Ensino e aprendizagem de competências de comunicação no Curso de Medicina da UBI
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/5312 |
Resumo: | Introdução: O ensino da Medicina tem sido alvo de grandes mudanças ao longo do tempo e tem, atualmente, como finalidade, preparar os alunos com um conjunto de aptidões no domínio do conhecimento, das habilidades sensitivo-motoras e, também, do relacionamento interpessoal. As competências de comunicação concretamente têm ganho um crescente relevo no ensino da medicina e na prática clínica. Objetivos: Confrontar um esquema proposto por especialistas para o Ensino/Aprendizagem da Comunicação no Curso de Medicina com o plano de estudo vigente no curso da FCS/UBI, através de: 1) Análise da avaliação das competências essenciais de comunicação clínica realizada pelos alunos do 5º e 6º ano do curso de Medicina da FCS-UBI, do ano letivo 2014-2015; 2) Análise do currículo dos estudantes de Medicina da FCS-UBI. Materiais e Métodos: Estudo de investigação, observacional e transversal. Participaram neste estudo 181 alunos, do 5º e 6º ano de Medicina da FCS-UBI, com uma média de 24,2 ± 2,2 anos de idade. A maioria dos participantes era do sexo feminino (65,2%), frequentava o 6º ano de Medicina (52,5%) e tinha preferência pelas áreas médicas (54,7%). Foi aplicado um questionário online construído a partir de uma adaptação das competências comunicacionais descritas e avaliadas no “European consensus on learning objectives for a core communication curriculum in health care professions”. [1] A análise estatística foi realizada com base nos programas Statistical Package for the Social Science® versão 22.0 e Microsoft Office Excel 2010®. Para a análise exploratória dos dados foram aplicados alguns conceitos da estatística descritiva e algumas técnicas de inferência estatística considerando-se um nível de significância de 5%. Resultados: 1) Os alunos reconhecem a importância das competências de comunicação no exercício da Medicina e consideram, na generalidade, que o curso de Medicina da UBI dá a devida importância a estas competências. 2) A maioria dos alunos concorda apenas parcialmente que se sente preparada relativamente ao domínio das competências de comunicação. 3) A avaliação dos alunos sobre a sua preparação para utilizar competências de comunicação clínica está relacionada com o ano curricular que frequentam. 4) Existe uma associação significativa (p<0,05), na maioria dos casos forte, entre o modo como as competências comunicacionais em estudo foram lecionadas ao longo do curso e o domínio destas pelos alunos. 5) A escolha de uma das 5 competências nucleares definidas no Licenciado Médico em Portugal como a “competência mais importante” na formação médica obteve resultados muito heterogéneos; os alunos consideram os Conhecimentos a competência mais importante na educação médica pré-graduada, seguida pelas Aptidões interpessoais de comunicação. Conclusão: Os estudantes reconhecem a importância das competências de comunicação na prática médica, mas nem todos se sentem preparados para as aplicar. Foi também demonstrada a existência de uma relação entre o modo como as competências comunicacionais são ensinadas e a perceção do domínio das mesmas pelos estudantes de medicina, o que sugere que adaptações no ensino destas competências poderão moldar a opinião dos alunos sobre o seu domínio. |
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Ensino e aprendizagem de competências de comunicação no Curso de Medicina da UBICompetênciasComunicaçãoCurrículoEstudantesMedicinaDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: O ensino da Medicina tem sido alvo de grandes mudanças ao longo do tempo e tem, atualmente, como finalidade, preparar os alunos com um conjunto de aptidões no domínio do conhecimento, das habilidades sensitivo-motoras e, também, do relacionamento interpessoal. As competências de comunicação concretamente têm ganho um crescente relevo no ensino da medicina e na prática clínica. Objetivos: Confrontar um esquema proposto por especialistas para o Ensino/Aprendizagem da Comunicação no Curso de Medicina com o plano de estudo vigente no curso da FCS/UBI, através de: 1) Análise da avaliação das competências essenciais de comunicação clínica realizada pelos alunos do 5º e 6º ano do curso de Medicina da FCS-UBI, do ano letivo 2014-2015; 2) Análise do currículo dos estudantes de Medicina da FCS-UBI. Materiais e Métodos: Estudo de investigação, observacional e transversal. Participaram neste estudo 181 alunos, do 5º e 6º ano de Medicina da FCS-UBI, com uma média de 24,2 ± 2,2 anos de idade. A maioria dos participantes era do sexo feminino (65,2%), frequentava o 6º ano de Medicina (52,5%) e tinha preferência pelas áreas médicas (54,7%). Foi aplicado um questionário online construído a partir de uma adaptação das competências comunicacionais descritas e avaliadas no “European consensus on learning objectives for a core communication curriculum in health care professions”. [1] A análise estatística foi realizada com base nos programas Statistical Package for the Social Science® versão 22.0 e Microsoft Office Excel 2010®. Para a análise exploratória dos dados foram aplicados alguns conceitos da estatística descritiva e algumas técnicas de inferência estatística considerando-se um nível de significância de 5%. Resultados: 1) Os alunos reconhecem a importância das competências de comunicação no exercício da Medicina e consideram, na generalidade, que o curso de Medicina da UBI dá a devida importância a estas competências. 2) A maioria dos alunos concorda apenas parcialmente que se sente preparada relativamente ao domínio das competências de comunicação. 3) A avaliação dos alunos sobre a sua preparação para utilizar competências de comunicação clínica está relacionada com o ano curricular que frequentam. 4) Existe uma associação significativa (p<0,05), na maioria dos casos forte, entre o modo como as competências comunicacionais em estudo foram lecionadas ao longo do curso e o domínio destas pelos alunos. 5) A escolha de uma das 5 competências nucleares definidas no Licenciado Médico em Portugal como a “competência mais importante” na formação médica obteve resultados muito heterogéneos; os alunos consideram os Conhecimentos a competência mais importante na educação médica pré-graduada, seguida pelas Aptidões interpessoais de comunicação. Conclusão: Os estudantes reconhecem a importância das competências de comunicação na prática médica, mas nem todos se sentem preparados para as aplicar. Foi também demonstrada a existência de uma relação entre o modo como as competências comunicacionais são ensinadas e a perceção do domínio das mesmas pelos estudantes de medicina, o que sugere que adaptações no ensino destas competências poderão moldar a opinião dos alunos sobre o seu domínio.Introduction: Teaching in medicine has undergone several changes over time and it is currently intended to prepare students with a set of skills in the field of knowledge, sensory-motor skills and also the interpersonal relationship. The particular communication skills have gained an increasing emphasis on medical education and clinical practice. Objectives: Confronting a scheme proposed by experts for Education / Communication Learning in Medicine Course with the current study plan in the course of FCS / UBI through: 1) assessment of the analysis of the core competencies of clinical communication performed by students 5th and 6th year medical course of FCS-UBI, the school year 2014-2015; 2) Curriculum Analysis of medical students of FCS-UBI. Materials and Methods: It is an observational, cross-sectional and empirical study. A total of 181 students, in the 5th and 6th years of the Master of Medicine FCS-UBI, with an average of 24.2 ± years participated in this study. Most of the participants were female (65,2%), attended the 6th year (52,5%) and had a preference for medical areas (54,7%). It was applied a survey with an adaptation of the communication skills evaluated in the "European consensus on learning objectives for the core communication curriculum in health professions care". [1] The processing and analysis of the information collected were performed using the Statistical Package for Social Sciences, version 22.0® for Windows and Microsoft Excel ®.Exploratory data analysis were applied some concepts of descriptive statistics and some techniques of statistical inference considering a 5% significance level. Results: 1) Students recognize the importance of communication skills in the practice of medicine and in general they consider that medical school of UBI gives due importance to these skills. 2) Most students agree that feels only partially prepared in relation to the field of clinical communication skills. 3) The preparation of the students regarding the clinical communication skills depends on or is related to the academic year attending. 4) It was verified that there is a significant association (p <0.05), in most cases strong, between how communication skills in the study were taught throughout the course and the mastery of these by the students of the 5th and 6th year. 5) In the hierarchy of clinical skills defined in the “Licenciado Médico em Portugal”, it was found that students consider the knowledge the most important competence in pre-graduate medical education, followed by interpersonal communication skills. Conclusion: The students recognize the importance of communication skills in medical practice, but not all feel prepared to apply in clinical practice. It was also shown that there is a relationship between how communication skills are taught and the domain of the same by medical students, which suggests that adaptations in teaching these skills can shape the students' opinion about your domain.Vitória, Paulo dos Santos DuarteNunes, Célia Maria PintoSousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deuBibliorumRoque, Ana Carolina2018-07-20T15:56:28Z2016-5-22016-05-252016-05-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5312TID:201774283porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:43:06Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5312Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:15.317385Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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