Linguística aplicada e ensino de língua portuguesa: revisitando a gramática tradicional.

• Autor(a) principal: ATAÍDE, Maria Betânia da Costa.
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28606
• topic: Linguística aplicada; Gramática tradicional; Ensino de língua portuguesa; Ensino da gramática tradicional; Applied Linguistics; Traditional grammar; Portuguese language teaching; Traditional grammar teaching; Linguística

Durante as décadas de 1980 e 1990, o ensino da educação básica foi alvo de críticas por parte dos linguistas a respeito do ensino da gramática tradicional (GT). Em várias pesquisas publicadas nesse período, houve novas propostas e direcionamentos sobre como ensinar a língua portuguesa, sem se deter apenas na GT. Visto que as pesquisas linguísticas não conseguiram propor um conjunto de possibilidades de ensino que, de fato, substituísse a GT, passadas as décadas de 80 e 90 do século XX, vemos que, a partir dos anos 2000, ocorre uma volta aos estudos gramaticais identificada em pesquisas de Linguística Aplicada (LA). As pesquisas continuaram e de 2006 a 2013 as críticas permaneceram, porém com um olhar diferente sobre este ensino tradicional abordado no ensino da língua portuguesa. Os objetivos deste trabalho é mostrar a posição que a LA tem a respeito do ensino da GT na educação básica; identificar pesquisas na área de LA cujo objeto de estudo é a GT; descrever os resultados encontrados nessas pesquisas identificadas no objetivo 1; e, por fim, apresentar as sugestões propostas pelos autores dessas pesquisas, a respeito desse ensino de gramática. Para subsidiar a discussões, foram analisados os seguintes livros: Muito Além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho de Irandé Antunes (2007); Gramática Pedagógica do Português Brasileiro de Marcos Bagno (2012); Oficina de gramática – metalinguagem para principiantes de Angela B. Kleiman e Cida Sepulveda (2012); Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática de Luiz Carlos Travaglia (2006); Gramática: Ensino Plural de Luiz Carlos Travaglia (2011); e, por fim, um capítulo do livro Ensino de Gramática: descrição e uso organizado pelas autoras, Sílvia Figueiredo Brandão e Sílvia Rodrigues Vieira que tem como título ”Classes de palavras” da autora Maria Aparecida de Pinilla (2013,), tendo como critério de seleção a presença da expressão “gramática tradicional”, ou “gramática normativa”, ou “estudos gramaticais”, ou “ensino de gramática tradicional ou normativa”, ou “gramática” no título dessa produção. Os resultados da análise foram os seguintes: todos os autores analisados são a favor do ensino da GT desde que este ensino seja voltado para a reflexão; em relação à nomenclatura (NGB), verificamos que há autores que são contra o seu ensino e outros que são a favor.