Hábitos e Perturbações do Sono: Caracterização de uma Amostra Pediátrica na Comunidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Arriaga, Cláudia
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Brito, Sara, Gaspar, Pedro, Luz, Alexandra
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2015.6447
Resumo: Introdução: As perturbações do sono são as alterações comportamentais mais frequentes na população pediátrica, emborasubvalorizadas. Pretendeu-se caracterizar uma população pediátrica relativamente a perturbações do sono. Métodos: Estudo transversal e correlacional, por aplicação do questionário de hábitos de sono das crianças em português a pais de crianças com 2 a 10 anos. Calcularam-se o índice de perturbação do sono e as subescalas, utilizando 44 como ponto de corte. Resultados: Obtiveram-se 966 questionários válidos, referentes a crianças com idade média de 7,39 ± 1,96 anos. Foi constatada diferença na duração do sono por idade, com média inferior durante a semana nos 8-10 anos (p < 0,001) e ao fim de semana nos = 3 anos (p = 0,033). A média do índice de perturbação do sono foi 47,59 ± 6,43, encontrando-se 74% da amostra acima do ponto de corte, sem diferença por sexo ou idade. O índice de perturbação do sono correlacionou-se inversamente com a idade (r = -0,123; p < 0,001) e a sonolência diurna foi a única subescala que pontuou de forma mais significativa com o aumento da idade (r = 0,198; p < 0,001). As raparigas obtiveram índices mais elevados na sonolência diurna (p = 0,001) e os rapazes nas parassónias (p = 0,026). Identificou-se uma correlação negativa entre sonolência diurna e a duração do sono durante a semana (r = -0,131; p < 0,001) e positiva durante o fim de semana (r = 0,132; p < 0,001).Não houve concordância entre o índice de perturbação do sono e a perceção parental (k = -0,128; p < 0,001). Discussão: Verificou-se uma elevada percentagem de perturbações do sono na amostra, sendo estas mais evidentes nas idades mais jovens. A subvalorização parental confirmada indica a necessidade de intervenção nesta área.
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