Diferentes intensidades de aquecimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neves, Pedro Miguel Pombo
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/9676
Resumo: O aquecimento é considerado uma parte integral do treino, tendo como principal objetivo a prevenção de lesões e a preparação para a atividade física. Pouco se sabe acerca dos efeitos sobre o desempenho muscular, e, de forma mais específica, acerca do seu desenho. O presente estudo teve como objetivo verificar o efeito da utilização de diferentes intensidades de aquecimento específico num treino de força muscular. Para isso, foi utilizado o exercício de agachamento, no qual foram avaliadas respostas mecânicas (velocidade média propulsiva, potência média propulsiva e perda de velocidade propulsiva), respostas fisiológicas (frequência cardíaca, temperatura auricular e concentração sanguínea de lactato) e psicofisiológicas (perceção subjetiva de esforço). Este estudo foi realizado com 14 sujeitos do sexo masculino, com idades compreendidas entre 19 e os 35 anos (24.43±3.98 anos de idade; massa corporal: 77.71±10.35 kg; estatura: 1.75±0.07 m). Propôs-se assim comparar as alterações provocadas por três protocolos de aquecimento: i) com intensidade leve (3x6x40% da carga de treino com 3min de intervalo); ii) com intensidade elevada (3x6x80% da carga de treino com 3min de intervalo); iii) sem qualquer tipo de aquecimento. Através dos dados recolhidos, verificou-se a existência de diferenças significativas nos valores médios da velocidade propulsiva na 2ª série (p = 0.01, d = 0.79) e na 3ª série (p = 0.04, d = 0.59), com valores superiores para o aquecimento com intensidades elevadas quando comparado com intensidades leves. Em relação à potência desenvolvida durante o treino, verificaram-se também valores superiores com a realização de aquecimento com maior intensidade, durante a 2ª série (p = 0.03, d = 0.67) e na 3ª série do treino (p = 0.04, d = 0.62 e p = 0.04, d = 0.61). Mais, os valores máximos de potência propulsiva foram obtidos através da realização de aquecimento com intensidades mais elevadas, comparativamente à condição de não aquecimento e de aquecimento com intensidades leves (p = 0.03, d = 0.60 e p = 0.01, d = 0.58, respetivamente). Verificamos ainda que, depois de 15min do término do treino, a frequência cardíaca demonstrou ser superior com a realização de aquecimento de intensidade leve ou elevada (p = 0.04, d = 0.62 e p = 0.05, d = 0.59). Os resultados parecem assim indicar que a prática de um aquecimento antes da realização de um treino poderá ser benéfica para a otimização dos resultados, sendo que aquecimentos com intensidades mais elevadas poderão ser mais eficazes no desempenho.
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Este estudo foi realizado com 14 sujeitos do sexo masculino, com idades compreendidas entre 19 e os 35 anos (24.43±3.98 anos de idade; massa corporal: 77.71±10.35 kg; estatura: 1.75±0.07 m). Propôs-se assim comparar as alterações provocadas por três protocolos de aquecimento: i) com intensidade leve (3x6x40% da carga de treino com 3min de intervalo); ii) com intensidade elevada (3x6x80% da carga de treino com 3min de intervalo); iii) sem qualquer tipo de aquecimento. Através dos dados recolhidos, verificou-se a existência de diferenças significativas nos valores médios da velocidade propulsiva na 2ª série (p = 0.01, d = 0.79) e na 3ª série (p = 0.04, d = 0.59), com valores superiores para o aquecimento com intensidades elevadas quando comparado com intensidades leves. Em relação à potência desenvolvida durante o treino, verificaram-se também valores superiores com a realização de aquecimento com maior intensidade, durante a 2ª série (p = 0.03, d = 0.67) e na 3ª série do treino (p = 0.04, d = 0.62 e p = 0.04, d = 0.61). Mais, os valores máximos de potência propulsiva foram obtidos através da realização de aquecimento com intensidades mais elevadas, comparativamente à condição de não aquecimento e de aquecimento com intensidades leves (p = 0.03, d = 0.60 e p = 0.01, d = 0.58, respetivamente). Verificamos ainda que, depois de 15min do término do treino, a frequência cardíaca demonstrou ser superior com a realização de aquecimento de intensidade leve ou elevada (p = 0.04, d = 0.62 e p = 0.05, d = 0.59). Os resultados parecem assim indicar que a prática de um aquecimento antes da realização de um treino poderá ser benéfica para a otimização dos resultados, sendo que aquecimentos com intensidades mais elevadas poderão ser mais eficazes no desempenho.Warming is considered an integral part of the training, with the main objective being the prevention of injuries and the preparation for physical activity. Not much is known about the effects on muscle performance, and, more specifically, about its design. The present study aimed to verify the effect of the use of different intensities of specific heating in a series of muscle strength training. For this, the squat exercise was used, in which mechanical responses were evaluated (average propulsive velocity, average propulsive power and loss of propulsive velocity), as well as physiological responses (heart rate, atrial temperature and blood lactate concentration) and psychophysiological responses (subjective perception of effort). This study was performed with 14 male subjects, aged between 19 and 35 years (24.43 ± 3.98 years of age, body mass: 77.71 ± 10.35 kg, height: 1.75 ± 0.07 m). It was proposed to compare the changes caused by three heating protocols: i) with light intensity (3x6x40% of training load with 3min interval); ii) with high intensity (3x6x80% of training load with 3min interval); iii) without any type of warm-up. Based on the collected data, we found significant differences in mean values of propulsive velocity in the 2nd grade (p = 0.01, d = 0.79) and in the 3rd grade (p = 0.04, d = 0.59), with higher values for heating with high intensities when compared to light intensities. In relation to the power developed during the training, we also verified higher values with the highest intensity heating during the 2nd series (p = 0.03, d = 0.67) and in the 3rd training series (p = 0.04, d = 0.62 p = 0.04, d = 0.61). Moreover, the maximum propulsive power values were obtained with heating with higher intensities, compared to the condition of non-heating and heating with light intensities (p = 0.03, d = 0.60 and p = 0.01, d = 0.58, respectively). We also verified that, 15 minutes after the end of the training, the heart rate was shown to be higher with light or high intensity heating (p = 0.04, d = 0.62 and p = 0.05, d = 0.59). Thus, the practice of warming up before a workout can be beneficial to the optimization of results, it being concluded that warm-ups with higher intensities may be more effective in performance.Neiva, Henrique PereiraAlves, Ana Sofia RuivouBibliorumNeves, Pedro Miguel Pombo2020-03-03T16:43:38Z2018-07-172018-06-182018-07-17T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/9676TID:202350207porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:50:54Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/9676Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:49:46.943883Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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