Segurança alimentar : verdades e mitos : conhecimentos e crenças entre a população portuguesa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soares, Luís Carlos Salgueiro
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/37976
Resumo: Segundo a Organização Mundial da Saúde os casos reportados de toxinfeções alimentares ascendem a 600 milhões anualmente e destes cerca de 40% têm origem nas próprias habitações. No entanto, estes números podem ser ainda maiores uma vez que grande parte dos sintomas das toxinfeções passam ao fim de um ou dois dias, pelo que estes incidentes por vezes não são reportados. Sendo que é já aceite que uma parte significativa das toxinfeções alimentares resultam do inadequado manuseamento e preparação dos alimentos pelos consumidores importa perceber o que os leva a cometer esses erros, quais as crenças e convicções (mitos) que circulam na população e quais os fatores sociodemográficos que facilitam a sua propagação. Realizou-se um questionário online, respondido anonimamente por 486 consumidores. Os resultados foram trabalhados e analisados estatisticamente recorrendo aos softwares MS Excel® e Statistical Package for the Social Sciences (SPSS versão 28®) para Windows 10. O questionário continha 74 afirmações passíveis de serem mitos alimentares. A partir das respostas obtidas, em 35 destas afirmações foram analisadas a distribuição da população e os fatores sociodemográficos dos participantes que possam ter influenciado o seu conhecimento. Para cada uma das afirmações propostas analisadas procurou-se encontrar o seu grau de veracidade. Constatou-se que, em média, a percentagem de participantes que responde corretamente às afirmações passíveis de serem mitos é 54,5%, com 26,2% e 19,3%, respetivamente, a responder de forma errada ou a não tomar posição. Nas questões relativas aos aspetos gerais da segurança alimentar, como quão mal passado pode ser consumido um bife ou um hambúrguer e o funcionamento das datas de validade, verificou-se, em média, 51,8% de respostas corretas, 27,1% de respostas erradas e 21,1% dos respondentes não concordaram nem discordaram da afirmação. Já nas questões relacionadas com a conservação, como a possibilidade de se desenvolverem bactérias no congelador, em média registaram-se 59,1% de respostas corretas, 26,1% respostas erradas e 14,9% de respostas neutras. Nas questões relacionadas com a manipulação de alimentos em média, registou-se 59,1% de respostas corretas, 21,1% de respostas erradas e 19,7% de respostas que não concordaram nem discordaram da afirmação. Constatou-se por fim que em 18 questões (51,4%) pelo menos 50% dos participantes respondeu corretamente e que em mais nove a opção mais escolhida era também a correta. Em suma, os consumidores apresentam alguns conhecimentos relativamente ao reconhecimento de mitos alimentares, no entanto continua a ser necessária uma aposta forte na educação do consumidor de modo a reduzir os riscos do dia a dia decorrentes de crenças incorretas.
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Sendo que é já aceite que uma parte significativa das toxinfeções alimentares resultam do inadequado manuseamento e preparação dos alimentos pelos consumidores importa perceber o que os leva a cometer esses erros, quais as crenças e convicções (mitos) que circulam na população e quais os fatores sociodemográficos que facilitam a sua propagação. Realizou-se um questionário online, respondido anonimamente por 486 consumidores. Os resultados foram trabalhados e analisados estatisticamente recorrendo aos softwares MS Excel® e Statistical Package for the Social Sciences (SPSS versão 28®) para Windows 10. O questionário continha 74 afirmações passíveis de serem mitos alimentares. A partir das respostas obtidas, em 35 destas afirmações foram analisadas a distribuição da população e os fatores sociodemográficos dos participantes que possam ter influenciado o seu conhecimento. Para cada uma das afirmações propostas analisadas procurou-se encontrar o seu grau de veracidade. Constatou-se que, em média, a percentagem de participantes que responde corretamente às afirmações passíveis de serem mitos é 54,5%, com 26,2% e 19,3%, respetivamente, a responder de forma errada ou a não tomar posição. Nas questões relativas aos aspetos gerais da segurança alimentar, como quão mal passado pode ser consumido um bife ou um hambúrguer e o funcionamento das datas de validade, verificou-se, em média, 51,8% de respostas corretas, 27,1% de respostas erradas e 21,1% dos respondentes não concordaram nem discordaram da afirmação. Já nas questões relacionadas com a conservação, como a possibilidade de se desenvolverem bactérias no congelador, em média registaram-se 59,1% de respostas corretas, 26,1% respostas erradas e 14,9% de respostas neutras. Nas questões relacionadas com a manipulação de alimentos em média, registou-se 59,1% de respostas corretas, 21,1% de respostas erradas e 19,7% de respostas que não concordaram nem discordaram da afirmação. Constatou-se por fim que em 18 questões (51,4%) pelo menos 50% dos participantes respondeu corretamente e que em mais nove a opção mais escolhida era também a correta. Em suma, os consumidores apresentam alguns conhecimentos relativamente ao reconhecimento de mitos alimentares, no entanto continua a ser necessária uma aposta forte na educação do consumidor de modo a reduzir os riscos do dia a dia decorrentes de crenças incorretas.According to the World Health Organization, the reported cases of food-borne infections amount to 600 million annually and of these about 40% originate in the household. However, these numbers can be even higher since most of the symptoms of food-borne infections disappear after just one or two days, and therefore often go unreported. Given that it is already accepted that a significant proportion of food food-borne infections result from inappropriate handling and preparation of food by consumers, it is important to understand what prompts them to make these mistakes, what beliefs and convictions (myths) are widespread in the population and what socio-demographic factors contribute to their propagation. An online questionnaire was conducted and answered anonymously by 486 consumers. The results were processed and statistically analysed using MS Excel® and Statistical Package for the Social Sciences (SPSS version 28®) software for Windows 10. The questionnaire contained 74 statements susceptible to being food myths. Based on the answers obtained, the population distribution and the participants' sociodemographic factors that may have influenced their knowledge were analysed for 35 of them. For each of the proposed statements analysed, it was sought to find its degree of veracity. It was found that, on average, the percentage of participants who answered correctly to the statements susceptible to being myths was 54.5%, with 26.2% and 19.3% answering incorrectly and taking no position, respectively. In the questions relating to the more general aspects of food safety, such as how rare a steak or hamburger can be eaten and how expiration dates work, there was an average of 51.8% correct answers, 27.1% wrong answers and the highest average of those who neither agreed nor disagreed with the statement, with 21.1%. In the questions related to conservation, such as the possibility of bacteria developing in the freezer, on average there were 59.1% correct answers, 26.1% wrong answers and 14.9% neutral answers. In the questions related to food handling, on average, 59.1% of the answers were correct, 21.1% were wrong and 19.7% neither agreed nor disagreed with the statement. Finally, it was found that in 18 questions (51.4%), at least 50% of the participants answered correctly, and that in another 9 questions, the most popular option was also correct. In summary, consumers have some knowledge regarding the recognition of food myths, however, a strong investment in consumer education continues to be necessary in order to reduce the risks faced on a daily basis caused by incorrect beliefs.Teixeira, Paula Cristina MaiaMaia, Rui Leandro Alves da CostaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaSoares, Luís Carlos Salgueiro2023-06-24T00:30:32Z2022-03-162022-012022-03-16T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/37976TID:203025253porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:43:29Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/37976Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:30:56.864479Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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