Processos de ensinar e aprender: em busca de uma educação mais inclusiva

• Autor(a) principal: Barboza, Jéssica Quaresma da Rocha Amaral
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26517
• topic: Ensino e aprendizagem; Fracasso Escolar; Inclusão; Pedagogia; Teaching and learning; School failure; Inclusion

Este Trabalho de Conclusão de Curso busca fazer uma reflexão sobre o ensino e aprendizagem, partindo das problemáticas e inquietações dos discursos sobre os “alunos que não aprendem” bem como o fracasso escolar, questões tão presentes no meio educacional e que trazem grandes indagações. A partir deste caminho traz como objetivos a busca por respostas de forma a compreender os significados e processos da aprendizagem e as dificuldades na busca por uma prática inclusiva e significativa como um dos caminhos a contrapor esse fracasso nas escolas. Na metodologia foram utilizadas narrativas autobiográficas e revisões bibliográficas para pensar os discursos e as teorias em contra partida com as realidades, trazendo o olhar de quem está no chão da escola vivenciando diariamente as dificuldades e os desafios em relação ao ensino e aprendizagem na infância, apresentando e narrando experiências que possibilitem a busca por novos caminhos. Com as reflexões e leituras realizadas, sobretudo com autores como Vygotsky (1991,2001); Freire (1989,1996); Mantoan (2004); Ribeiro e Rodrigues (2020) entre outros foi possível compreender o olhar que a escola possui sobre as diferenças, contribuindo para as pesquisas que tentam pensar em como as crianças constroem sua aprendizagem, além dos significados do aprender e ensinar, bem como os desafios encontrados pelos professores na busca por uma educação que alcance a todos e não apenas a maioria, na contramão dos sistemas escolares aprisionadores, exclusivos, medicalizantes, com currículos endurecidos e avaliações classificatórias que contribuem para a manutenção das desigualdades e o fracasso. Com isso, as reflexões realizadas nos possibilitam pensar um novo olhar quanto às diferenças como possibilitadoras do potencial criativo e do desenvolvimento físico e psicológico, aprendendo a valorizar as diferenças com uma prática que acolha ao invés de punir, que permita o pensar e o criar e que valorize as potencialidades e não enalteça as limitações. Concluindo, percebemos que não existem crianças que não aprendem e sim diferentes tempos e modos de aprender. Aprender e ensinar ações que se completam. Salienta-se com isso a importância da formação docente juntamente com uma prática reflexiva, além do apoio aos professores nesta caminhada, pois a construção de uma escola realmente inclusiva não é papel único do professor, mas uma construção conjunta, que começa com a nossa prática e não apenas com a nossa fala. Quem sabe juntos seja possível ultrapassar as barreiras e romper com as amarras que impedem que a escola tão idealizada dos documentos e discursos efetivamente alcancem todas as crianças.