettre en évidence, d'abord, est la nécessité d'analyser la typologie même de l'école, en particulier son type de conception et dans quelle mesure ce soutien scientifique peut ou non apporter une amélioration dans tous les processus adjacent à la réalité de l'école. Considérant l'école une construction sociocommunautaire, on la classifie comme un lieu où ils se déplacent divers acteurs, chacun avec différents rôles et comportements attendus. En regardant au loin l'idée de l'école comme un lieu de reproduction des inégalités sociales, ce qui est un argument commun, ce travail met l'accent sur l'urgence d'articuler ce qui est un bon savoir fondée sur une base scientifique rigoureuse, à un cadre de valences de toute une communauté qui soutient et renforce l'école de jour en jour. Autrement dit, il y a un accent mis sur l'urgence de mettre l'école au service des communautés locales, dans une logique de complémentarité. Dans le cas du Conservatório Regional de Música de Viseu, ce chemin est aussi le plus susceptible d'atténuer une certaine tendance à l'élitisme de l'enseignement vocationnelle de la musique et de parvenir à une participation réelle et effective du Conservatório à la construction de son propre identité, parallèlement à la relance que cela signifie en termes de renforcement de l'identité locale. Naturellement, cet itinéraire ne peut survenir sans l'efficacité d'un autre des piliers théoriques ici disséqué. Telle est l'autonomie des écoles, un élément qui prend encore du temps a sortir d'un cadre purement juridique en vue d'un plan d'action concret. Une école qui ne peut pas planifier sa propre action, ce qui peut passer par différentes actions telles que l'embauche de ses professionnels, est une école affaiblie du point de vue de son efficacité. En ce qui concerne le Conservatório, cet aspect est particulièrement visible, mais à l'opposé, puisque l'autonomie relative qui lui a permis d'avoir, depuis sa fondation en 1985, une approche solide et progressive à la communauté dans laquelle il opère, faisant le transfert de sa propre culture scolaire pour un plan extra scolaire. Tels que les étudiants sont évalués, également l'école le doit être. Cependant, cette évaluation doit détecter les problèmes et trouver des solutions, ce qui s'éloigne de l'idée commune derrière l'évaluation des performances. C'est alors seulement que nous pouvons savoir si on est en face d'une école qui est efficace ou non, à l'image de ce que le mouvement des écoles efficaces propose. La taille des écoles, désormais organisé en méga-groupes, a un impact de plus en plus négatif à la fois sur le champ de travail des enseignants que des élèves. On constate donc avec satisfaction que le Conservatório de Música de Viseu a pu se développer, en particulier depuis l'année scolaire 2007/08 (année d'entrée en vigueur du nouveau régime de fréquence articulé) selon des étapes solides, ce qui démontre que son autonomie et le type de culture scolaire qui incorpore (à l'image d'une petite école) viennent pour répondre aux besoins de leur mise à jour. Bien qu'il soit un peu différent aujourd'hui de ce qu'il était encore en 2007, le Conservatório a un corps de professeurs et d'étudiants qui essaie à tout prix de perpétrer toute une culture adjacente à un projet commun de lutte pour l'éducation musicale. L'unité de l'école vient d’un noyau de collaborateurs qui agissent au nom de l’école, parce qu’ils la voient comme la sienne. On peut dire que le sentiment d'appartenance est ce qui manque à la plupart les écoles, soient-elles issue de l'enseignement régulier ou vocationnelle. Dans cette école, l'enseignant peut encore rêver et vivre passionnément son métier selon une perspective d’apprentissage et de partage constants, entre collègues et étudiants. Cet article propose quelques formes d'action qui se trouvent plutôt sur un plan de prévention et correction de problèmes mineurs qui ont trait à la relative faiblesse de la structure administrative, en préservant toutefois la fonction de gain du Conservatório.Currently, the challenge launched by education is as wide as the very definition of the term. Thinking it best to be able to intervene in the multiple tasks that education assigns us, as teachers, represents an effort to update and constantly adapt in order to find tools for prevention, detection and resolution of various issues related to it. In this sense, the present work is based on the reality of a less known education - the art education, specifically the musical vocational education - which is still somewhat unknown by the general population and to some extent even by the very entities that administrate it. This particular reality acts as a reservoir of experiences of teaching and learning across the whole range of interpersonal relationships and consequently deserves to be analyzed in the light of a rigorous scientific framework. The urgency of this research lies in the awareness, while teaching at the Conservatório Regional de Música de Viseu " Dr. Azeredo Perdigão”, regarding the fact that, in recent years, the education sector has undergone several changes under the umbrella of a global project for mass education of music, designed by the government that led Portugal till 2011. Being part of this extensive gear, I am induced to analyze the specific reality of my school, as well as its social and organizational features, theorizing from issues launched by researchers in the field of educational sciences. Initially, the enhance is put in the need to analyze the very type of school, particularly the kind of design that is being considered and to what extent this scientific support may or may not lead to improvements in all processes adjacent to the reality of school. Considering it as a socio-communitarian construction, school is a place where different actors, each one with different roles and behaviors expected, move. Looking away from the idea of school as a locus of reproduction of social inequalities, this argument virtually unanimous in terms of public opinion, this work lends emphasis to the urgency of articulating what is a sound knowledge based on rigorous scientific basis, within a favorable relational school context, to the valences of an entire community that supports and builds it day by day. That is, there is the stress on the urgency of putting the school at the service of local communities, in complementarity logic. Also in the case of the Conservatório Regional de Música de Viseu, this path is the most likely to mitigate a certain tendency toward elitism of the vocational education of music and to achieve real and effective participation of the Conservatório in building is own identity, parallel to the stimulus that this will mean in terms of strengthening the local identity. Naturally, this route cannot arise without a greater effectiveness of another theorical pillar discussed here. Such is the autonomy of schools, an item that is taking time to move away from purely legal framework to a concrete action plan. A school that cannot plan is own action, which can go through various actions such as hiring its own professionals, is a weakened school from the point of view of effectiveness. Regarding the Conservatório, this is particularly visible, albeit at the opposite pole, since the relative autonomy it possesses has allowed it to have, since its foundation in 1985, a solid and gradual approach to the community in which it operates, transferring is own school culture to the whole social plan about. As students are assessed, also the school that educates them should be. However, this assessment should be taken in order to detect problems and identify solutions, which departs from the common idea behind the performance evaluation. Only then we can know whether or not we are in the presence of a school that is effective, in the light of what the effective schools movement proposes. The size of the schools, now organized into mega-clusters, has an increasingly negative impact both on the field of the teachers’ and the students’ work. It is therefore noted with satisfaction that the Conservatório Regional de Música de Viseu has been able to grow, especially since the school year 2007/08 (when the new frequency articulated regime entered into force) with relatively safe steps, which demonstrates that its autonomy and the type of school culture it incorporates (as in the image of a small school) come to meet the needs of its own update. Although it is a little different today than it was until 2007, the Conservatório has a faculty and student body who tries at all costs to establish a culture adjacent to a joint project of fighting for music education. The unit of the school comes from a core range of collaborators who act on behalf of the school, because they feel it like theirs. And it may be said that this sense of belonging is what currently lacks the more in the majority of the schools, whether from regular or vocational type. In this school, the teacher still has room to dream and live passionately his profession in a perspective of constant learning and sharing, among colleagues and students. This paper proposes some forms of action that lie almost in a plane prevention and correction of minor problems due to the relative weakness of the administrative structure, preserving however the gain function of the Conservatório Regional de Música de Viseu.Ribeiro, CéliaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaAmaral, José Miguel Nascimento Mendes Fraga2014-11-18T15:13:18Z2013-11-1520132013-11-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/15707TID:201701936enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-10-10T01:38:03Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/15707Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:13:04.272061Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Refletir para melhorar : análise reflexiva das alterações produzidas pelo regime de frequência articulado no ensino vocacional de música : caso concreto Amaral, José Miguel Nascimento Mendes Fraga Ensino artístico Massificação Conceção de escola Regime articulado Autonomia Complementaridade Enseignement artistique Massification Conception d’école Régime articulé Autonomie Complémentarité Artistic education School conception Autonomy Complementarity Articulated regime |
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Atualmente, o desafio que a educação nos lança reveste-se de um cariz tão alargado quanto a própria definição do termo. Pensá-la para melhor poder intervir nas múltiplas tarefas que esta nos atribui, enquanto professores, representa um esforço de atualização e adaptação constante com o intuito de encontrar ferramentas de prevenção, deteção e resolução das mais variadas questões com ela relacionadas. Nesse sentido, o presente trabalho toma por base uma realidade educacional – a do ensino artístico, na vertente do ensino vocacional da música – que, sendo ainda um pouco desconhecida por parte da população em geral e em certa medida até pelas próprias entidades que a gerem, funciona como um reservatório de experiências de ensino e de aprendizagem transversais a toda uma gama de relações interpessoais que são dignas de ser analisadas à luz de um quadro científico rigoroso. A premência da investigação reside na tomada de consciência enquanto docente do Conservatório Regional de Música de Viseu “Dr. Azeredo Perdigão”, relativamente ao facto de, nos últimos anos, este setor de ensino ter sofrido alterações várias sob a alçada de um projeto global de massificação do ensino da música, desenhado pelo governo que liderou Portugal até ao ano de 2011. Sendo parte integrante desta extensa engrenagem, vejo-me aliciado a analisar a realidade específica da minha escola, bem como o quadro sócio-organizativo desta, a partir de uma teorização em torno de temáticas lançadas pelos investigadores da área específica das Ciências da Educação. Assim, o que se realça, numa primeira fase, é a necessidade de analisar a própria tipologia de escola, nomeadamente o tipo de conceção que lhe assiste e em que medida esse suporte científico pode ou não trazer melhorias em todos os processos adjacentes à realidade da escola. Considerando-a uma construção sociocomunitária, a escola é um espaço onde se movem diferentes atores, cada um deles com papéis diferenciados e comportamentos expectáveis. Procurando afastar a ideia da escola enquanto locus de reprodução das desigualdades sociais, argumento este praticamente unânime ao nível da opinião pública, este trabalho presta ênfase à urgência de articular aquilo que é um saber sólido assente em rigorosas bases científicas, dentro de um contexto escolar relacional favorável, às valências de toda uma comunidade que a suporta e constrói no dia a dia. Ou seja, coloca-se a tónica na premência de colocar a escola ao serviço das comunidades locais, numa lógica de complementaridade. Igualmente no caso do Conservatório Regional de Música de Viseu, este caminho é a forma mais passível de se atenuar uma certa tendência para a elitização do ensino vocacional da música e de se atingir a real e efetiva participação do Conservatório na construção de uma identidade própria, paralela ao estímulo que tal significará no plano do reforço da identidade local. Naturalmente, esta via não pode surgir sem que outro dos pilares teóricos aqui dissecado tenha uma maior efetividade. Tal é a autonomia das escolas, um item que demora ainda a sair de um quadro puramente legal para um plano de ação concreta. Uma escola que não pode planear a sua própria ação, o que pode passar por ações várias como a própria contratação de profissionais do corpo docente, é uma escola enfraquecida sob o ponto de vista da sua eficácia. No que toca ao Conservatório, este aspecto é particularmente visível, ainda que no pólo oposto, uma vez que a relativa autonomia que possui tem-lhe permitido, desde a sua fundação em 1985, uma aproximação sólida e gradual à comunidade em que se insere, transferindo a sua própria cultura de escola para um plano extra-escolar. Tal como os alunos são avaliados, também a escola que os forma o deve ser. Porém, essa avaliação deve ter o intuito de detetar os problemas e apontar soluções, o que se afasta da vulgar ideia subjacente à avaliação de desempenho. Só assim se poderá saber se estamos ou não na presença de uma escola que é eficaz, à imagem daquilo que o movimento das escolas eficazes propõe. A dimensão das escolas, agora organizadas em mega-agrupamentos, tem cada vez mais um impacto negativo tanto no campo do trabalho dos professores como no dos alunos. É por isso de notar, com satisfação, que o Conservatório Regional de Música de Viseu soube conseguir crescer, sobretudo a partir do ano letivo 2007/08 (ano da entrada em vigor do novo regime articulado de frequência) com passos relativamente seguros, o que demonstra que a sua autonomia e o tipo de cultura de escola que incorpora (à imagem de uma escola de pequena dimensão) vêm ao encontro das necessidades da sua própria atualização. Embora seja hoje um pouco diferente do que era até 2007, o Conservatório mantém um corpo docente e discente que tenta a todo o custo instituir toda uma cultura adjacente a um projeto comum de luta pelo ensino da música. A unidade da escola advém de um núcleo alargado de colaboradores que agem em prol da escola, porque a sentem como sua. E, poder-se-á dizer, esse sentimento de pertença é atualmente aquilo de que mais carece a esmagadora das escolas, sejam estas do ensino regular ou vocacional. Nesta escola, o professor ainda consegue ter espaço para sonhar e viver apaixonadamente a sua profissão numa perspetiva de aprendizagem e partilha, entre colegas e alunos, constante. O presente trabalho propõe algumas formas de ação que se situam quase num plano de prevenção e correção de pequenos problemas que se prendem com a relativa debilidade da estrutura administrativa, salvaguardando no entanto a mais valia funcional do Conservatório Regional de Música de Viseu. |
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