Avaliação das alterações hematológicas no tratamento da leucemia mielóide crônica em pacientes com uso de inibidores de tirosina quinase

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mesquita, Iran Davi Sena de
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Almeida Filho, Tarcísio Paulo de, Moreira-Nunes, Caroline Aquino, Quixada, Acy Telles de Souza, Duarte, Fernando Barroso, Lemes, Romélia Pinheiro Gonçalves
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/56978
Resumo: A Leucemia Mielóide Crônica (LMC) é uma doença mieloproliferativa clonal caracterizada molecularmente pela formação da fusão gênica BCR-ABL. O mesilato de imatinib (MI), é o tratamento padrão da doença e foi o primeiro inibidor de tirosina-quinase a agir especificamente na oncoproteína BCR-ABL. No entanto, alguns casos de resistência a esta droga têm sido observados, o que faz necessário o uso de drogas mais potentes, chamadas de inibidores de segunda geração (Dasatinib e Nilotinib), que devem ser administradas com cuidado devido a sua toxicidade elevada. Um total de 40.8% dos pacientes em uso de inibidores de segunda geração apresentarão algum evento de comorbidade que comprometem a sua qualidade de vida. No estado do Ceará, pacientes com LMC fazem uso dos inibidores de tirosina-quinase, porém os dados de comorbidades destes não são conhecidas e nem administradas até o momento. Sendo assim, este projeto busca a identificação de possíveis eventos de comorbidades hematológicas que poderão advir do tratamento com inibidores de segunda geração nos pacientes atendidos no ambulatório do Hemocentro do Ceará, através da avaliação dos prontuários clínicos. Foram avaliados 40 pacientes em tratamento com MI e 21 pacientes com inibidores de segunda geração, os parâmetros hematológicos avaliados foram a anemia, neutropenia e plaquetopenia. Nos pacientes tratados com MI foi observada anemia em 60% do total de pacientes avaliados, seguido por neutropenia 10% e plaquetopenia 22,50%. Nos pacientes tratados com inibidores de segunda geração, foi observada que a plaquetopenia é mais evidente quando comparado aos tratados com MI, em um total de 42,86% de pacientes avaliados, seguidos por anemia (52,38%) e neutropenia (13,33%). Os resultados demonstram que tanto pacientes em tratamento com MI quanto drogas de segunda geração precisam ter um acompanhamento em relação ao seus índices hematológicos, pois possuem um risco de desenvolverem graves comorbidades advindas dessas alterações.
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