Já existem textos demais: autoria em tempos de cópia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | REVELL : Revista de Estudos Literários da UEMS |
Texto Completo: | https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/3745 |
Resumo: | RESUMO: Este artigo propõe refletir sobre a questão da autoria a partir de novas práticas literárias resultantes do diálogo entre a internet e a literatura. Tomando como mote o estudo feito pela crítica Flora Süssekind (1987) sobre as afetações entre a literatura e as mudanças tecnoindustriais nos primórdios de nosso modernismo, observamos que práticas correlatas à era digital surgiram a partir de meados do século passado, e parecem acompanhar as produções artísticas do presente: qual programadores que lidam com programas em fonte aberta, como o Linux, artistas propunham diminuir o fosso com não artistas através de trabalhos colaborativos, bem como passaram a expor o trajeto de suas composições à audiência (LADDAGA, 2012, 2013). Além disso, hoje, a aproximação entre a internet e parte da literatura também se dá a partir de um ato corriqueiro da Rede, o copie e cole, inspiração da noção de “escrita não criativa”, que prevê o uso da cópia de materiais já existentes apostando no gesto em detrimento do produto final (GOLDSMITH, 2015). Isso implica repensar questões como originalidade e “gênio original” (PERLOFF, 2013), uma vez que o reaproveitamento de materiais enseja obras frágeis, inacabadas, e dão uma volta no parafuso da questão da autoria. Para testar nossa hipótese, comentaremos algumas obras literárias, como O romance luminoso, de Mario Levrero (2018), Day (2003), Traffic (2007) e Trânsito (2016), de Kenneth Goldsmith (essa última dublada por Leonardo Gandolfi e Marília Garcia), Sessão (2017), de Roy David Frankel, e o documentário It’s a hard truth ain’t, de Madeleine Sackler (2018). |
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