Contribuição das visitas de estudo para a motivação e para a aprendizagem da Física e da Química
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/5525 |
Resumo: | O presente estudo foi realizado com o propósito de averiguar o contributo das visitas de estudo para a motivação dos alunos e para a aprendizagem da Física e da Química, e para conhecer as opiniões e as práticas dos professores relativas às visitas de estudo. Na primeira parte do estudo foram aplicados inquéritos por questionário aos alunos e entrevistas aos professores de três agrupamentos de escolas do Norte do país que participaram numa visita de estudo a Londres. A segunda parte do estudo compreendeu a aplicação de inquéritos por questionário a professores de Ciências Físico-Químicas do 3ºciclo do ensino básico e de Física e Química do ensino secundário, da região Norte de Portugal. Os resultados do estudo revelam que quase todos os professores inquiridos já participaram em visitas de estudo, sendo a maioria das visitas realizadas em território nacional. Os anos de escolaridade em que os professores organizaram maior número de visitas de estudo corresponderam aos níveis de início de novos ciclos de ensino, 7º ano e 10º ano, tendo sido organizadas em menor quantidade no 12º ano de escolaridade. Todos os alunos inquiridos participaram em visitas de estudo e a maioria participou na visita de estudo a Londres. De um modo geral, professores e alunos concordam que as visitas de estudo contribuem para a motivação dos alunos e para a aprendizagem da Física e da Química. Consideram também que, na grande parte das visitas de estudo são relembrados conteúdos de Física e de Química, de forma interessante e divertida, facilitando a aquisição e consolidação de conhecimentos com concretização dos objetivos previstos pelos professores para as visitas de estudo. A visita de estudo a Londres promoveu muito interesse, motivação e elevado grau de satisfação quer nos alunos quer nos professores permitindo que os objetivos pré-definidos fossem atingidos. Constatou-se também que as visitas de estudo realizadas pelos professores são, na sua maioria, coerentes com as visitas de estudo sugeridas pelos currículos nacionais do 3ºciclo do ensino básico e do ensino secundário. Em função do papel ativo desempenhado pelos professores e pelos alunos nas visitas de estudo considerou-se apropriado defini-las como saídas semidirigidas. Na opinião dos professores, o que determina o sucesso de uma visita de estudo são a preparação prévia da visita de estudo, a participação dos alunos quer na planificação da visita, quer durante a visita, o envolvimento dos professores durante a preparação e concretização da visita de estudo e o reforço após a visita de estudo. Os professores apontaram algumas dificuldades na organização das visitas, a nível económico, burocrático, logístico e comportamental. No entanto, também referiram que quase todas essas dificuldades foram superadas. Sugere-se um maior investimento na organização das visitas de estudo no que concerne ao caráter interdisciplinar das visitas de estudo e à transversalidade dos conteúdos abordados, de modo a não comprometer a colaboração dos professores que não se identificam com a visita, e a suscitar o interesse dos alunos nos conteúdos abordados em contexto escolar, criando uma ponte entre as aulas e a realidade envolvente. |
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Os resultados do estudo revelam que quase todos os professores inquiridos já participaram em visitas de estudo, sendo a maioria das visitas realizadas em território nacional. Os anos de escolaridade em que os professores organizaram maior número de visitas de estudo corresponderam aos níveis de início de novos ciclos de ensino, 7º ano e 10º ano, tendo sido organizadas em menor quantidade no 12º ano de escolaridade. Todos os alunos inquiridos participaram em visitas de estudo e a maioria participou na visita de estudo a Londres. De um modo geral, professores e alunos concordam que as visitas de estudo contribuem para a motivação dos alunos e para a aprendizagem da Física e da Química. Consideram também que, na grande parte das visitas de estudo são relembrados conteúdos de Física e de Química, de forma interessante e divertida, facilitando a aquisição e consolidação de conhecimentos com concretização dos objetivos previstos pelos professores para as visitas de estudo. A visita de estudo a Londres promoveu muito interesse, motivação e elevado grau de satisfação quer nos alunos quer nos professores permitindo que os objetivos pré-definidos fossem atingidos. Constatou-se também que as visitas de estudo realizadas pelos professores são, na sua maioria, coerentes com as visitas de estudo sugeridas pelos currículos nacionais do 3ºciclo do ensino básico e do ensino secundário. Em função do papel ativo desempenhado pelos professores e pelos alunos nas visitas de estudo considerou-se apropriado defini-las como saídas semidirigidas. Na opinião dos professores, o que determina o sucesso de uma visita de estudo são a preparação prévia da visita de estudo, a participação dos alunos quer na planificação da visita, quer durante a visita, o envolvimento dos professores durante a preparação e concretização da visita de estudo e o reforço após a visita de estudo. Os professores apontaram algumas dificuldades na organização das visitas, a nível económico, burocrático, logístico e comportamental. No entanto, também referiram que quase todas essas dificuldades foram superadas. Sugere-se um maior investimento na organização das visitas de estudo no que concerne ao caráter interdisciplinar das visitas de estudo e à transversalidade dos conteúdos abordados, de modo a não comprometer a colaboração dos professores que não se identificam com a visita, e a suscitar o interesse dos alunos nos conteúdos abordados em contexto escolar, criando uma ponte entre as aulas e a realidade envolvente.This study was made aiming at identifying a possible contribution of the fieldtrips for the motivation and learning of science, in particular in the fields of physics and chemistry, as well as understanding the conceptions about the methods of the teachers concerning the whole process involving the fieldtrips. In the first part of the study, questionnaires were given to the students and interviews to the teachers at a group of schools in the northern region of Portugal that were involved in a fieldtrip to London. The second part of the study involved the use of questionnaires to physics and chemistry teachers at the high school level, in the northern region of Portugal. The results of the study show that almost all the inquired teachers planned and/or followed fieldtrips, the majority made within national territory. Teachers organize more fieldtrips in the beginning of the school cycles, that is, in the 7th and 10th grades. On the other hand, teachers tend to organize less fieldtrips in the 12th grade. All the students inquired participated in fieldtrips and most of them, participated in the fieldtrip to London. In general teachers and students agree that the fieldtrips contributed to the motivation and learning of physics and chemistry. They also considered that the majority of the fieldtrips included the topics that were taught in the classroom in an interesting and funny way, facilitating the acquisition and consolidation of knowledge, to achieve the goals set out by teachers for the fieldtrips. The fieldtrip to London promoted a lot of interest, motivation and satisfaction, both in the students and in the teachers, allowing the achieving of the goals predefined for the fieldtrip. Also, the fieldtrips are, in its majority, coherent with the fieldtrips suggested by the national school curriculum. Since students and teachers performed an active role in the fieldtrips we consider these as outputs semi directed. In the teachers’ opinion, the success of a fieldtrip is determined by previous preparation, the students participation both in the planning and during the actual visit, the involvement of the teachers in the preparation and implementation of the fieldtrip, and the reinforcement activities after the fieldtrip. The teachers pointed out difficulties in planning the fieldtrips, namely the weak collaboration among teachers, the indiscipline of some students and practical issues (financial, logistic and bureaucratic), although they also referred that these difficulties were overcome. We suggest a greater investment in the organization of study visits, as a way of not compromising the collaboration of the teachers that don’t agree with the fieldtrips regarding the interdisciplinary nature of the study visits and the mainstreaming of content covered, as well as to raise students' interest in the contents covered in schools, creating a bridge between classes and the surrounding reality.2016-02-02T12:48:31Z2016-02-02T00:00:00Z2016-02-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/5525porQuintas, Ana Cristina dos Santosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:47:09Zoai:repositorio.utad.pt:10348/5525Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:04:22.404263Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O presente estudo foi realizado com o propósito de averiguar o contributo das visitas de estudo para a motivação dos alunos e para a aprendizagem da Física e da Química, e para conhecer as opiniões e as práticas dos professores relativas às visitas de estudo. Na primeira parte do estudo foram aplicados inquéritos por questionário aos alunos e entrevistas aos professores de três agrupamentos de escolas do Norte do país que participaram numa visita de estudo a Londres. A segunda parte do estudo compreendeu a aplicação de inquéritos por questionário a professores de Ciências Físico-Químicas do 3ºciclo do ensino básico e de Física e Química do ensino secundário, da região Norte de Portugal. Os resultados do estudo revelam que quase todos os professores inquiridos já participaram em visitas de estudo, sendo a maioria das visitas realizadas em território nacional. Os anos de escolaridade em que os professores organizaram maior número de visitas de estudo corresponderam aos níveis de início de novos ciclos de ensino, 7º ano e 10º ano, tendo sido organizadas em menor quantidade no 12º ano de escolaridade. Todos os alunos inquiridos participaram em visitas de estudo e a maioria participou na visita de estudo a Londres. De um modo geral, professores e alunos concordam que as visitas de estudo contribuem para a motivação dos alunos e para a aprendizagem da Física e da Química. Consideram também que, na grande parte das visitas de estudo são relembrados conteúdos de Física e de Química, de forma interessante e divertida, facilitando a aquisição e consolidação de conhecimentos com concretização dos objetivos previstos pelos professores para as visitas de estudo. A visita de estudo a Londres promoveu muito interesse, motivação e elevado grau de satisfação quer nos alunos quer nos professores permitindo que os objetivos pré-definidos fossem atingidos. Constatou-se também que as visitas de estudo realizadas pelos professores são, na sua maioria, coerentes com as visitas de estudo sugeridas pelos currículos nacionais do 3ºciclo do ensino básico e do ensino secundário. Em função do papel ativo desempenhado pelos professores e pelos alunos nas visitas de estudo considerou-se apropriado defini-las como saídas semidirigidas. Na opinião dos professores, o que determina o sucesso de uma visita de estudo são a preparação prévia da visita de estudo, a participação dos alunos quer na planificação da visita, quer durante a visita, o envolvimento dos professores durante a preparação e concretização da visita de estudo e o reforço após a visita de estudo. Os professores apontaram algumas dificuldades na organização das visitas, a nível económico, burocrático, logístico e comportamental. No entanto, também referiram que quase todas essas dificuldades foram superadas. Sugere-se um maior investimento na organização das visitas de estudo no que concerne ao caráter interdisciplinar das visitas de estudo e à transversalidade dos conteúdos abordados, de modo a não comprometer a colaboração dos professores que não se identificam com a visita, e a suscitar o interesse dos alunos nos conteúdos abordados em contexto escolar, criando uma ponte entre as aulas e a realidade envolvente. |
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