Dimensão intercultural da linguagem não-verbal em contexto de sala de aula: um estudo com uma turma de espanhol

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Branco, Paula Cristina Lourenço
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/16021
Resumo: O presente relatório tem como principal objetivo desenvolver a competência da interculturalidade no âmbito da linguagem não-verbal de alunos portugueses, do 3º ciclo do ensino básico, com frequência à disciplina de Espanhol. A Linguagem não-verbal tem um contributo preponderante na comunicação e, quando há a pretensão de se conhecer outra cultura, é forçoso que se interpretem os diferentes sistemas onde cada indivíduo se integra e interage, porque comunicar eficazmente com o outro implica um conhecimento das estruturas simbólicas e dos códigos culturais intrínsecos, não só à cultura de um outro específico, mas também ao seu próprio contexto sociocultural, histórico-cultural e económico-cultural. Este trabalho faz apologia de um ensino intercultural que promova o diálogo entre culturas, sabendo-se de antemão que há representações que devem ser desconstruídas, bem como uma linguagem não-verbal específica que pode interferir na pragmática da interculturalidade. Trata-se de uma investigação-ação demarcada por dois momentos distintos: um primeiro estudo vocacionado para a consciencialização dos alunos de que a comunicação não-verbal é uma competência que se ensina e se aprende e um segundo estudo dedicado a aspetos culturais diferenciadores, entre Espanha e Portugal, na linguagem não-verbal , com enfoque nos gestos culturais e no tratamento do tempo. Os dados a analisar são: a transcrição de uma aula gravada, onde foram aplicados vários recursos audiovisuais e escritos consentâneos com as unidades programáticas, e as respostas a um questionário dirigido à turma de intervenção e a uma turma de nacionalidade espanhola que com ela colaborou. A implementação destas atividades/estratégias didáticas permitiu concluir que, por um lado, os alunos interpretam os diferentes códigos não -verbais à luz de uma perspetiva universal, por outro, há uma forte influência de estereótipos herdados e filtrados, a partir de diferentes marcos histórico-temporais. Este estudo sobre o não- verbal também se traduziu num alicerce bastante hábil para motivar à aprendizagem em geral e para enriquecer o conhecimento sobre a cultura do outro e a sua própria cultura, através da aquisição de códigos não- verbais comunicativo-funcionais.
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Este trabalho faz apologia de um ensino intercultural que promova o diálogo entre culturas, sabendo-se de antemão que há representações que devem ser desconstruídas, bem como uma linguagem não-verbal específica que pode interferir na pragmática da interculturalidade. Trata-se de uma investigação-ação demarcada por dois momentos distintos: um primeiro estudo vocacionado para a consciencialização dos alunos de que a comunicação não-verbal é uma competência que se ensina e se aprende e um segundo estudo dedicado a aspetos culturais diferenciadores, entre Espanha e Portugal, na linguagem não-verbal , com enfoque nos gestos culturais e no tratamento do tempo. Os dados a analisar são: a transcrição de uma aula gravada, onde foram aplicados vários recursos audiovisuais e escritos consentâneos com as unidades programáticas, e as respostas a um questionário dirigido à turma de intervenção e a uma turma de nacionalidade espanhola que com ela colaborou. A implementação destas atividades/estratégias didáticas permitiu concluir que, por um lado, os alunos interpretam os diferentes códigos não -verbais à luz de uma perspetiva universal, por outro, há uma forte influência de estereótipos herdados e filtrados, a partir de diferentes marcos histórico-temporais. Este estudo sobre o não- verbal também se traduziu num alicerce bastante hábil para motivar à aprendizagem em geral e para enriquecer o conhecimento sobre a cultura do outro e a sua própria cultura, através da aquisição de códigos não- verbais comunicativo-funcionais.The aim of the current research is to modeling the skills of interculturality within the scope of non-verbal language. For achieving this a sample of middle school Portuguese students of Spanish language was use. Non-verbal language has a quite significant contribution for shaping communication features. Furthermore, hen the goal of knowing a different culture is present, it becomes imperative to interpret the several systems which the individual is both part of and interacts with. Effectively communicating with the other entails a network of symbolic structures and intrinsic cultural codes, not only on what concerns the other's specific culture, but also regarding their own social, cultural, historical, and economical contexts. This paper proposes an intercultural praxis of teaching that may promote the dialogue between cultures, knowing in advance that wrongful representations exist, that they should be deconstructed, and that a specific non-verbal language may interfere with the constructs of interculturality. This iterative research approach comprises the set-up of two distinct moments: a study oriented towards the awareness that non-verbal communication is a skill that can be both taught and learned, and a commitment to distinguishing cultural aspects between Portugal and Spain, in terms of non-verbal language, translated’ through cultural embeddedness and time awareness. Furthermore, the empiric data is: transcripts of a recorded lesson, where several audio, visual and written resources were used, according to the specificity of the syllabus didactic units, as well as answers to a questionnaire (applied to both the intervention class and a collaborating Spanish class) are to be considered. The implementation of these didactic activities/suggest that, on the one hand, different non-verbal codes are interpreted in light of a global perspective while, on the other hand, there is a strong influence of both inherited and acquired stereotypes. Concrete historical milestones are enhancing the archetypes that were identified. This study on the non-verbal has shade some light into a latent knowledge structure (in order to motivate learning enriching the awareness of the idiosyncrasies of other cultures; while broadening their own), through the acquisition of non-verbal communicational skills.La presente disertación tiene como principal objetivo desarrollar la competencia de la interculturalidad en torno al lenguaje no verbal de alumnos portugueses de ESO, con asignatura en Español. El lenguaje no verbal tiene una gran importancia en la comunicación y, cuando se desea conocer otra cultura, es forzoso que se interpreten los sistemas donde cada individuo se integra e interacciona, porque comunicar eficazmente con el otro supone un conocimiento de las estructuras simbólicas y de los códigos culturales intrínsecos, no solo a la cultura del otro específico, sino también a su propio contexto sociocultural, histórico-cultural y económico-cultural. Este trabajo hace apología de una enseñanza intercultural que promueva el diálogo entre culturas, sabiéndose de antemano que hay representaciones que deben ser deshechas, así como un lenguaje no verbal específico que puede interferir en la pragmática de la interculturalidad. Es una investigación-acción encuadrada en dos momentos distintos: un primer estudio dirigido a la concienciación de que la comunicación no verbal es una competencia que se enseña y se aprende y un segundo estudio dedicado a las diferencias culturales entre España y Portugal, en el lenguaje no verbal con enfoque en los gestos culturales y en el tratamiento del Tiempo. Los datos analizados son: una transcripción de una clase grabada, donde se utilizaron varios recursos audiovisuales y escritos ajustados a las unidades programáticas, y las respuestas a una encuesta administrada a la clase de intervención y a una clase de nacionalidad española, con la cual cooperó. El desarrollo de estas actividades/estrategias didácticas permitió concluir que, por un lado, los alumnos interpretan los diferentes códigos no verbales a la luz de una perspectiva universal, por otro, hay un fuerte influjo de los estereotipos heredados y filtrados a partir de distintos marcos histórico-temporales. Este estudio sobre lo no verbal resultó ser aun en una herramienta muy útil para motivar al aprendizaje en general y para mejorar el conocimiento sobre la cultura del otro y la propia cultura, a través de la adquisición de códigos no verbales comunicativo-funcionales.Universidade de Aveiro2016-08-26T14:17:10Z2015-01-01T00:00:00Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/16021TID:201588846porBranco, Paula Cristina Lourençoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:29:43Zoai:ria.ua.pt:10773/16021Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:51:14.331524Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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