Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4638 |
Resumo: | O presente estudo tem como objetivo descrever e analisar Construções de Movimento Fictivo do Português do Brasil (CMF), do tipo “A estrada vai até a praça...” e “A veia percorre toda a extensão do braço...”. Tais construções utilizam um verbo de movimento associado a um tema estático. Como base teórica, utilizamos pressupostos da Linguística Cognitiva (TALMY, 2000; LANGACKER, 1987, 1999, 2008; FAUCONNIER, 1997; FAUCONNIER; TURNER, 2002) e dos Modelos de Gramática Baseados no Uso (LANGACKER, 1987, 1999, 2008; GOLDBERG, 1995, 2006; GOLDBERG; JACKENDOFF, 2004). Como aporte metodológico, elegemos instrumentos da Linguística de Corpus(SARDINHA, 2004; SILVA, 2008), que forneceram condições para a formação de um corpus específicos das CMF, com 536 ocorrências. A análise subsequente revelou dois padrões formais mais produtivos: (1)[XSNEYVM(ZSP)] (...o cabelo(SNE)ia(VM)até o pé(SP)) e (2) [XSNE YVM ZSN] (A artéria vertebral(SNE) (...) percorre(VM)o restante da coluna(SN)). O padrão (1), com variações, apresentou 34 tipos e 372 ocorrências; o padrão (2), com variações, 16 tipos e 164 ocorrências. Postula–se que a motivação cognitiva das CMF advémdo processo de mesclagem conceptual entreum domínio de experiência de movimento e outrorelacionado visualmente à extensão, o que promove um escaneamento visual da extensão. Essa motivação faz com que, no polo semântico–pragmático, as CMF evoquem uma matriz dominial caracterizadora de espaço físico, focalizando domínios conceptuais de área, dimensão, localização, formato, posição e direção. Pragmaticamente, possuem função descritiva, possibilitando a reconstrução mental da cena estática em questão. Quanto ao ambiente discursivo, as CMF se encontram em maior número nos gêneros ficção e acadêmico e estão relacionadas a tópicos conversacionais como anatomia, turismo, geografia, urbanismo, construção, vestuário e explicação de rotas, que têm como centro a descrição de trajetórias ou outros objetos que são conceptualizados como trajetórias.Assim, nossa análise coloca as CMF como mais um nódulo na rede de construções do PB e procura contribuir com a descrição de nova rede – a rede construcional do movimento. A análise das CMF traz à tona a atuação da mesclagem conceptual na formação de novas construções. Atesta, ainda, a relevância da abordagem da linguagem corporificada proposta pela Linguística Cognitiva e a visão da língua como inventário de construções moldadas pelo uso discursivo. |
id |
UFJF_61742d5c95d31807c6549e91028cb740 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/4638 |
network_acronym_str |
UFJF |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFJF |
repository_id_str |
|
spelling |
Rocha, Luiz Fernando Matoshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792330Y3Vieira, Amitza Torreshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4756862D9Rocha, Ana Paula Antuneshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4775998H6http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4452788P3Dornelas, Aline Bisotti2017-05-22T21:41:35Z2017-05-222017-05-22T21:41:35Z2014-02-06https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4638O presente estudo tem como objetivo descrever e analisar Construções de Movimento Fictivo do Português do Brasil (CMF), do tipo “A estrada vai até a praça...” e “A veia percorre toda a extensão do braço...”. Tais construções utilizam um verbo de movimento associado a um tema estático. Como base teórica, utilizamos pressupostos da Linguística Cognitiva (TALMY, 2000; LANGACKER, 1987, 1999, 2008; FAUCONNIER, 1997; FAUCONNIER; TURNER, 2002) e dos Modelos de Gramática Baseados no Uso (LANGACKER, 1987, 1999, 2008; GOLDBERG, 1995, 2006; GOLDBERG; JACKENDOFF, 2004). Como aporte metodológico, elegemos instrumentos da Linguística de Corpus(SARDINHA, 2004; SILVA, 2008), que forneceram condições para a formação de um corpus específicos das CMF, com 536 ocorrências. A análise subsequente revelou dois padrões formais mais produtivos: (1)[XSNEYVM(ZSP)] (...o cabelo(SNE)ia(VM)até o pé(SP)) e (2) [XSNE YVM ZSN] (A artéria vertebral(SNE) (...) percorre(VM)o restante da coluna(SN)). O padrão (1), com variações, apresentou 34 tipos e 372 ocorrências; o padrão (2), com variações, 16 tipos e 164 ocorrências. Postula–se que a motivação cognitiva das CMF advémdo processo de mesclagem conceptual entreum domínio de experiência de movimento e outrorelacionado visualmente à extensão, o que promove um escaneamento visual da extensão. Essa motivação faz com que, no polo semântico–pragmático, as CMF evoquem uma matriz dominial caracterizadora de espaço físico, focalizando domínios conceptuais de área, dimensão, localização, formato, posição e direção. Pragmaticamente, possuem função descritiva, possibilitando a reconstrução mental da cena estática em questão. Quanto ao ambiente discursivo, as CMF se encontram em maior número nos gêneros ficção e acadêmico e estão relacionadas a tópicos conversacionais como anatomia, turismo, geografia, urbanismo, construção, vestuário e explicação de rotas, que têm como centro a descrição de trajetórias ou outros objetos que são conceptualizados como trajetórias.Assim, nossa análise coloca as CMF como mais um nódulo na rede de construções do PB e procura contribuir com a descrição de nova rede – a rede construcional do movimento. A análise das CMF traz à tona a atuação da mesclagem conceptual na formação de novas construções. Atesta, ainda, a relevância da abordagem da linguagem corporificada proposta pela Linguística Cognitiva e a visão da língua como inventário de construções moldadas pelo uso discursivo.The present work aims at describing and analyzing the Fictive Motion Constructions of Brazilian Portuguese(FMC) such as “A Estrada vaiaté a praça…” and “A veiapercorretoda a extensão do braço…”. These constructions use a motion verb with a static theme. As theoretical basis we use the constructs of Cognitive Linguistics (TALMY, 2000; LANGACKER, 1987, 1999, 2008; FAUCONNIER, 1997; FAUCONNIER; TURNER, 2002) and the Usage–based Models of Grammar (LANGACKER, 1987, 1999, 2008; GOLDBERG, 1995, 2006; GOLDBERG; JACKENDOFF, 2004). For methodology, we chose Corpus Linguistics instruments (SARDINHA, 2004; SILVA, 2008) that provided conditions for the construction of a specific corpus, containing 536 examples of FM constructions. The analysisledustotwomain formal patterns: (1) [XNPSYVM (ZPP)] (...o cabelo(NPS)ia(VM)até o pé(PP)) e (2) [XNPS YVM ZNP] (A artéria vertebral(NPS) (...) percorre(VM)o restante da coluna(NP)). The first one and its variations presented 34 types and 372 occurrences; the second one, and its variations, 16 types and 164 occurrences. It’s assumed thatCMFs cognitive motivation comes from conceptual blending processes which integrate an experience of motion domain to a visual domain related to the extension described. This integration promotes a visual scanning of this extension. The conceptual motivation allows the FMC to evocate, in its semantic–pragmatic pole, a space qualifier conceptual matrix which focuses on area, dimension, location, shape, position and direction domains. In pragmatic dimension, FM constructions have descriptive function and make possible the mental reconstruction of static scenes. About discursive environment, we found great number of FMC in genres academic and fiction. They are also related to conversational topics such as anatomy, tourism, geography, urbanism, construction, clothing and routes explanations, because these topics have, as its central subject, trajectories or extensions conceptualized as trajectories. Therefore, our analysis locates FMC as a specific construction standard inside the construction network of Brazilian Portuguese. Besides, our work aims at contributing for the description of a new construction network, related to movement verbs. The analysis of FMC brings out the role of conceptual blending at new constructions building. It also attests the relevance of Cognitive Linguistics embodied language approachand the vision of language as an inventory of constructions shaped in discourse.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Letras: LinguísticaUFJFBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICALinguística cognitivaFictividadeMovimento fictivoCognitive linguisticsFictivityFictive motionConstruções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpusinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTalinebisottidornelas.pdf.txtalinebisottidornelas.pdf.txtExtracted texttext/plain362633https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4638/3/alinebisottidornelas.pdf.txt18280de33c8d1efe612e312eccf736f4MD53THUMBNAILalinebisottidornelas.pdf.jpgalinebisottidornelas.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1148https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4638/4/alinebisottidornelas.pdf.jpg6ce1c1c5e43ab274bc7ead125c02264dMD54ORIGINALalinebisottidornelas.pdfalinebisottidornelas.pdfapplication/pdf1984615https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4638/1/alinebisottidornelas.pdfbe8ee6306dbf0bfe5a77968a2802f00eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4638/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ufjf/46382019-06-16 06:32:37.445oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/4638TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T09:32:37Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus |
title |
Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus |
spellingShingle |
Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus Dornelas, Aline Bisotti CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA Linguística cognitiva Fictividade Movimento fictivo Cognitive linguistics Fictivity Fictive motion |
title_short |
Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus |
title_full |
Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus |
title_fullStr |
Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus |
title_full_unstemmed |
Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus |
title_sort |
Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus |
author |
Dornelas, Aline Bisotti |
author_facet |
Dornelas, Aline Bisotti |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Rocha, Luiz Fernando Matos |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792330Y3 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Vieira, Amitza Torres |
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4756862D9 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Rocha, Ana Paula Antunes |
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4775998H6 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4452788P3 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Dornelas, Aline Bisotti |
contributor_str_mv |
Rocha, Luiz Fernando Matos Vieira, Amitza Torres Rocha, Ana Paula Antunes |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA |
topic |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA Linguística cognitiva Fictividade Movimento fictivo Cognitive linguistics Fictivity Fictive motion |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Linguística cognitiva Fictividade Movimento fictivo Cognitive linguistics Fictivity Fictive motion |
description |
O presente estudo tem como objetivo descrever e analisar Construções de Movimento Fictivo do Português do Brasil (CMF), do tipo “A estrada vai até a praça...” e “A veia percorre toda a extensão do braço...”. Tais construções utilizam um verbo de movimento associado a um tema estático. Como base teórica, utilizamos pressupostos da Linguística Cognitiva (TALMY, 2000; LANGACKER, 1987, 1999, 2008; FAUCONNIER, 1997; FAUCONNIER; TURNER, 2002) e dos Modelos de Gramática Baseados no Uso (LANGACKER, 1987, 1999, 2008; GOLDBERG, 1995, 2006; GOLDBERG; JACKENDOFF, 2004). Como aporte metodológico, elegemos instrumentos da Linguística de Corpus(SARDINHA, 2004; SILVA, 2008), que forneceram condições para a formação de um corpus específicos das CMF, com 536 ocorrências. A análise subsequente revelou dois padrões formais mais produtivos: (1)[XSNEYVM(ZSP)] (...o cabelo(SNE)ia(VM)até o pé(SP)) e (2) [XSNE YVM ZSN] (A artéria vertebral(SNE) (...) percorre(VM)o restante da coluna(SN)). O padrão (1), com variações, apresentou 34 tipos e 372 ocorrências; o padrão (2), com variações, 16 tipos e 164 ocorrências. Postula–se que a motivação cognitiva das CMF advémdo processo de mesclagem conceptual entreum domínio de experiência de movimento e outrorelacionado visualmente à extensão, o que promove um escaneamento visual da extensão. Essa motivação faz com que, no polo semântico–pragmático, as CMF evoquem uma matriz dominial caracterizadora de espaço físico, focalizando domínios conceptuais de área, dimensão, localização, formato, posição e direção. Pragmaticamente, possuem função descritiva, possibilitando a reconstrução mental da cena estática em questão. Quanto ao ambiente discursivo, as CMF se encontram em maior número nos gêneros ficção e acadêmico e estão relacionadas a tópicos conversacionais como anatomia, turismo, geografia, urbanismo, construção, vestuário e explicação de rotas, que têm como centro a descrição de trajetórias ou outros objetos que são conceptualizados como trajetórias.Assim, nossa análise coloca as CMF como mais um nódulo na rede de construções do PB e procura contribuir com a descrição de nova rede – a rede construcional do movimento. A análise das CMF traz à tona a atuação da mesclagem conceptual na formação de novas construções. Atesta, ainda, a relevância da abordagem da linguagem corporificada proposta pela Linguística Cognitiva e a visão da língua como inventário de construções moldadas pelo uso discursivo. |
publishDate |
2014 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2014-02-06 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2017-05-22T21:41:35Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2017-05-22 2017-05-22T21:41:35Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4638 |
url |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4638 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFJF |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Faculdade de Letras |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFJF instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) instacron:UFJF |
instname_str |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
instacron_str |
UFJF |
institution |
UFJF |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFJF |
collection |
Repositório Institucional da UFJF |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4638/3/alinebisottidornelas.pdf.txt https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4638/4/alinebisottidornelas.pdf.jpg https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4638/1/alinebisottidornelas.pdf https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4638/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
18280de33c8d1efe612e312eccf736f4 6ce1c1c5e43ab274bc7ead125c02264d be8ee6306dbf0bfe5a77968a2802f00e 000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37b |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801661321965469696 |