DESAFIOS NO PROCESSO DE LETRAMENTO DE ALUNOS SURDOS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista (Con)Textos Linguísticos (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufes.br/contextoslinguisticos/article/view/27254 |
Resumo: | A legislação brasileira, a partir do Decreto nº 5.626/2005, estabeleceu o direito do aluno surdo à educação bilíngue, na qual a Língua de Sinais constitui-se a primeira língua e a Língua Portuguesa a segunda, na modalidade escrita. Diante desta prerrogativa, alerta-se para a necessidade de formação docente para atuar junto a esta nova realidade, pois não é viável perspectivar que apenas por meio da disciplina de Libras, que passou a ser incluída nas grades curriculares dos cursos de formação de professores, por determinação do decreto supracitado, seja suficiente para tal. Isto porque as singularidades linguísticas deste alunado são distintas dos ouvintes, já que o processo de letramento destes não se dá pela lógica fonocêntrica, mas ocorre a partir da visualidade, ou seja, pela apreensão da sua representação gráfica, por meio de processos de percepção e memória. Diante do referido, o letramento para o aluno surdo precisa ser perspectivado como segunda língua, de modo a estabelecer permanentemente estudos comparativos entre a Libras e a Língua Portuguesa, a fim de desenvolver a consciência metalinguística, o que aponta para a complexidade dos desafios de formação docente para atuar junto a estes, em especial em situação de inclusão. |
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DESAFIOS NO PROCESSO DE LETRAMENTO DE ALUNOS SURDOSCHALLENGES IN THE PROCESS OF LITERACY OF DEAF STUDENTESLiteracyDeaf peopleBrazilian Sign languagePortuguese languageLetramentoSurdosLibrasLíngua PortuguesaA legislação brasileira, a partir do Decreto nº 5.626/2005, estabeleceu o direito do aluno surdo à educação bilíngue, na qual a Língua de Sinais constitui-se a primeira língua e a Língua Portuguesa a segunda, na modalidade escrita. Diante desta prerrogativa, alerta-se para a necessidade de formação docente para atuar junto a esta nova realidade, pois não é viável perspectivar que apenas por meio da disciplina de Libras, que passou a ser incluída nas grades curriculares dos cursos de formação de professores, por determinação do decreto supracitado, seja suficiente para tal. Isto porque as singularidades linguísticas deste alunado são distintas dos ouvintes, já que o processo de letramento destes não se dá pela lógica fonocêntrica, mas ocorre a partir da visualidade, ou seja, pela apreensão da sua representação gráfica, por meio de processos de percepção e memória. Diante do referido, o letramento para o aluno surdo precisa ser perspectivado como segunda língua, de modo a estabelecer permanentemente estudos comparativos entre a Libras e a Língua Portuguesa, a fim de desenvolver a consciência metalinguística, o que aponta para a complexidade dos desafios de formação docente para atuar junto a estes, em especial em situação de inclusão.The Brazilian legislation, from Decree No. 5.626 / 2005, established the right of deaf students to bilingual education, in which Sign Language is the first language and Portuguese Language the second, in written mode. Given this prerogative, one warns of the need for teacher training to work with this new reality, because it is not feasible to expect that only through the discipline of Libras, which is now included in the curriculum of teacher training courses, determination of the aforementioned decree, is sufficient for this. This is because the linguistic singularities of this students are distinct from the listeners, since the literacy process of these students is not phonocentric logic, but occurs from the visuality, that is, by the apprehension of its graphic representation, through processes of perception and memory. Given the above, literacy for the deaf student needs to be seen as a second language, in order to permanently establish comparative studies between Libras and the Portuguese Language, in order to develop metalinguistic awareness, which points to the complexity of the training challenges. teacher to work with them, especially in situations of inclusion.Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Espírito Santo2020-07-15info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://periodicos.ufes.br/contextoslinguisticos/article/view/27254Revista (Con)Textos Linguísticos; v. 14 n. 27 (2020): Revista (Con)Textos Linguísticos; 307-319Revista (Con)Textos Linguísticos; Vol. 14 No. 27 (2020): Revista (Con)Textos Linguísticos; 307-3191982-291X2317-3475reponame:Revista (Con)Textos Linguísticos (Online)instname:Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)instacron:UFESporhttps://periodicos.ufes.br/contextoslinguisticos/article/view/27254/20990Copyright (c) 2020 Revista (Con)Textos Linguísticoshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessAndreis-Witkoski, Silvia2020-07-15T03:25:54Zoai:periodicos.ufes.br:article/27254Revistahttps://periodicos.ufes.br/contextoslinguisticos/PUBhttps://periodicos.ufes.br/contextoslinguisticos/oai||meirelesalex@gmail.com2317-34751982-291Xopendoar:2020-07-15T03:25:54Revista (Con)Textos Linguísticos (Online) - Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)false |
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A legislação brasileira, a partir do Decreto nº 5.626/2005, estabeleceu o direito do aluno surdo à educação bilíngue, na qual a Língua de Sinais constitui-se a primeira língua e a Língua Portuguesa a segunda, na modalidade escrita. Diante desta prerrogativa, alerta-se para a necessidade de formação docente para atuar junto a esta nova realidade, pois não é viável perspectivar que apenas por meio da disciplina de Libras, que passou a ser incluída nas grades curriculares dos cursos de formação de professores, por determinação do decreto supracitado, seja suficiente para tal. Isto porque as singularidades linguísticas deste alunado são distintas dos ouvintes, já que o processo de letramento destes não se dá pela lógica fonocêntrica, mas ocorre a partir da visualidade, ou seja, pela apreensão da sua representação gráfica, por meio de processos de percepção e memória. Diante do referido, o letramento para o aluno surdo precisa ser perspectivado como segunda língua, de modo a estabelecer permanentemente estudos comparativos entre a Libras e a Língua Portuguesa, a fim de desenvolver a consciência metalinguística, o que aponta para a complexidade dos desafios de formação docente para atuar junto a estes, em especial em situação de inclusão. |
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