Estudo da função renal em pacientes com diabetes mellitus
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/12275 |
Resumo: | A diabetes mellitus é doença com elevada incidência e prevalência, estando associada a complicações crónicas graves. De entre estas complicações, destaca-se a nefropatia diabética que afeta 20% a 40% dos pacientes diabéticos. A monitorização da função renal nestes pacientes é então fundamental de forma a diagnosticar esta patologia em estadios iniciais. Na prática clínica, os exames laboratoriais que avaliam a função renal baseiam-se na determinação da TFG sendo a creatinina sérica o marcador endógeno mais comummente utilizado. No entanto, vários fatores independentes da função renal limitam a aplicabilidade deste marcador laboratorial. A cistatina C tem sido apontada como um marcador da filtração glomerular mais adequado ao diagnóstico de nefropatia. Assim, o presente estudo teve como objetivo validar a aplicabilidade da cistatina C na avaliação da função renal de pacientes diabéticos e ainda correlacionar a cistatina C com as equações estimativas da TFG baseadas na creatinina, na cistatina C e ambas. Assim, foi observada uma correlação positiva significativa entre a creatinina sérica e a cistatina C sérica (r=0,82; p<0,0001). A cistatina C apresentou uma maior correlação com a TFG estimada pela equação MDRD (r=-0,78; p<0,0001 e r=-0,77; p<0,0001). Da mesma forma, a TFGe estimada pela fórmula MDRD e a TFGe pela fórmula de Larsson correlacionaram-se de forma positiva (r=0,75; p<0,0001) e a TFGe pela fórmula Levey (r=-0,71; p<0,0001). A cistatina C apresentou melhor valor de diagnóstico na deteção da disfunção renal comparativamente à creatinina sérica. Os resultados sugerem que a cistatina C é um parâmetro mais eficiente na deteção de reduções moderadas da TFG do que a creatinina, especialmente, em pacientes com diabetes mellitus. |
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Estudo da função renal em pacientes com diabetes mellitusBioquímica - Teses de mestradoDiabetesRins - PatologiaAlbuminasA diabetes mellitus é doença com elevada incidência e prevalência, estando associada a complicações crónicas graves. De entre estas complicações, destaca-se a nefropatia diabética que afeta 20% a 40% dos pacientes diabéticos. A monitorização da função renal nestes pacientes é então fundamental de forma a diagnosticar esta patologia em estadios iniciais. Na prática clínica, os exames laboratoriais que avaliam a função renal baseiam-se na determinação da TFG sendo a creatinina sérica o marcador endógeno mais comummente utilizado. No entanto, vários fatores independentes da função renal limitam a aplicabilidade deste marcador laboratorial. A cistatina C tem sido apontada como um marcador da filtração glomerular mais adequado ao diagnóstico de nefropatia. Assim, o presente estudo teve como objetivo validar a aplicabilidade da cistatina C na avaliação da função renal de pacientes diabéticos e ainda correlacionar a cistatina C com as equações estimativas da TFG baseadas na creatinina, na cistatina C e ambas. Assim, foi observada uma correlação positiva significativa entre a creatinina sérica e a cistatina C sérica (r=0,82; p<0,0001). A cistatina C apresentou uma maior correlação com a TFG estimada pela equação MDRD (r=-0,78; p<0,0001 e r=-0,77; p<0,0001). Da mesma forma, a TFGe estimada pela fórmula MDRD e a TFGe pela fórmula de Larsson correlacionaram-se de forma positiva (r=0,75; p<0,0001) e a TFGe pela fórmula Levey (r=-0,71; p<0,0001). A cistatina C apresentou melhor valor de diagnóstico na deteção da disfunção renal comparativamente à creatinina sérica. Os resultados sugerem que a cistatina C é um parâmetro mais eficiente na deteção de reduções moderadas da TFG do que a creatinina, especialmente, em pacientes com diabetes mellitus.Diabetes mellitus is a disease with high incidence and prevalence, being associated with serious chronic complications. Among these complications, nephropathy affects 20%-40% of diabetic patients. The monitoring of renal function in these patients is therefore important in order to diagnose this disease in the early stages. In the clinical practice, the kidney function is evaluate by laboratory tests based on the determination of GFR, being serum creatinine the most commonly used endogenous marker. However, several factors independent of kidney function compromise the applicability of creatinine for GFR assessment. Cystatin C has been proposed as a more suitable marker to the diagnosis of nephropathy. Thus, the present study aimed to validate the applicability of cystatin C in the assessment of renal function in diabetic patients and also correlate cystatin C with GFR estimated by equations based on serum creatinine, cystatin C, and in both. Data highlighted a significant positive correlation between serum creatinine and serum cystatin C (r = 0.82; p <0.0001). Cystatin C showed a higher correlation with GFR estimated by the MDRD equation (r = -0.78; p <0.0001 and r = -0.77; p <0.0001). Furthermore, eGFR estimated by the MDRD formula correlated positively with eGFR determined by Larsson (r = 0.75; p <0.0001) and Levey (r = -0.71; p <0,0001) formulas. Cystatin C presented better diagnosis value in the detection of renal dysfunction than serum creatinine. The results suggest that cystatin C is a better parameter to the detection of GFR mild reductions than creatinine, especially in patients with diabetes mellitus.Universidade de Aveiro2018-07-20T14:00:44Z2013-07-26T00:00:00Z2013-07-262015-07-20T15:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/12275porSilva, Andrea Janeth da Silva dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:22:20Zoai:ria.ua.pt:10773/12275Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:48:30.503352Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A diabetes mellitus é doença com elevada incidência e prevalência, estando associada a complicações crónicas graves. De entre estas complicações, destaca-se a nefropatia diabética que afeta 20% a 40% dos pacientes diabéticos. A monitorização da função renal nestes pacientes é então fundamental de forma a diagnosticar esta patologia em estadios iniciais. Na prática clínica, os exames laboratoriais que avaliam a função renal baseiam-se na determinação da TFG sendo a creatinina sérica o marcador endógeno mais comummente utilizado. No entanto, vários fatores independentes da função renal limitam a aplicabilidade deste marcador laboratorial. A cistatina C tem sido apontada como um marcador da filtração glomerular mais adequado ao diagnóstico de nefropatia. Assim, o presente estudo teve como objetivo validar a aplicabilidade da cistatina C na avaliação da função renal de pacientes diabéticos e ainda correlacionar a cistatina C com as equações estimativas da TFG baseadas na creatinina, na cistatina C e ambas. Assim, foi observada uma correlação positiva significativa entre a creatinina sérica e a cistatina C sérica (r=0,82; p<0,0001). A cistatina C apresentou uma maior correlação com a TFG estimada pela equação MDRD (r=-0,78; p<0,0001 e r=-0,77; p<0,0001). Da mesma forma, a TFGe estimada pela fórmula MDRD e a TFGe pela fórmula de Larsson correlacionaram-se de forma positiva (r=0,75; p<0,0001) e a TFGe pela fórmula Levey (r=-0,71; p<0,0001). A cistatina C apresentou melhor valor de diagnóstico na deteção da disfunção renal comparativamente à creatinina sérica. Os resultados sugerem que a cistatina C é um parâmetro mais eficiente na deteção de reduções moderadas da TFG do que a creatinina, especialmente, em pacientes com diabetes mellitus. |
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