A participação das crianças com vista à autorregulação da aprendizagem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Baptista, Sandra Marisa Silva
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/14608
Resumo: O presente Relatório Final de Estágio foi elaborado para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Educação Pré- Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Nele apresentamos o projeto de intervenção e de investigação que desenvolvemos no âmbito da componente de formação de Prática Pedagógica Supervisionada em estreita articulação com o Seminário de Investigação Educacional. Trata-se de um projeto que se insere na temática da Organização e Gestão do Processo de Ensino e de Aprendizagem, em contexto de educação de infância, tendo como foco principal a promoção da participação das crianças no processo de tomada de decisão relativo às suas aprendizagens com vista à autorregulação das suas próprias aprendizagens. Na nossa perspetiva, compete ao educador, enquanto principal responsável pelas decisões a tomar relativamente à organização e gestão do processo de ensino e de aprendizagem, criar espaços que promovam a participação ativa das crianças na tomada de decisão relativa às suas aprendizagens, bem como promover a participação das crianças na construção das suas próprias aprendizagens. Consideramos, ainda, que é importante que estas aprendizagens sejam coconstruídas entre o educador e as próprias crianças. Se assim for, o educador promoverá não só a participação das crianças, mas também a autorregulação das suas aprendizagens. A autorregulação, enquanto competência fundamental para o desenvolvimento das crianças, é um conceito que requer a sua participação. Para Rosário, Núñez e González- Pienda (2007), este é um conceito que sugere ainda “[...] uma pauta de aprender exigente, centrada no papel agente das crianças que, desta forma, se assumem como capitãs do seu aprender” (p. 11). Acreditamos, assim, que quanto mais participativa a criança for, mais autorregulada será. O nosso projeto teve como principais objetivos aprofundar o nosso conhecimento sobre os conceitos de participação e de autorregulação e sobre como se pode promover a participação das crianças no processo de tomada de decisão relativo às suas aprendizagens, com vista ao desenvolvimento de capacidades de autorregulação da aprendizagem. Ao nível da intervenção pretendíamos implementar um projeto que tivesse por base o desenvolvimento de várias atividades que visassem a promoção da participação das crianças no processo de tomada de decisão relativo às suas aprendizagens. Ao nível da investigação pretendíamos compreender e refletir sobre o modo como a participação das crianças no processo de tomada de decisão relativo às suas aprendizagens contribuiria, ou não, para o desenvolvimento de capacidades de autorregulação das suas aprendizagens. Tratou-se de um projeto com caraterísticas da investigação-ação colaborativa, tendo-se privilegiado como técnicas e instrumentos de recolha de dados a observação, as áudio e as vídeo-gravações de algumas das nossas intervenções e o portfólio reflexivo individual da prática pedagógica, que integra as notas de campo, as planificações das intervenções, as reflexões e o instrumento de observação que construímos para apoiar o processo de recolha de dados. Os resultados obtidos permitiram-nos concluir que a participação das crianças no processo de tomada de decisão relativo às suas aprendizagens contribui para o desenvolvimento de capacidades autorregulatórias das suas aprendizagens. Porém, consideramos que é necessário haver alguma orientação por parte do educador ao longo do processo de implementação das várias fases da aprendizagem autorregulada (Planificação, Execução e Avaliação). A implementação deste projeto constituiu-se, também, como um processo de aprendizagem e contribuiu para o desenvolvimento do nosso conhecimento profissional desenvolvimento este que se prolongará ao longo da vida.
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Na nossa perspetiva, compete ao educador, enquanto principal responsável pelas decisões a tomar relativamente à organização e gestão do processo de ensino e de aprendizagem, criar espaços que promovam a participação ativa das crianças na tomada de decisão relativa às suas aprendizagens, bem como promover a participação das crianças na construção das suas próprias aprendizagens. Consideramos, ainda, que é importante que estas aprendizagens sejam coconstruídas entre o educador e as próprias crianças. Se assim for, o educador promoverá não só a participação das crianças, mas também a autorregulação das suas aprendizagens. A autorregulação, enquanto competência fundamental para o desenvolvimento das crianças, é um conceito que requer a sua participação. Para Rosário, Núñez e González- Pienda (2007), este é um conceito que sugere ainda “[...] uma pauta de aprender exigente, centrada no papel agente das crianças que, desta forma, se assumem como capitãs do seu aprender” (p. 11). Acreditamos, assim, que quanto mais participativa a criança for, mais autorregulada será. O nosso projeto teve como principais objetivos aprofundar o nosso conhecimento sobre os conceitos de participação e de autorregulação e sobre como se pode promover a participação das crianças no processo de tomada de decisão relativo às suas aprendizagens, com vista ao desenvolvimento de capacidades de autorregulação da aprendizagem. Ao nível da intervenção pretendíamos implementar um projeto que tivesse por base o desenvolvimento de várias atividades que visassem a promoção da participação das crianças no processo de tomada de decisão relativo às suas aprendizagens. Ao nível da investigação pretendíamos compreender e refletir sobre o modo como a participação das crianças no processo de tomada de decisão relativo às suas aprendizagens contribuiria, ou não, para o desenvolvimento de capacidades de autorregulação das suas aprendizagens. Tratou-se de um projeto com caraterísticas da investigação-ação colaborativa, tendo-se privilegiado como técnicas e instrumentos de recolha de dados a observação, as áudio e as vídeo-gravações de algumas das nossas intervenções e o portfólio reflexivo individual da prática pedagógica, que integra as notas de campo, as planificações das intervenções, as reflexões e o instrumento de observação que construímos para apoiar o processo de recolha de dados. Os resultados obtidos permitiram-nos concluir que a participação das crianças no processo de tomada de decisão relativo às suas aprendizagens contribui para o desenvolvimento de capacidades autorregulatórias das suas aprendizagens. Porém, consideramos que é necessário haver alguma orientação por parte do educador ao longo do processo de implementação das várias fases da aprendizagem autorregulada (Planificação, Execução e Avaliação). A implementação deste projeto constituiu-se, também, como um processo de aprendizagem e contribuiu para o desenvolvimento do nosso conhecimento profissional desenvolvimento este que se prolongará ao longo da vida.The present training course final report has been developed for compliance with the requirements necessary for obtaining the master's degree in Preschool and Basic School Teacher Education. We introduce the intervention and research project that we have developed under the training component of Supervised Pedagogical Practice in close liaison with the Educational Research Seminar. This project is part of the Organisation and Management of Teaching and Learning Process, in the context of childhood education, having as its main focus the promotion of participation of children in decisionmaking concerning their learnings for the self-regulation of their own learning. In our point of view, the educator, as the main responsible for the decisions to be taken regarding the organisation and management of the teaching and learning process, is responsible to create spaces that promote the active participation of children in decision-making concerning their learning as well as promoting children's participation in the construction of theirs sel-tuition. We also consider that it is important that children’s learning should be built between the educator and the children themselves. According to that, the educator will be able to promote not only the participation of children, but also the self-regulation of their learning. Self-regulation, as a fundamental competence for the development of children, is a concept that requires their participation. For Rosário, Núñez e González-Pienda (2007), this is a concept that also suggests "[...] a demanding learning agenda, focused on the role of agent kids who, by this way, assume themselves as captains of their learning" (p. 11). We believe, therefore, that the more participatory the child is, more self-regulated will be. Our main goals were to deepen our knowledge about the concepts of participation and of self-regulation and about how you can promote the participation of children in decision-making concerning their learning at capacity-building of self-regulation of learning capabilities. At the level of the intervention we intend to implement a project that was based on the development of various activities aimed at promoting the participation of children in decision-making concerning their learnings. At the level of research we wanted to understand and reflect on the way in which the participation of children in decision-making concerning their learning would contribute, or not, to the development of self-regulation capacities of their learning. This is a project with features of collaborative research-action, having privileged as techniques and instruments of data collection the observation, audio and video recordings of some of our interventions and the individual pedagogical practice reflexive portfolio, which integrates the field notes, the interventions planning, the reflections and the observation instrument that we have built to support the process of data collection. The results obtained allowed us to conclude that the participation of children in decision-making concerning their learning contributes to the development of their learning self-regulatory capacities. However, we believe that there is the need of some guidance by the educator throughout the process of implementation of the various self-regulatory stages of learning (planification, execution, avaliation).Universidade de Aveiro2015-09-03T08:44:21Z2014-01-01T00:00:00Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/14608TID:201592630porBaptista, Sandra Marisa Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:26:43Zoai:ria.ua.pt:10773/14608Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:50:09.555729Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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