Desenvolvimento de Novos Produtos com Base no Figo-da-Índia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/152445 |
Resumo: | A figueira-da-índia (Opuntia ficus indica) é uma árvore que pertence ao género Opuntia, da família das Cactaceae que se desenvolve em zonas áridas e semiáridas. Originária do México, a figueira-da-índia encontra-se atualmente distribuída por uma vasta região do globo, desde a América, África, Austrália e a região do Mediterrâneo. Em Portugal, este fruto apresenta diferentes denominações, tais como Figo-da-Índia, Piteira, Figo do Diabo, Tabaibo ou Figo do Inferno, sendo que a sua produção apresenta maior volume de atividade na região do Alentejo e Algarve. A espécie Opuntia sp., tem sido cada vez mais alvo de estudos devido ao seu elevado potencial e valor nutricional, com um elevado teor de água (cerca de 85%, expresso em fruto fresco), rico em polifenóis, vitaminas, fibra e minerais, baixo índice glicémico e elevadas propriedades antioxidantes, tornam este fruto num alimento funcional. No entanto, as mesmas características que tornam este fruto interessante são as mesmas que o tornam suscetível à contaminação microbiana, reduzindo drasticamente o seu tempo de armazenamento e comercialização. Desta forma, pretende-se diversificar a utilização do figo- da-índia, de forma a contribuir para o aumento do seu consumo e diminuir o seu desperdício. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar a aceitabilidade, qualidade global e nutricional de barras de cereais e biscoitos com diferentes quantidades de figo-da- índia amarelo e vermelho. Os resultados obtidos neste trabalho demonstraram a viabilidade de se obter barras de cereais e biscoitos, com figo-da-índia nas suas formulações, podendo evidenciar sabor diferenciados, aparência e qualidade nutricional (biscoitos e barras de cereais, ricos em hidratos de carbono e lípidos), incorporar mais valor ao fruto e criar uma potencial solução para o desperdício agroindustrial deste fruto. Os resultados da análise sensorial, embora sendo um método subjetivo e com as devidas cautelas em extrapolar os resultados pois trata-se de amostra não representativa da população portuguesa, determinou que o produto teve boa aceitabilidade. Conclui-se também que há oportunidade de melhoria tanto a nível da textura, como da redução da quantidade de açucares presentes no produto final, de forma a ser possível obter uma pontuação nutricional que reflita as preocupações com a saúde e alimentação saudável. |
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Desenvolvimento de Novos Produtos com Base no Figo-da-ÍndiaFigo-da-índiadesperdícioconsumoaceitabilidadequalidade global e nutricionalDomínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e TecnologiasA figueira-da-índia (Opuntia ficus indica) é uma árvore que pertence ao género Opuntia, da família das Cactaceae que se desenvolve em zonas áridas e semiáridas. Originária do México, a figueira-da-índia encontra-se atualmente distribuída por uma vasta região do globo, desde a América, África, Austrália e a região do Mediterrâneo. Em Portugal, este fruto apresenta diferentes denominações, tais como Figo-da-Índia, Piteira, Figo do Diabo, Tabaibo ou Figo do Inferno, sendo que a sua produção apresenta maior volume de atividade na região do Alentejo e Algarve. A espécie Opuntia sp., tem sido cada vez mais alvo de estudos devido ao seu elevado potencial e valor nutricional, com um elevado teor de água (cerca de 85%, expresso em fruto fresco), rico em polifenóis, vitaminas, fibra e minerais, baixo índice glicémico e elevadas propriedades antioxidantes, tornam este fruto num alimento funcional. No entanto, as mesmas características que tornam este fruto interessante são as mesmas que o tornam suscetível à contaminação microbiana, reduzindo drasticamente o seu tempo de armazenamento e comercialização. Desta forma, pretende-se diversificar a utilização do figo- da-índia, de forma a contribuir para o aumento do seu consumo e diminuir o seu desperdício. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar a aceitabilidade, qualidade global e nutricional de barras de cereais e biscoitos com diferentes quantidades de figo-da- índia amarelo e vermelho. Os resultados obtidos neste trabalho demonstraram a viabilidade de se obter barras de cereais e biscoitos, com figo-da-índia nas suas formulações, podendo evidenciar sabor diferenciados, aparência e qualidade nutricional (biscoitos e barras de cereais, ricos em hidratos de carbono e lípidos), incorporar mais valor ao fruto e criar uma potencial solução para o desperdício agroindustrial deste fruto. Os resultados da análise sensorial, embora sendo um método subjetivo e com as devidas cautelas em extrapolar os resultados pois trata-se de amostra não representativa da população portuguesa, determinou que o produto teve boa aceitabilidade. Conclui-se também que há oportunidade de melhoria tanto a nível da textura, como da redução da quantidade de açucares presentes no produto final, de forma a ser possível obter uma pontuação nutricional que reflita as preocupações com a saúde e alimentação saudável.The prickly pear (Opuntia ficus indica) is a fruit belonging to the genus Opuntia, from the Cactaceae family that grows in arid and semi-arid areas. Originally from Mexico, the prickly pear is currently distributed over a vast region of the globe, from America, Africa, Australia and the Mediterranean region. In Portugal this fruit has different denominations, such as Figo- da-India, Piteira, Figo do Diabo, Tabaibo or Figo do Inferno, and its production has a greater volume of activity in t Alentejo and Algarve region. The Opuntia species has been increasingly the subject of studies due to its high potencial and nutritional value, with a high-water content (about 85%, expressed as fresh fruit), rich in polyphenols, vitamins, fiber and minerals, low glycemic index. and high antioxidant properties, make this fruit a functional food. However, the same characteristics that make this fruit interesting are the same that make it susceptible to microbial contamination, drastically reducing its storage and marketing time. In this way, this project aims to diversify the use of prickly pear, in order to contribute to increasing consumption and reducing waste. In this context, this study aimed to evaluate the acceptability, global and nutritional quality of cereal bars and biscuits with different amounts of yellow and red prickly pear. The different formulations were analyzed. The results obtained in this work demonstrated the feasibility of obtaining cereal bars and biscuits, with prickly pear in their formulations, being able to show different flavor, appearance and nutritional quality (biscuits and cereal bars, rich in carbohydrates and lipids), adding more value to the fruit and creating a potential solution for the agro-industrial waste of this fruit. The results of the sensory analysis, although being a subjective method and with due caution in extrapolating the results as it is a non-representative sample of the Portuguese population, determined that the product had good acceptability. It is also concluded that there is an opportunity for improvement both in terms of texture and in reducing the amount of sugars present in the final product, in order to obtain a nutritional score that reflects concerns about health and healthy eating.Fernando, AnaRodrigues, CarolinaRUNMacedo, Eloísa Helena Rosário dos Santos Gonçalves2023-05-05T11:21:25Z2022-092022-09-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/152445porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:34:48Zoai:run.unl.pt:10362/152445Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:54:55.180850Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A figueira-da-índia (Opuntia ficus indica) é uma árvore que pertence ao género Opuntia, da família das Cactaceae que se desenvolve em zonas áridas e semiáridas. Originária do México, a figueira-da-índia encontra-se atualmente distribuída por uma vasta região do globo, desde a América, África, Austrália e a região do Mediterrâneo. Em Portugal, este fruto apresenta diferentes denominações, tais como Figo-da-Índia, Piteira, Figo do Diabo, Tabaibo ou Figo do Inferno, sendo que a sua produção apresenta maior volume de atividade na região do Alentejo e Algarve. A espécie Opuntia sp., tem sido cada vez mais alvo de estudos devido ao seu elevado potencial e valor nutricional, com um elevado teor de água (cerca de 85%, expresso em fruto fresco), rico em polifenóis, vitaminas, fibra e minerais, baixo índice glicémico e elevadas propriedades antioxidantes, tornam este fruto num alimento funcional. No entanto, as mesmas características que tornam este fruto interessante são as mesmas que o tornam suscetível à contaminação microbiana, reduzindo drasticamente o seu tempo de armazenamento e comercialização. Desta forma, pretende-se diversificar a utilização do figo- da-índia, de forma a contribuir para o aumento do seu consumo e diminuir o seu desperdício. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar a aceitabilidade, qualidade global e nutricional de barras de cereais e biscoitos com diferentes quantidades de figo-da- índia amarelo e vermelho. Os resultados obtidos neste trabalho demonstraram a viabilidade de se obter barras de cereais e biscoitos, com figo-da-índia nas suas formulações, podendo evidenciar sabor diferenciados, aparência e qualidade nutricional (biscoitos e barras de cereais, ricos em hidratos de carbono e lípidos), incorporar mais valor ao fruto e criar uma potencial solução para o desperdício agroindustrial deste fruto. Os resultados da análise sensorial, embora sendo um método subjetivo e com as devidas cautelas em extrapolar os resultados pois trata-se de amostra não representativa da população portuguesa, determinou que o produto teve boa aceitabilidade. Conclui-se também que há oportunidade de melhoria tanto a nível da textura, como da redução da quantidade de açucares presentes no produto final, de forma a ser possível obter uma pontuação nutricional que reflita as preocupações com a saúde e alimentação saudável. |
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