A escola para o adolescente em medida socioeducativa de internação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rezende, Cristiane Figueira Dantas
Data de Publicação: 2016
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/9440
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo principal identificar os significados de escola forjados por adolescentes em medida socioeducativa de internação. O tema tem sido notadamente referenciado nos últimos anos, principalmente por autores das áreas da Educação, Saúde e da Justiça. O movimento a favor da criança e do adolescente ganhou força representativa com a Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente, pela qual esse público passa a ser visto como cidadão e sujeito ativo de direitos sociais, políticos e jurídicos. O adolescente que cometeu o ato infracional, geralmente é caracterizado pela presença de dificuldades pessoais e sociais, tais como: a instabilidade emocional, baixos níveis de autoestima, autoconfiança, limitações cognitivas, baixa tolerância às frustrações, imediatismo, dificuldade para canalizar agressividades e dificuldades para estabelecer relacionamentos, em especial com seus familiares e educadores. Percebe-se a escola como meio de intervenção capaz de potencializar e ressocializar esses adolescentes infratores. Para este estudo, optou-se pela abordagem qualitativa, com subsídios em referenciais teóricos previamente levantados. Foram construídas informações por meio de entrevistas semiestruturadas individuais com dois profissionais de educação (coordenadora e professor) e por meio de dois encontros na forma de grupo focal com cinco adolescentes, todos de uma mesma Unidade de Internação do Distrito Federal. Os dados foram apreciados segundo a técnica de análise do conteúdo de Bardin (2011). A partir das entrevistas foram construídas 17 categorias, das quais, em virtude dos objetivos pretendidos, foram analisadas quatro: 1) Motivações para o trabalho na socioeducação; 2) Projeto Político Pedagógico da Escola (PPP); 3) Aluno da socioeducação; 4) Relação professor-aluno. Do grupo focal, foram extraídas seis categorias: 1) Concepção de escola; 2) Relação professor-aluno; 3) Concepções de socioeducação/internação; 4) Sentimentos relacionados à escola; 5) Relação adolescente-escola; 6) Sonho profissional. Tanto os profissionais, quanto os adolescentes concordam que os recursos materiais, físicos e humanos do sistema socioeducativo são muito precários, o que dificulta o alcance dos principais objetivos das medidas (responsabilização e ressocialização dos adolescentes em conflito com a lei). Além disso, o sucesso dessa política parece depender de outras comprometidas com a promoção da justiça e igualdade social, sem as quais a cidadania é aniquilada. Ao final deste estudo, aspira-se que outras pesquisas a respeito da temática sejam realizadas a fim de fortalecer o debate sobre o assunto, colaborar com a fomentação de estratégias para enfrentamento da problemática e enriquecer a formação dos profissionais que atuam no sistema, dentre os quais o psicólogo.
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O adolescente que cometeu o ato infracional, geralmente é caracterizado pela presença de dificuldades pessoais e sociais, tais como: a instabilidade emocional, baixos níveis de autoestima, autoconfiança, limitações cognitivas, baixa tolerância às frustrações, imediatismo, dificuldade para canalizar agressividades e dificuldades para estabelecer relacionamentos, em especial com seus familiares e educadores. Percebe-se a escola como meio de intervenção capaz de potencializar e ressocializar esses adolescentes infratores. Para este estudo, optou-se pela abordagem qualitativa, com subsídios em referenciais teóricos previamente levantados. Foram construídas informações por meio de entrevistas semiestruturadas individuais com dois profissionais de educação (coordenadora e professor) e por meio de dois encontros na forma de grupo focal com cinco adolescentes, todos de uma mesma Unidade de Internação do Distrito Federal. Os dados foram apreciados segundo a técnica de análise do conteúdo de Bardin (2011). A partir das entrevistas foram construídas 17 categorias, das quais, em virtude dos objetivos pretendidos, foram analisadas quatro: 1) Motivações para o trabalho na socioeducação; 2) Projeto Político Pedagógico da Escola (PPP); 3) Aluno da socioeducação; 4) Relação professor-aluno. Do grupo focal, foram extraídas seis categorias: 1) Concepção de escola; 2) Relação professor-aluno; 3) Concepções de socioeducação/internação; 4) Sentimentos relacionados à escola; 5) Relação adolescente-escola; 6) Sonho profissional. Tanto os profissionais, quanto os adolescentes concordam que os recursos materiais, físicos e humanos do sistema socioeducativo são muito precários, o que dificulta o alcance dos principais objetivos das medidas (responsabilização e ressocialização dos adolescentes em conflito com a lei). Além disso, o sucesso dessa política parece depender de outras comprometidas com a promoção da justiça e igualdade social, sem as quais a cidadania é aniquilada. Ao final deste estudo, aspira-se que outras pesquisas a respeito da temática sejam realizadas a fim de fortalecer o debate sobre o assunto, colaborar com a fomentação de estratégias para enfrentamento da problemática e enriquecer a formação dos profissionais que atuam no sistema, dentre os quais o psicólogo.porUniversidade Católica de BrasíliaPsicologia (Graduação)UCBBrasilEscola de Saúde e MedicinaCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIAAdolescênciaAto infracionalMedida de socioeducaçãoInternaçãoEscolaProfissionais de educaçãoA escola para o adolescente em medida socioeducativa de internaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UCBinstname:Universidade Católica de Brasília (UCB)instacron:UCBORIGINALCristianeFigueiraDantasRezendeeRosáliaMigueldosAnjosTCCGraduação2016.pdfCristianeFigueiraDantasRezendeeRosáliaMigueldosAnjosTCCGraduação2016.pdfMonografiaapplication/pdf1310288https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/9440/1/CristianeFigueiraDantasRezendeeRos%c3%a1liaMigueldosAnjosTCCGradua%c3%a7%c3%a3o2016.pdf8438e2e4086d48e6b1848a3930ebd336MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/9440/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52TEXTCristianeFigueiraDantasRezendeeRosáliaMigueldosAnjosTCCGraduação2016.pdf.txtCristianeFigueiraDantasRezendeeRosáliaMigueldosAnjosTCCGraduação2016.pdf.txtExtracted texttext/plain107453https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/9440/3/CristianeFigueiraDantasRezendeeRos%c3%a1liaMigueldosAnjosTCCGradua%c3%a7%c3%a3o2016.pdf.txt3c6b4fbd9197ff6560e3670a5ccb90c9MD53123456789/94402017-07-27 01:03:40.302TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de Publicaçõeshttps://repositorio.ucb.br:9443/jspui/
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description A presente pesquisa teve como objetivo principal identificar os significados de escola forjados por adolescentes em medida socioeducativa de internação. O tema tem sido notadamente referenciado nos últimos anos, principalmente por autores das áreas da Educação, Saúde e da Justiça. O movimento a favor da criança e do adolescente ganhou força representativa com a Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente, pela qual esse público passa a ser visto como cidadão e sujeito ativo de direitos sociais, políticos e jurídicos. O adolescente que cometeu o ato infracional, geralmente é caracterizado pela presença de dificuldades pessoais e sociais, tais como: a instabilidade emocional, baixos níveis de autoestima, autoconfiança, limitações cognitivas, baixa tolerância às frustrações, imediatismo, dificuldade para canalizar agressividades e dificuldades para estabelecer relacionamentos, em especial com seus familiares e educadores. Percebe-se a escola como meio de intervenção capaz de potencializar e ressocializar esses adolescentes infratores. Para este estudo, optou-se pela abordagem qualitativa, com subsídios em referenciais teóricos previamente levantados. Foram construídas informações por meio de entrevistas semiestruturadas individuais com dois profissionais de educação (coordenadora e professor) e por meio de dois encontros na forma de grupo focal com cinco adolescentes, todos de uma mesma Unidade de Internação do Distrito Federal. Os dados foram apreciados segundo a técnica de análise do conteúdo de Bardin (2011). A partir das entrevistas foram construídas 17 categorias, das quais, em virtude dos objetivos pretendidos, foram analisadas quatro: 1) Motivações para o trabalho na socioeducação; 2) Projeto Político Pedagógico da Escola (PPP); 3) Aluno da socioeducação; 4) Relação professor-aluno. Do grupo focal, foram extraídas seis categorias: 1) Concepção de escola; 2) Relação professor-aluno; 3) Concepções de socioeducação/internação; 4) Sentimentos relacionados à escola; 5) Relação adolescente-escola; 6) Sonho profissional. Tanto os profissionais, quanto os adolescentes concordam que os recursos materiais, físicos e humanos do sistema socioeducativo são muito precários, o que dificulta o alcance dos principais objetivos das medidas (responsabilização e ressocialização dos adolescentes em conflito com a lei). Além disso, o sucesso dessa política parece depender de outras comprometidas com a promoção da justiça e igualdade social, sem as quais a cidadania é aniquilada. Ao final deste estudo, aspira-se que outras pesquisas a respeito da temática sejam realizadas a fim de fortalecer o debate sobre o assunto, colaborar com a fomentação de estratégias para enfrentamento da problemática e enriquecer a formação dos profissionais que atuam no sistema, dentre os quais o psicólogo.
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