As perturbações do espectro do autismo na região autónoma da Madeira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/1984 |
Resumo: | Objectivos: estimar a prevalência das Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) na Região Autónoma da Madeira (RAM) e caracterizar as crianças com esta patologia, no que respeita às suas características específicas e ao acompanhamento que é realizado nesta região. Métodos: o levantamento epidemiológico incluiu as crianças com diagnóstico clínico de PEA nascidas entre os anos 1999 e 2001, sendo realizado através da base de dados electrónica da Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação (DREER). Para a caracterização, foram incluídas todas as crianças/jovens com PEA da RAM, que totalizam 47. Elaborou-se um questionário e aplicou-se a todos os docentes especializados da RAM que acompanham as crianças/jovens com PEA. Os dados obtidos foram tratados e comparados com outros estudos publicados. Resultados: a prevalência das PEA na RAM, na faixa etária definida é de 1,9 por 1000 crianças. O diagnóstico mais frequente entre as PEA, é o de Perturbação Autística e o género predominante, o masculino. O diagnóstico clínico é realizado mais frequentemente aos 3 anos. O modelo de intervenção mais utilizado na RAM é o Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children (TEACCH). Cerca de 40% das crianças/jovens são acompanhadas directamente por um Terapeuta da Fala e cerca de 58% apresenta linguagem verbal oral, sendo realizado pouco recurso aos Modelos de Comunicação Aumentativos e Alternativos, que são também pouco diversificados. Conclusões: a prevalência das PEA na RAM parece ser a mais elevada a nível nacional, comparando com outro estudo nacional realizado. A idade de realização do diagnóstico clínico vai de encontro aos estudos internacionais. Comparando com estudos internacionais realizados, são utilizados poucos modelos de intervenção, sendo o TEACCH o modelo mais utilizado em contexto educativo, tal como ocorre a nível nacional. Ao contrário do que ocorre noutros países, os MCAA são pouco utilizados e pouco diversificados. ABSTRACT: Objectives: to estimate the prevalence of Autism Spectrum Disorders (ASD) in the Região Autónoma da Madeira (RAM) and to characterize the children with this disorder, with regard to their specific characteristics and the management that is carried out in this region. Methods: an epidemiological survey was performed through the electronic database of the Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação (DREER) including children with a clinical diagnosis of ASD born between the years 1999 and 2001. For the characterization were included all children/youths with ASD in RAM which total 47. A questionnaire was developed and applied to all special education teachers of RAM that follow children/youths with ASD. The data was processed and compared previously reported studies. Results: the prevalence of ASD in RAM for the defined age group is 1,9 per 1000 children. The most frequent diagnosis among ASD is Austistic Disorder. There is a higher frequency in males. The clinical diagnosis is preformed more frequently at 3 years of age. The model of intervention more frequently used in RAM is the TEACCH model. About 40% of the children/youths are directly followed by a speech therapist and about 58% presented oral verbal language, with little use of alternative and augmentative communications (MCAA), which are also less diverse. Conclusions: the prevalence of ASD in RAM seems to be the highest nation wide, compared with a previously reported national survey. The age at clinical diagnosis is comparable to that found in international studies. In comparison with international reports, few intervention models are used, the TEACCH model is the most used in the educational/schooling context, as occurs at national level. Unlike that is observed in other countries MCAAs are modestly and are poorly diversified. |
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