Competências de Gestão e Liderança nas Organizações de Saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mateus, David Alexandre Verde
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10884/937
Resumo: Atualmente o modelo económico global encontra-se em evolução sendo que a administração de qualquer tipo de organização se torna um desafio. Assim o presente estudo de investigação teve o objetivo de analisar as competências de gestão e liderança mais frequentemente demonstradas pelos enfermeiros gestores, no atual contexto de crise económica e social, tendo em conta a especificidade das organizações de saúde. Desta forma foi utilizado o modelo de Cameron e Quinn (2006) apresentado e traduzido também por Felício (2007), que idealiza as 24 competências chave de gestão para os gestores. Este modelo tem o objetivo de compreender quais as competências mais frequentemente demonstradas pelos gestores, tendo a capacidade de demonstrar qual o modelo de gestão utilizado, associado ao tipo de cultura organizacional. Desta forma o modelo pode ser utilizado como forma diagnóstica para compreender qual o modelo de gestão e o tipo de cultura organizacional percebidos em determinada organização, por forma a direcionar as organizações para o modelo de gestão e tipo de cultura organizacional desejados. Assim o modelo desenvolvido neste estudo foi testado através das redes sociais por forma a que o maior número de enfermeiros e enfermeiros gestores do nível operacional de Portugal pudessem responder a um questionário. Foram obtidos 418 questionários validados, pertencentes a uma população de 65.000 enfermeiros. Os resultados obtidos neste estudo indicam que as competências de gestão e liderança mais frequentemente demonstradas pelos enfermeiros gestores não são as mais adequadas ao panorama social e económico vigente, pois nas dez primeiras competências mais demonstradas, apenas a segunda e a terceira competência “4 – Criar e manter uma base de poder” e o “1 – Conviver com a mudança”, se encontram no modelo de gestão dos sistemas abertos que é o modelo sugerido por Cameron & Quinn (2006) para situações de mudança organizacional. Desta forma as restantes competências que se seguem encontram-se no modelo do objetivo racional. Os resultados evidenciam ainda que as competências de gestão e liderança demonstradas pelos enfermeiros gestores de topo são diferentes das competências de gestão e liderança demonstradas pelos enfermeiros gestores operacionais, sendo que os enfermeiros diretores demonstram com maior frequência competências do modelo de gestão dos sistemas abertos em relação aos enfermeiros gestores. Pode auferir-se ainda com este estudo que os enfermeiros gestores de organizações de saúde publica, público-privada e privada demonstram competências de gestão dispares, sendo que as organizações de saúde privada são as mais adaptadas à situação económica vigente por demonstrarem em detrimento das anteriores mais competências de gestão e liderança no modelo de gestão das relações abertas e um modelo de cultura organizacional de “adocracia/inovação”. Por fim o tipo de cultura organizacional mais frequentemente demonstrada pelos enfermeiros gestores também não será a mais adequada, sendo que os enfermeiros gestores demonstram mais competências de gestão e liderança associados a modelos de cultura organizacional como o modelo da “cultura de mercado” e o modelo da “cultura hierárquica”, evidenciando-se em terceiro lugar o modelo da cultura organizacional mais adequado para a situação de mudança que é o modelo “da cultura de adocracia/inovação”. Desta forma compreende-se que os enfermeiros gestores deverão ter uma maior preocupação em adequar os modelos de gestão e consequentemente os modelos de cultura organizacional para a situação económica atual.
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