Livre-arbítrio: um debate filosófico e neurocientífico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Maria Andreia
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/21766
Resumo: Sabemos que o problema do livre-arbítrio é tratado, pelo menos, desde Epiteto. A liberdade de escolha que “julgamos” possuir é algo que supomos ser inerente à natureza humana. Além disso, parece que só poderemos ser pessoalmente responsáveis por nossos atos se os realizarmos livremente. Acreditamos que ser responsáveis por nossas ações e escolhas é o que nos torna diferentes dos outros animais. No entanto, apesar de todas essas nossas intuições, não só algumas correntes filosóficas defendem que não somos livres, mas também a ciência parece nos dizer que somos sistemas ou máquinas determinísticas. Os resultados de vários experimentos neurocientíficos têm sugerido que não escolhemos conscientemente fazer o que fazemos. E, posto que a noção de livre-arbítrio tem como pré-requisito básico a noção de consciência, então parece que há um conflito entre nossas intuições cotidianas e as conclusões científicas e filosóficas. O objetivo central desta dissertação será, não somente analisar a coerência conceitual das diversas teses sobre o livre-arbítrio que surgiram na Grécia clássica e nos estudos neurocientíficos atuais, mas também mostrar que as explicações que tentam conectar os fenômenos subjetivos e objetivos relativos ao problema nos levaram, ao menos, até o presente momento, a uma lacuna explicativa. Isto é, uma lacuna na explicação sobre como podemos conectar nossas intuições subjetivas sobre como somos os autores de nossas ações e as explicações objetivas sobre como nosso corpo executa tais ações.
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