Rastreio do cancro do pâncreas: quem e como rastrear

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lourenço, Adriana da Silva
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/10652
Resumo: O cancro do pâncreas é o 6º cancro mais mortal em Portugal, representando 5,5% de todas as mortes por cancro no país. Mundialmente, estima-se que entre 2018 e 2040 a sua incidência e mortalidade aumentem 77,7% e 79,9%, respetivamente. Existe um intervalo de vários anos até ao aparecimento da neoplasia maligna e, consequentemente, da sintomatologia. Este período assintomático representa uma oportunidade para o rastreio e deteção precoce do tumor num estádio inicial ou das suas lesões percursoras, permitindo uma abordagem terapêutica potencialmente curativa. Vários fatores de risco identificados, genéticos e não genéticos, aumentam a predisposição para o desenvolvimento de cancro do pâncreas. Dada a reduzida incidência da doença, a população geral parece não beneficiar do rastreio da neoplasia num estádio inicial ou das suas lesões percursoras, estando apenas recomendado em populações com risco de desenvolvimento do cancro do pâncreas ao longo da vida superior a 5%. Assim, vários autores recomendam o rastreio em indivíduos de alto risco, nomeadamente, cancro do pâncreas familiar e em algumas síndromes genéticas. Estudos apontam que, nessa população, o tempo de sobrevida aumenta significativamente e que as taxas de resseção curativas são elevadas. Atualmente, o rastreio baseia-se em métodos de imagem como a ecoendoscopia e a ressonância magnética. Alguns estudos sugerem que estes são complementares e que poderão ser usados simultaneamente. Ainda assim, recentemente, têm surgido métodos mais seguros, menos invasivos e com resultados promissores. Realizou-se uma revisão da literatura sobre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de cancro do pâncreas, as lesões pré-malignas da neoplasia, as recomendações sobre a população-alvo a rastrear, os métodos de rastreio disponíveis e em desenvolvimento, bem como o custo-efetividade do rastreio.
id RCAP_6279a78a287237ae52fa695fdf4da199
oai_identifier_str oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/10652
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Rastreio do cancro do pâncreas: quem e como rastrearCancro do PâncreasDeteção PrecoceRastreioDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaO cancro do pâncreas é o 6º cancro mais mortal em Portugal, representando 5,5% de todas as mortes por cancro no país. Mundialmente, estima-se que entre 2018 e 2040 a sua incidência e mortalidade aumentem 77,7% e 79,9%, respetivamente. Existe um intervalo de vários anos até ao aparecimento da neoplasia maligna e, consequentemente, da sintomatologia. Este período assintomático representa uma oportunidade para o rastreio e deteção precoce do tumor num estádio inicial ou das suas lesões percursoras, permitindo uma abordagem terapêutica potencialmente curativa. Vários fatores de risco identificados, genéticos e não genéticos, aumentam a predisposição para o desenvolvimento de cancro do pâncreas. Dada a reduzida incidência da doença, a população geral parece não beneficiar do rastreio da neoplasia num estádio inicial ou das suas lesões percursoras, estando apenas recomendado em populações com risco de desenvolvimento do cancro do pâncreas ao longo da vida superior a 5%. Assim, vários autores recomendam o rastreio em indivíduos de alto risco, nomeadamente, cancro do pâncreas familiar e em algumas síndromes genéticas. Estudos apontam que, nessa população, o tempo de sobrevida aumenta significativamente e que as taxas de resseção curativas são elevadas. Atualmente, o rastreio baseia-se em métodos de imagem como a ecoendoscopia e a ressonância magnética. Alguns estudos sugerem que estes são complementares e que poderão ser usados simultaneamente. Ainda assim, recentemente, têm surgido métodos mais seguros, menos invasivos e com resultados promissores. Realizou-se uma revisão da literatura sobre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de cancro do pâncreas, as lesões pré-malignas da neoplasia, as recomendações sobre a população-alvo a rastrear, os métodos de rastreio disponíveis e em desenvolvimento, bem como o custo-efetividade do rastreio.Pancreatic cancer is the 6th deadliest cancer in Portugal, representing 5.5% of all cancer deaths in the country. Worldwide, its incidence and mortality are estimated to increase by 77.7% and 79.9% respectively between 2018 and 2040. There is a period of several years until the appearance of malignant neoplasia and, consequently, symptomatology. This asymptomatic period represents an opportunity for early screening and detection of the tumor at an early stage or of its precursor lesions, allowing a potentially curative therapeutic approach. There are several identified risk factors, genetic and non-genetic, which increase the predisposition to pancreatic cancer development. Given the low incidence of the disease, the general population does not appear to benefit from screening for neoplasia at an early stage or its precursor lesions and is only recommended in populations at risk of developing pancreatic cancer over a lifetime of more than 5%. Therefore, several authors recommend screening in high-risk individuals, namely family pancreatic cancer and some genetic syndromes. Studies indicate that in this population survival time increases significantly and that rates of curative resection are high. Currently, screening is based on imaging methods such as echoendoscopy and magnetic resonance imaging. Some studies suggest that these are complementary and can be used simultaneously. Even so, recently, safer, less invasive methods with promising results have emerged. This work has consisted of a review of the literature on the main risk factors for developing pancreatic cancer, recommendations on the target population to be screened, available and developing screening methods and the cost-effectiveness of screening.Ramos, Rui Miguel MonteirouBibliorumLourenço, Adriana da Silva2020-12-14T14:23:08Z2020-07-152020-05-132020-07-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/10652TID:202547817porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:52:36Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/10652Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:50:33.711021Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Rastreio do cancro do pâncreas: quem e como rastrear
title Rastreio do cancro do pâncreas: quem e como rastrear
spellingShingle Rastreio do cancro do pâncreas: quem e como rastrear
Lourenço, Adriana da Silva
Cancro do Pâncreas
Deteção Precoce
Rastreio
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina
title_short Rastreio do cancro do pâncreas: quem e como rastrear
title_full Rastreio do cancro do pâncreas: quem e como rastrear
title_fullStr Rastreio do cancro do pâncreas: quem e como rastrear
title_full_unstemmed Rastreio do cancro do pâncreas: quem e como rastrear
title_sort Rastreio do cancro do pâncreas: quem e como rastrear
author Lourenço, Adriana da Silva
author_facet Lourenço, Adriana da Silva
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Ramos, Rui Miguel Monteiro
uBibliorum
dc.contributor.author.fl_str_mv Lourenço, Adriana da Silva
dc.subject.por.fl_str_mv Cancro do Pâncreas
Deteção Precoce
Rastreio
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina
topic Cancro do Pâncreas
Deteção Precoce
Rastreio
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina
description O cancro do pâncreas é o 6º cancro mais mortal em Portugal, representando 5,5% de todas as mortes por cancro no país. Mundialmente, estima-se que entre 2018 e 2040 a sua incidência e mortalidade aumentem 77,7% e 79,9%, respetivamente. Existe um intervalo de vários anos até ao aparecimento da neoplasia maligna e, consequentemente, da sintomatologia. Este período assintomático representa uma oportunidade para o rastreio e deteção precoce do tumor num estádio inicial ou das suas lesões percursoras, permitindo uma abordagem terapêutica potencialmente curativa. Vários fatores de risco identificados, genéticos e não genéticos, aumentam a predisposição para o desenvolvimento de cancro do pâncreas. Dada a reduzida incidência da doença, a população geral parece não beneficiar do rastreio da neoplasia num estádio inicial ou das suas lesões percursoras, estando apenas recomendado em populações com risco de desenvolvimento do cancro do pâncreas ao longo da vida superior a 5%. Assim, vários autores recomendam o rastreio em indivíduos de alto risco, nomeadamente, cancro do pâncreas familiar e em algumas síndromes genéticas. Estudos apontam que, nessa população, o tempo de sobrevida aumenta significativamente e que as taxas de resseção curativas são elevadas. Atualmente, o rastreio baseia-se em métodos de imagem como a ecoendoscopia e a ressonância magnética. Alguns estudos sugerem que estes são complementares e que poderão ser usados simultaneamente. Ainda assim, recentemente, têm surgido métodos mais seguros, menos invasivos e com resultados promissores. Realizou-se uma revisão da literatura sobre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de cancro do pâncreas, as lesões pré-malignas da neoplasia, as recomendações sobre a população-alvo a rastrear, os métodos de rastreio disponíveis e em desenvolvimento, bem como o custo-efetividade do rastreio.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-12-14T14:23:08Z
2020-07-15
2020-05-13
2020-07-15T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.6/10652
TID:202547817
url http://hdl.handle.net/10400.6/10652
identifier_str_mv TID:202547817
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136396001148928