Os estÃgios nas Escolas Profissionais do Estado do CearÃ: a relaÃÃo trabalho-educaÃÃo no contexto da acumulaÃÃo flexÃvel

• Autor(a) principal: Anita Pedrosa Fontes
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=19790
• topic: EducaÃÃo Profissional; EstÃgio; Trabalho-EducaÃÃo; AcumulaÃÃo FlexÃvel; Professional education; Internship; Work - Education; Flexible accumulation; EDUCACAO

A pesquisa tem como objetivo central investigar a relaÃÃo trabalho-educaÃÃo nos estÃgios das Escolas Estaduais de EducaÃÃo Profissional - EEEP. O modelo de EducaÃÃo Profissional para as escolas estaduais de ensino mÃdio do Cearà teve efetividade em 2008, integrando o ensino mÃdio à educaÃÃo profissional. Sua polÃtica educacional se ajusta ao modelo polÃtico neoliberal e à pedagogia das competÃncias, servindo Ãs necessidades do atual padrÃo de acumulaÃÃo flexÃvel para formar forÃa de trabalho qualificada, atendendo Ãs tendÃncias do mercado de trabalho. O primeiro capÃtulo busca tratar da caracterizaÃÃo do objeto, analisando a origem e os documentos que fundamentam a polÃtica educacional das EEEPs, confrontando-nos com os reformadores empresariais da educaÃÃo, que fazem coro Ãs polÃticas de orientaÃÃo neoliberal, assim como a legislaÃÃo que configura a ânova institucionalidadeâ. Nas questÃes relacionadas à polÃtica educacional e à educaÃÃo profissional, recorremos aos estudos de Ferretti (2002), Kuenzer (2002), entre outros. O segundo capÃtulo compreende algumas dimensÃes da acumulaÃÃo flexÃvel na nova configuraÃÃo do capitalismo contemporÃneo, evidenciando seus imperativos no trabalho e na educaÃÃo. Tentamos demonstrar conexÃes possÃveis da acumulaÃÃo flexÃvel com a educaÃÃo profissional, as EEEPs e o empresariamento da educaÃÃo. Buscamos destacar que o excedente de forÃa de trabalho, uma escolarizaÃÃo que prepara exclusivamente para o mercado de trabalho, "qualificando", por assim dizer, o ExÃrcito Industrial de Reserva, os estÃgios financiados pelo Governo do Estado alimentam, na verdade, um rebaixamento do padrÃo de uso da mercadoria forÃa de trabalho. Sobre aspectos socioeconÃmicos, debruÃamo-nos sobre as obras de Marx (2006, 2012), Harvey (2006; 2005), Carcanholo e Amaral (2009), Meneleu (1996) e Pochmann (2012). No terceiro capÃtulo, tratamos diretamente dos estÃgios nas EEEPs, fazendo uma anÃlise da legislaÃÃo vigente e precedente, conectando seus procedimentos pedagÃgicos com a polÃtica educacional das EEEPs e a realidade socioeconÃmica vigente. Partimos de uma abordagem qualitativa, na qual nos utilizamos da anÃlise documental, bibliogrÃfica e de entrevistas para a consecuÃÃo dos objetivos elencados.