A palavra da vítima de estupro e sua relevância para o processo penal
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37654 |
Resumo: | Diante da discrepância socialmente estabelecida entre os gêneros, tem-se que o estupro não é somente uma forma de violência sexual, mas sim um instrumento de dominação que está intimamente ligado à posição de submissão que é imposta à mulher no seio social, bem como aos estereótipos de inferioridade física, emocional e intelectual que lhe são atribuídos. Por se tratar de um delito que tem sua produção probatória dificultada, resta como elemento de prova nos casos de crime de estupro a palavra da vítima. Considerando que o direito não está imune à influência da sociedade e, sendo assim, pode agir tanto para proteger a vítima, como pode revitimizá-la. Com isso, o presente estudo utiliza o método qualitativo para, em seu primeiro capítulo, promover uma reflexão sobre como a violência sexual está intimamente relacionada à forma como a mulher é enxergada pela sociedade em que se insere, tendo por objetivo analisar criticamente o tratamento que o direito dispensa ao crime de estupro ao longo da história. Especificamente no Brasil, analisam-se as legislações referentes ao estupro desde a época da colonização até o Código Penal ora vigente, bem como as alterações legislativas que delinearam a tipificação atual do crime em comento. Em seguida, passa-se a uma revisão bibliográfica sobre a teoria da prova no processo penal brasileiro a atuação dos princípios da presunção de inocência e in dubio pro reo face à insuficiência de provas e, ainda, para a produção probatória e suas dificuldades quando se trata de um crime de estupro. No terceiro capítulo, é feita uma análise doutrinária sobre a vítima no processo penal e o tratamento dado à mulher violentada. Ainda, é estudado o processo de revitimização que se estabelece contra essas vítimas que, já tendo sofrido violação aos seus direitos através da violência sexual, são novamente agredidas por parte do sistema de justiça brasileiro, que utiliza-se de estereótipos de gênero para desacreditar o depoimento da mulher e absolver o condenado com base no princípio do in dubio pro reo face à ausência de outras provas. Por fim, considerando o fato de que o direito não se afasta dos julgamentos misóginos socialmente perpetrados, e já que se conclui que a palavra da vítima é rodeada de preconceitos, o presente trabalho busca propor meios para que o seu depoimento seja validado através de elementos de prova que, atualmente, não são costumeiramente produzidos. |
id |
UFBA-2_681383b8e486ec8e1ae35c2d9a60da1f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/37654 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
1932 |
spelling |
2023-08-10T14:22:50Z2023-08-10T14:22:50Z2019-12-09https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37654Diante da discrepância socialmente estabelecida entre os gêneros, tem-se que o estupro não é somente uma forma de violência sexual, mas sim um instrumento de dominação que está intimamente ligado à posição de submissão que é imposta à mulher no seio social, bem como aos estereótipos de inferioridade física, emocional e intelectual que lhe são atribuídos. Por se tratar de um delito que tem sua produção probatória dificultada, resta como elemento de prova nos casos de crime de estupro a palavra da vítima. Considerando que o direito não está imune à influência da sociedade e, sendo assim, pode agir tanto para proteger a vítima, como pode revitimizá-la. Com isso, o presente estudo utiliza o método qualitativo para, em seu primeiro capítulo, promover uma reflexão sobre como a violência sexual está intimamente relacionada à forma como a mulher é enxergada pela sociedade em que se insere, tendo por objetivo analisar criticamente o tratamento que o direito dispensa ao crime de estupro ao longo da história. Especificamente no Brasil, analisam-se as legislações referentes ao estupro desde a época da colonização até o Código Penal ora vigente, bem como as alterações legislativas que delinearam a tipificação atual do crime em comento. Em seguida, passa-se a uma revisão bibliográfica sobre a teoria da prova no processo penal brasileiro a atuação dos princípios da presunção de inocência e in dubio pro reo face à insuficiência de provas e, ainda, para a produção probatória e suas dificuldades quando se trata de um crime de estupro. No terceiro capítulo, é feita uma análise doutrinária sobre a vítima no processo penal e o tratamento dado à mulher violentada. Ainda, é estudado o processo de revitimização que se estabelece contra essas vítimas que, já tendo sofrido violação aos seus direitos através da violência sexual, são novamente agredidas por parte do sistema de justiça brasileiro, que utiliza-se de estereótipos de gênero para desacreditar o depoimento da mulher e absolver o condenado com base no princípio do in dubio pro reo face à ausência de outras provas. Por fim, considerando o fato de que o direito não se afasta dos julgamentos misóginos socialmente perpetrados, e já que se conclui que a palavra da vítima é rodeada de preconceitos, o presente trabalho busca propor meios para que o seu depoimento seja validado através de elementos de prova que, atualmente, não são costumeiramente produzidos.Given the socially established discrepancy between genders, rape is not only a form of sexual violence, but an instrument of domination that is closely linked to the position of submission that is imposed on women in the social environment, as well as to stereotypes of physical, emotional and intellectual inferiority attributed to them. Since it is a crime that has its probative production hampered, due to its very nature and socially disseminated gender stereotypes, the only evidence produced in cases of rape crime is the victim’s statement. Thus, the impunity rates related to this form of sexual violence are high, since the law is not immune to the influence of society and, therefore, can act as an instrument of protection for the victim, or it can again victimize them by using gender stereotypes to disqualify their testimony and acquit the accused on the basis of probative insufficiency. This study uses the qualitative method to, in its first chapter, promote a reflection on how sexual violence is closely related to the way women are viewed by the society, aiming to critically analyze the treatment given by the law to the crime of rape. Specifically in Brazil, this research analyzes the laws from the time of colonization to the current Criminal Code, as well as the legislative changes that delineated the current classification of rape crime. Then, the study proceeds to a bibliographical review on the proof theory in the Brazilian criminal lawsuit, highlighting its basic principles and their actions in the face of insufficient evidence. Also, this chapter analyzes probative production and its difficulties when dealing with a rape crime. In the third chapter, a doctrinal analysis is made regarding the position of the victim in the criminal lawsuit and the treatment given to the woman victim of rape, as well as the revictimization that is perpetrated against those victims who suffer a new aggression by the Brazilian justice system that uses gender stereotypes to discredit the testimony of women and acquit the convict. Finally, considering the fact that the law does not deviate from socially perpetrated misogynistic judgments, and since it is concluded that the victim's word is surrounded by prejudice and stereotypes, this research seeks to propose means for their testimony to be validated through evidence that is not currently customarily produced.Submitted by Núcleo de Monografia e Atividade Complementares (numacdireito@gmail.com) on 2023-08-01T10:42:03Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 701 bytes, checksum: 42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708c (MD5) Heloísa Amorim Santos.pdf: 671698 bytes, checksum: 3512ff3a460e4062317d2afbe4d595b1 (MD5)Approved for entry into archive by Biblioteca Teixeira de Freitas (bidir@ufba.br) on 2023-08-10T14:22:50Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Heloísa Amorim Santos.pdf: 671698 bytes, checksum: 3512ff3a460e4062317d2afbe4d595b1 (MD5) license_rdf: 701 bytes, checksum: 42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708c (MD5)Made available in DSpace on 2023-08-10T14:22:50Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Heloísa Amorim Santos.pdf: 671698 bytes, checksum: 3512ff3a460e4062317d2afbe4d595b1 (MD5) license_rdf: 701 bytes, checksum: 42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708c (MD5) Previous issue date: 2019-12-09porUniversidade Federal da BahiaDIREITOUFBABrasilFaculdade de DireitoCC0 1.0 Universalhttp://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/info:eu-repo/semantics/openAccessRapeGender relationsProof theoryVictim's statementCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADASEstuproRelações de gêneroTeoria da provaPalavra da vítimaA palavra da vítima de estupro e sua relevância para o processo penalBachareladoinfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPortugal, Daniela CarvalhoPortugal , Daniela CarvalhoPassos , Thaís Bandeira OliveiraCorreia, Thaize de CarvalhoSantos, Heloísa Amorimreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBATEXTHeloísa Amorim Santos.pdf.txtHeloísa Amorim Santos.pdf.txtExtracted texttext/plain188044https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37654/4/Helo%c3%adsa%20Amorim%20Santos.pdf.txt1f730931327d7c0d09efef437093b874MD54ORIGINALHeloísa Amorim Santos.pdfHeloísa Amorim Santos.pdfapplication/pdf671698https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37654/1/Helo%c3%adsa%20Amorim%20Santos.pdf3512ff3a460e4062317d2afbe4d595b1MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8701https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37654/2/license_rdf42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708cMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1715https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37654/3/license.txt67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90bMD53ri/376542023-08-12 02:05:24.055oai:repositorio.ufba.br:ri/37654TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZS9vdSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyAKZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gZS9vdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBwb2RlbmRvIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBICBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSAgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322023-08-12T05:05:24Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A palavra da vítima de estupro e sua relevância para o processo penal |
title |
A palavra da vítima de estupro e sua relevância para o processo penal |
spellingShingle |
A palavra da vítima de estupro e sua relevância para o processo penal Santos, Heloísa Amorim CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS Estupro Relações de gênero Teoria da prova Palavra da vítima Rape Gender relations Proof theory Victim's statement |
title_short |
A palavra da vítima de estupro e sua relevância para o processo penal |
title_full |
A palavra da vítima de estupro e sua relevância para o processo penal |
title_fullStr |
A palavra da vítima de estupro e sua relevância para o processo penal |
title_full_unstemmed |
A palavra da vítima de estupro e sua relevância para o processo penal |
title_sort |
A palavra da vítima de estupro e sua relevância para o processo penal |
author |
Santos, Heloísa Amorim |
author_facet |
Santos, Heloísa Amorim |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Portugal, Daniela Carvalho |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Portugal , Daniela Carvalho |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Passos , Thaís Bandeira Oliveira |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Correia, Thaize de Carvalho |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Santos, Heloísa Amorim |
contributor_str_mv |
Portugal, Daniela Carvalho Portugal , Daniela Carvalho Passos , Thaís Bandeira Oliveira Correia, Thaize de Carvalho |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS |
topic |
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS Estupro Relações de gênero Teoria da prova Palavra da vítima Rape Gender relations Proof theory Victim's statement |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Estupro Relações de gênero Teoria da prova Palavra da vítima |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Rape Gender relations Proof theory Victim's statement |
description |
Diante da discrepância socialmente estabelecida entre os gêneros, tem-se que o estupro não é somente uma forma de violência sexual, mas sim um instrumento de dominação que está intimamente ligado à posição de submissão que é imposta à mulher no seio social, bem como aos estereótipos de inferioridade física, emocional e intelectual que lhe são atribuídos. Por se tratar de um delito que tem sua produção probatória dificultada, resta como elemento de prova nos casos de crime de estupro a palavra da vítima. Considerando que o direito não está imune à influência da sociedade e, sendo assim, pode agir tanto para proteger a vítima, como pode revitimizá-la. Com isso, o presente estudo utiliza o método qualitativo para, em seu primeiro capítulo, promover uma reflexão sobre como a violência sexual está intimamente relacionada à forma como a mulher é enxergada pela sociedade em que se insere, tendo por objetivo analisar criticamente o tratamento que o direito dispensa ao crime de estupro ao longo da história. Especificamente no Brasil, analisam-se as legislações referentes ao estupro desde a época da colonização até o Código Penal ora vigente, bem como as alterações legislativas que delinearam a tipificação atual do crime em comento. Em seguida, passa-se a uma revisão bibliográfica sobre a teoria da prova no processo penal brasileiro a atuação dos princípios da presunção de inocência e in dubio pro reo face à insuficiência de provas e, ainda, para a produção probatória e suas dificuldades quando se trata de um crime de estupro. No terceiro capítulo, é feita uma análise doutrinária sobre a vítima no processo penal e o tratamento dado à mulher violentada. Ainda, é estudado o processo de revitimização que se estabelece contra essas vítimas que, já tendo sofrido violação aos seus direitos através da violência sexual, são novamente agredidas por parte do sistema de justiça brasileiro, que utiliza-se de estereótipos de gênero para desacreditar o depoimento da mulher e absolver o condenado com base no princípio do in dubio pro reo face à ausência de outras provas. Por fim, considerando o fato de que o direito não se afasta dos julgamentos misóginos socialmente perpetrados, e já que se conclui que a palavra da vítima é rodeada de preconceitos, o presente trabalho busca propor meios para que o seu depoimento seja validado através de elementos de prova que, atualmente, não são costumeiramente produzidos. |
publishDate |
2019 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2019-12-09 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-08-10T14:22:50Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-08-10T14:22:50Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
Bacharelado info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37654 |
url |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37654 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
CC0 1.0 Universal http://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
CC0 1.0 Universal http://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal da Bahia DIREITO |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFBA |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Faculdade de Direito |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal da Bahia DIREITO |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37654/4/Helo%c3%adsa%20Amorim%20Santos.pdf.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37654/1/Helo%c3%adsa%20Amorim%20Santos.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37654/2/license_rdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37654/3/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
1f730931327d7c0d09efef437093b874 3512ff3a460e4062317d2afbe4d595b1 42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708c 67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90b |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808459670244818944 |