Relativismo moral na gestão : risco ignorado da internacionalização?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/28127 |
Resumo: | As questões relacionadas com a expatriação têm sido um tema central de estudo em Gestão Internacional de Recursos Humanos nas últimas décadas. Está disponível investigação de grande relevo sob a ótica de gestão - a parte mais recente dizendo respeito aos padrões de mudança da expatriação, em direção a papéis mais flexíveis para os expatriados. Menos estudada tem sido a adaptação cultural dos expatriados, e menos ainda a componente ética da mesma. Na nossa perspectiva, o crescente número de incidentes legais envolvendo as operações de multinacionais - e, de fato, sua reputação - decorrentes do comportamento antiético dos seus gestores no terreno pode estar a revelar um risco significativo, mas desconsiderado, no processo de expatriação. Recorrendo a um estudo quantitativo, identificamos uma propensão dos expatriados portugueses para a adopção de normas dos países de expatriação, e uma correlação moderada positiva deste indicador com o relativismo moral - medido aplicando o Ethics Position Questionnaire (EPQ), bem estabelecido teste padrão de Forsyth (1980) - cuja relação com comportamentos não-éticos havia sido identificada em estudos anteriores. A forte e positiva correlação identificada, entre (1) o sentimento de os expatriados terem sido bem preparados para a expatriação, e (2) as empresas expatriadoras terem orientações normativas específicas para o processo, constitui, contudo, um importante factor mitigador do risco referido acima. No estudo, a amostra de portugueses expatriados e não expatriados é ainda normalizada para comparar a ideologia ética dominante entre empresários portugueses, em relação a outros países, pela primeira vez nos quase 40 anos de existência do EPQ. Os resultados colocam a amostra de gestores expatriados portugueses no quadrante “absolutista”, um factor também limitador de riscos de comportamentos não-éticos. |
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Relativismo moral na gestão : risco ignorado da internacionalização?ExpatriaçãoFlexpatriaçãoRecursos humanosGestão internacional de recursos humanosRecrutamento e selecçãoLiderançaCriatividadeÉticaCulturaCultura empresarialValores moraisExpatriationFlexpatriationHuman resourcesInternational human resources managementRecruitement and selectionLeadershipCreativityCultureCorporate cultureMoral valuesDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Economia e GestãoAs questões relacionadas com a expatriação têm sido um tema central de estudo em Gestão Internacional de Recursos Humanos nas últimas décadas. Está disponível investigação de grande relevo sob a ótica de gestão - a parte mais recente dizendo respeito aos padrões de mudança da expatriação, em direção a papéis mais flexíveis para os expatriados. Menos estudada tem sido a adaptação cultural dos expatriados, e menos ainda a componente ética da mesma. Na nossa perspectiva, o crescente número de incidentes legais envolvendo as operações de multinacionais - e, de fato, sua reputação - decorrentes do comportamento antiético dos seus gestores no terreno pode estar a revelar um risco significativo, mas desconsiderado, no processo de expatriação. Recorrendo a um estudo quantitativo, identificamos uma propensão dos expatriados portugueses para a adopção de normas dos países de expatriação, e uma correlação moderada positiva deste indicador com o relativismo moral - medido aplicando o Ethics Position Questionnaire (EPQ), bem estabelecido teste padrão de Forsyth (1980) - cuja relação com comportamentos não-éticos havia sido identificada em estudos anteriores. A forte e positiva correlação identificada, entre (1) o sentimento de os expatriados terem sido bem preparados para a expatriação, e (2) as empresas expatriadoras terem orientações normativas específicas para o processo, constitui, contudo, um importante factor mitigador do risco referido acima. No estudo, a amostra de portugueses expatriados e não expatriados é ainda normalizada para comparar a ideologia ética dominante entre empresários portugueses, em relação a outros países, pela primeira vez nos quase 40 anos de existência do EPQ. Os resultados colocam a amostra de gestores expatriados portugueses no quadrante “absolutista”, um factor também limitador de riscos de comportamentos não-éticos.Expatriate issues have been a central study theme in International Resource Management for the past decades. Valuable research is available from the business perspective - the more recent part of which concerning the changing patterns of expatriation, towards more flexible roles for expatriates - but the cultural adaptation of expatriates has been less studied, and even less so the ethical component thereof. In our view, the growing number of problems for companies´ foreign operations - and indeed their reputation - deriving from unethical behavior by their employees abroad could highlight a significant but disregarded risk in the expatriation process. Using a quantitative study, we identified a propensity of Portuguese expatriates to adopt norms from expatriation countries, and a moderately positive correlation of this indicator with moral relativism - measured by applying the Ethics Position Questionnaire (EPQ), Forsyth´s well established measure (1980) - whose relationship with non-ethical behavior had been identified in previous studies. The strong and positive correlation identified between (1) the feeling that expatriates were well prepared for expatriation, and (2) expatriate companies have specific policy orientations for the process, is, however, an important mitigation factor of the risk previously identified. In the study, the sample of Portuguese expatriates and non-expatriates is also normalized to compare the dominant ethical ideology among Portuguese businessmen, in relation to other countries, for the first time in almost 40 years of existence of the EPQ. The results put the sample of Portuguese expatriate managers in the "absolutist" quadrant, a factor also limiting of risks of unethical behavior.Costa, Ricardo Jorge Fortes daVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaFigueiredo, Paulo Guilherme Dias de2019-08-08T09:50:23Z2019-05-0620192019-05-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/28127TID:202269167porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:33:42Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/28127Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:22:31.644775Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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