Professora, eu não quero ir p’ra escola!
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/31786 |
Resumo: | Este estudo tem por objetivo compreender de que forma os alunos dos 2.º e 3.º ciclos com adaptações curriculares significativas (ACS), envolvidos no estudo, participam nas atividades escolares, assim como conhecer as suas perspetivas sobre as suas aprendizagens e o seu sentimento de estar ou não incluído na sua turma de referência. A partir da voz desses alunos, pretendemos identificar o que sentem, verdadeiramente, estas crianças e jovens quando estão na escola, na sala de aula, em conjunto com a sua turma, ou à parte dela. Ao mesmo tempo, pretende-se, igualmente, identificar o que poderá estar a condicionar ou a promover a sua inclusão no seu grupo de pares. Três dos alunos envolvidos usufruem de um Relatório Técnico-Pedagógico (RTP) e de um Programa Educativo Individual (PEI), com adaptações curriculares significativas em todas ou na maior parte das disciplinas. Como instrumentos de recolha de dados foram utilizadas as entrevistas semiestruturadas realizadas aos alunos. Complementarmente procedeu-se à análise documental dos documentos dos alunos (RTP e PEI) e foram aplicados questionários com questões abertas aos respetivos docentes de Educação Especial (DEE) e Diretores de Turma (DT). Os dados recolhidos a partir dos documentos dos alunos, das entrevistas e dos questionários foram alvo de análise de conteúdo. Este estudo aponta para uma realidade onde parece existir a prevalência do ensino expositivo, escassez de ambientes ricos em aprendizagens e organizados de forma flexível com vista à promoção da aprendizagem e da participação dos alunos com ACS, os quais parecem sentir-se à parte, em desvantagem relativamente aos pares, evidenciando escassez nas relações sociais e no envolvimento nas atividades realizadas na sala de aula e fora dela. Ao mesmo tempo, este estudo parece ainda indicar ausência de dinâmicas coesas de trabalho colaborativo entre docentes do ensino regular e DEE que possa promover o envolvimento e a participação dos alunos com ACS. A intervenção do DEE na sala de aula parece materializarse nas adaptações in loco das tarefas a realizar por aquele aluno naquela disciplina ou, até, na realização de trabalho à parte, desviado daquele que é realizado pelos restantes alunos. Aquele que é o cenário descrito parece espelhar, assim, uma realidade oposta à defendida nos documentos dos alunos (RTP e PEI), cuja aplicação no que toca a estratégias e metodologias de trabalho, nos parece ficar muito aquém do ali plasmado; TEACHER, I DON’T WANT TO GO TO SCHOOL! ABSTRACT: The aim of this study is to know [make known] how pupils of middle school and lower secondary school, with significant curricular adaptations (SCA), participate in school activities as well as to know their perspectives on their learning and their feeling of being or not being included in their assigned class. Starting from their own point of view, we intend to identify how they really feel when they are at school, in their classroom with their classmates or in the playground. At the same time, it is also our intention to identify what may be conditioning or promoting their inclusion in their peer group. Three of the pupils involved benefit from a Technical Pedagogical Report (TPR) and from an Individual Educational Programme (IED), with significant curricular adaptations in all or most subjects. We used some data collection instruments such as the semi-structured interview with students. In addition, we carried out a document analysis by examining the documents of the pupils (TPR and IED) and we have conducted questionnaires with open questions targeted at the special education teachers (SET) and the class directors of most pupils. The data collected from the pupils’ documents, the interviews and the questionnaires were subjected to a content analysis. This study shows a reality where there seems to be a prevalence of expository teaching, scarcity of environments rich in learning and flexibly organized in order to promote learning and the participation of students with SCA, who, on the contrary, seem to feel apart and at a disadvantage level when compared to others, showing a lack of social relationships and involvement in the classroom and outside it. At the same time this study also seems to indicate the absence of strong dynamics of collaborative work between regular education teachers and SET, which can promote the involvement and participation of students with SCA. The SET intervention in the classroom seems to be reduced to on-site adaptations of the tasks to be carried out by that student in that subject or, even, in the performance of work separate from that carried out by the other students. The scenario described seems to reflect, therefore, a reality that lies against to that defended in the students' documents (RTP and PEI), whose application in terms of work strategies and methodologies, seems to us to fall far short of what is expressed there |
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Três dos alunos envolvidos usufruem de um Relatório Técnico-Pedagógico (RTP) e de um Programa Educativo Individual (PEI), com adaptações curriculares significativas em todas ou na maior parte das disciplinas. Como instrumentos de recolha de dados foram utilizadas as entrevistas semiestruturadas realizadas aos alunos. Complementarmente procedeu-se à análise documental dos documentos dos alunos (RTP e PEI) e foram aplicados questionários com questões abertas aos respetivos docentes de Educação Especial (DEE) e Diretores de Turma (DT). Os dados recolhidos a partir dos documentos dos alunos, das entrevistas e dos questionários foram alvo de análise de conteúdo. Este estudo aponta para uma realidade onde parece existir a prevalência do ensino expositivo, escassez de ambientes ricos em aprendizagens e organizados de forma flexível com vista à promoção da aprendizagem e da participação dos alunos com ACS, os quais parecem sentir-se à parte, em desvantagem relativamente aos pares, evidenciando escassez nas relações sociais e no envolvimento nas atividades realizadas na sala de aula e fora dela. Ao mesmo tempo, este estudo parece ainda indicar ausência de dinâmicas coesas de trabalho colaborativo entre docentes do ensino regular e DEE que possa promover o envolvimento e a participação dos alunos com ACS. A intervenção do DEE na sala de aula parece materializarse nas adaptações in loco das tarefas a realizar por aquele aluno naquela disciplina ou, até, na realização de trabalho à parte, desviado daquele que é realizado pelos restantes alunos. Aquele que é o cenário descrito parece espelhar, assim, uma realidade oposta à defendida nos documentos dos alunos (RTP e PEI), cuja aplicação no que toca a estratégias e metodologias de trabalho, nos parece ficar muito aquém do ali plasmado; TEACHER, I DON’T WANT TO GO TO SCHOOL! ABSTRACT: The aim of this study is to know [make known] how pupils of middle school and lower secondary school, with significant curricular adaptations (SCA), participate in school activities as well as to know their perspectives on their learning and their feeling of being or not being included in their assigned class. Starting from their own point of view, we intend to identify how they really feel when they are at school, in their classroom with their classmates or in the playground. At the same time, it is also our intention to identify what may be conditioning or promoting their inclusion in their peer group. Three of the pupils involved benefit from a Technical Pedagogical Report (TPR) and from an Individual Educational Programme (IED), with significant curricular adaptations in all or most subjects. We used some data collection instruments such as the semi-structured interview with students. In addition, we carried out a document analysis by examining the documents of the pupils (TPR and IED) and we have conducted questionnaires with open questions targeted at the special education teachers (SET) and the class directors of most pupils. The data collected from the pupils’ documents, the interviews and the questionnaires were subjected to a content analysis. This study shows a reality where there seems to be a prevalence of expository teaching, scarcity of environments rich in learning and flexibly organized in order to promote learning and the participation of students with SCA, who, on the contrary, seem to feel apart and at a disadvantage level when compared to others, showing a lack of social relationships and involvement in the classroom and outside it. At the same time this study also seems to indicate the absence of strong dynamics of collaborative work between regular education teachers and SET, which can promote the involvement and participation of students with SCA. The SET intervention in the classroom seems to be reduced to on-site adaptations of the tasks to be carried out by that student in that subject or, even, in the performance of work separate from that carried out by the other students. The scenario described seems to reflect, therefore, a reality that lies against to that defended in the students' documents (RTP and PEI), whose application in terms of work strategies and methodologies, seems to us to fall far short of what is expressed thereUniversidade de Évora2022-04-21T14:21:34Z2022-04-212022-03-30T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10174/31786http://hdl.handle.net/10174/31786TID:202993426porDepartamento de Pedagogia e Educaçãoelsabarreiras@gmail.com229Barreiras, Elsa Cristina da Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T19:31:57Zoai:dspace.uevora.pt:10174/31786Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:20:58.415795Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Este estudo tem por objetivo compreender de que forma os alunos dos 2.º e 3.º ciclos com adaptações curriculares significativas (ACS), envolvidos no estudo, participam nas atividades escolares, assim como conhecer as suas perspetivas sobre as suas aprendizagens e o seu sentimento de estar ou não incluído na sua turma de referência. A partir da voz desses alunos, pretendemos identificar o que sentem, verdadeiramente, estas crianças e jovens quando estão na escola, na sala de aula, em conjunto com a sua turma, ou à parte dela. Ao mesmo tempo, pretende-se, igualmente, identificar o que poderá estar a condicionar ou a promover a sua inclusão no seu grupo de pares. Três dos alunos envolvidos usufruem de um Relatório Técnico-Pedagógico (RTP) e de um Programa Educativo Individual (PEI), com adaptações curriculares significativas em todas ou na maior parte das disciplinas. Como instrumentos de recolha de dados foram utilizadas as entrevistas semiestruturadas realizadas aos alunos. Complementarmente procedeu-se à análise documental dos documentos dos alunos (RTP e PEI) e foram aplicados questionários com questões abertas aos respetivos docentes de Educação Especial (DEE) e Diretores de Turma (DT). Os dados recolhidos a partir dos documentos dos alunos, das entrevistas e dos questionários foram alvo de análise de conteúdo. Este estudo aponta para uma realidade onde parece existir a prevalência do ensino expositivo, escassez de ambientes ricos em aprendizagens e organizados de forma flexível com vista à promoção da aprendizagem e da participação dos alunos com ACS, os quais parecem sentir-se à parte, em desvantagem relativamente aos pares, evidenciando escassez nas relações sociais e no envolvimento nas atividades realizadas na sala de aula e fora dela. Ao mesmo tempo, este estudo parece ainda indicar ausência de dinâmicas coesas de trabalho colaborativo entre docentes do ensino regular e DEE que possa promover o envolvimento e a participação dos alunos com ACS. A intervenção do DEE na sala de aula parece materializarse nas adaptações in loco das tarefas a realizar por aquele aluno naquela disciplina ou, até, na realização de trabalho à parte, desviado daquele que é realizado pelos restantes alunos. Aquele que é o cenário descrito parece espelhar, assim, uma realidade oposta à defendida nos documentos dos alunos (RTP e PEI), cuja aplicação no que toca a estratégias e metodologias de trabalho, nos parece ficar muito aquém do ali plasmado; TEACHER, I DON’T WANT TO GO TO SCHOOL! ABSTRACT: The aim of this study is to know [make known] how pupils of middle school and lower secondary school, with significant curricular adaptations (SCA), participate in school activities as well as to know their perspectives on their learning and their feeling of being or not being included in their assigned class. Starting from their own point of view, we intend to identify how they really feel when they are at school, in their classroom with their classmates or in the playground. At the same time, it is also our intention to identify what may be conditioning or promoting their inclusion in their peer group. Three of the pupils involved benefit from a Technical Pedagogical Report (TPR) and from an Individual Educational Programme (IED), with significant curricular adaptations in all or most subjects. We used some data collection instruments such as the semi-structured interview with students. In addition, we carried out a document analysis by examining the documents of the pupils (TPR and IED) and we have conducted questionnaires with open questions targeted at the special education teachers (SET) and the class directors of most pupils. The data collected from the pupils’ documents, the interviews and the questionnaires were subjected to a content analysis. This study shows a reality where there seems to be a prevalence of expository teaching, scarcity of environments rich in learning and flexibly organized in order to promote learning and the participation of students with SCA, who, on the contrary, seem to feel apart and at a disadvantage level when compared to others, showing a lack of social relationships and involvement in the classroom and outside it. At the same time this study also seems to indicate the absence of strong dynamics of collaborative work between regular education teachers and SET, which can promote the involvement and participation of students with SCA. The SET intervention in the classroom seems to be reduced to on-site adaptations of the tasks to be carried out by that student in that subject or, even, in the performance of work separate from that carried out by the other students. The scenario described seems to reflect, therefore, a reality that lies against to that defended in the students' documents (RTP and PEI), whose application in terms of work strategies and methodologies, seems to us to fall far short of what is expressed there |
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