Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dornelas, Aline Bisotti
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4638
Resumo: O presente estudo tem como objetivo descrever e analisar Construções de Movimento Fictivo do Português do Brasil (CMF), do tipo “A estrada vai até a praça...” e “A veia percorre toda a extensão do braço...”. Tais construções utilizam um verbo de movimento associado a um tema estático. Como base teórica, utilizamos pressupostos da Linguística Cognitiva (TALMY, 2000; LANGACKER, 1987, 1999, 2008; FAUCONNIER, 1997; FAUCONNIER; TURNER, 2002) e dos Modelos de Gramática Baseados no Uso (LANGACKER, 1987, 1999, 2008; GOLDBERG, 1995, 2006; GOLDBERG; JACKENDOFF, 2004). Como aporte metodológico, elegemos instrumentos da Linguística de Corpus(SARDINHA, 2004; SILVA, 2008), que forneceram condições para a formação de um corpus específicos das CMF, com 536 ocorrências. A análise subsequente revelou dois padrões formais mais produtivos: (1)[XSNEYVM(ZSP)] (...o cabelo(SNE)ia(VM)até o pé(SP)) e (2) [XSNE YVM ZSN] (A artéria vertebral(SNE) (...) percorre(VM)o restante da coluna(SN)). O padrão (1), com variações, apresentou 34 tipos e 372 ocorrências; o padrão (2), com variações, 16 tipos e 164 ocorrências. Postula–se que a motivação cognitiva das CMF advémdo processo de mesclagem conceptual entreum domínio de experiência de movimento e outrorelacionado visualmente à extensão, o que promove um escaneamento visual da extensão. Essa motivação faz com que, no polo semântico–pragmático, as CMF evoquem uma matriz dominial caracterizadora de espaço físico, focalizando domínios conceptuais de área, dimensão, localização, formato, posição e direção. Pragmaticamente, possuem função descritiva, possibilitando a reconstrução mental da cena estática em questão. Quanto ao ambiente discursivo, as CMF se encontram em maior número nos gêneros ficção e acadêmico e estão relacionadas a tópicos conversacionais como anatomia, turismo, geografia, urbanismo, construção, vestuário e explicação de rotas, que têm como centro a descrição de trajetórias ou outros objetos que são conceptualizados como trajetórias.Assim, nossa análise coloca as CMF como mais um nódulo na rede de construções do PB e procura contribuir com a descrição de nova rede – a rede construcional do movimento. A análise das CMF traz à tona a atuação da mesclagem conceptual na formação de novas construções. Atesta, ainda, a relevância da abordagem da linguagem corporificada proposta pela Linguística Cognitiva e a visão da língua como inventário de construções moldadas pelo uso discursivo.
id UFJF_61742d5c95d31807c6549e91028cb740
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/4638
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Rocha, Luiz Fernando Matoshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792330Y3Vieira, Amitza Torreshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4756862D9Rocha, Ana Paula Antuneshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4775998H6http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4452788P3Dornelas, Aline Bisotti2017-05-22T21:41:35Z2017-05-222017-05-22T21:41:35Z2014-02-06https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4638O presente estudo tem como objetivo descrever e analisar Construções de Movimento Fictivo do Português do Brasil (CMF), do tipo “A estrada vai até a praça...” e “A veia percorre toda a extensão do braço...”. Tais construções utilizam um verbo de movimento associado a um tema estático. Como base teórica, utilizamos pressupostos da Linguística Cognitiva (TALMY, 2000; LANGACKER, 1987, 1999, 2008; FAUCONNIER, 1997; FAUCONNIER; TURNER, 2002) e dos Modelos de Gramática Baseados no Uso (LANGACKER, 1987, 1999, 2008; GOLDBERG, 1995, 2006; GOLDBERG; JACKENDOFF, 2004). Como aporte metodológico, elegemos instrumentos da Linguística de Corpus(SARDINHA, 2004; SILVA, 2008), que forneceram condições para a formação de um corpus específicos das CMF, com 536 ocorrências. A análise subsequente revelou dois padrões formais mais produtivos: (1)[XSNEYVM(ZSP)] (...o cabelo(SNE)ia(VM)até o pé(SP)) e (2) [XSNE YVM ZSN] (A artéria vertebral(SNE) (...) percorre(VM)o restante da coluna(SN)). O padrão (1), com variações, apresentou 34 tipos e 372 ocorrências; o padrão (2), com variações, 16 tipos e 164 ocorrências. Postula–se que a motivação cognitiva das CMF advémdo processo de mesclagem conceptual entreum domínio de experiência de movimento e outrorelacionado visualmente à extensão, o que promove um escaneamento visual da extensão. Essa motivação faz com que, no polo semântico–pragmático, as CMF evoquem uma matriz dominial caracterizadora de espaço físico, focalizando domínios conceptuais de área, dimensão, localização, formato, posição e direção. Pragmaticamente, possuem função descritiva, possibilitando a reconstrução mental da cena estática em questão. Quanto ao ambiente discursivo, as CMF se encontram em maior número nos gêneros ficção e acadêmico e estão relacionadas a tópicos conversacionais como anatomia, turismo, geografia, urbanismo, construção, vestuário e explicação de rotas, que têm como centro a descrição de trajetórias ou outros objetos que são conceptualizados como trajetórias.Assim, nossa análise coloca as CMF como mais um nódulo na rede de construções do PB e procura contribuir com a descrição de nova rede – a rede construcional do movimento. A análise das CMF traz à tona a atuação da mesclagem conceptual na formação de novas construções. Atesta, ainda, a relevância da abordagem da linguagem corporificada proposta pela Linguística Cognitiva e a visão da língua como inventário de construções moldadas pelo uso discursivo.The present work aims at describing and analyzing the Fictive Motion Constructions of Brazilian Portuguese(FMC) such as “A Estrada vaiaté a praça…” and “A veiapercorretoda a extensão do braço…”. These constructions use a motion verb with a static theme. As theoretical basis we use the constructs of Cognitive Linguistics (TALMY, 2000; LANGACKER, 1987, 1999, 2008; FAUCONNIER, 1997; FAUCONNIER; TURNER, 2002) and the Usage–based Models of Grammar (LANGACKER, 1987, 1999, 2008; GOLDBERG, 1995, 2006; GOLDBERG; JACKENDOFF, 2004). For methodology, we chose Corpus Linguistics instruments (SARDINHA, 2004; SILVA, 2008) that provided conditions for the construction of a specific corpus, containing 536 examples of FM constructions. The analysisledustotwomain formal patterns: (1) [XNPSYVM (ZPP)] (...o cabelo(NPS)ia(VM)até o pé(PP)) e (2) [XNPS YVM ZNP] (A artéria vertebral(NPS) (...) percorre(VM)o restante da coluna(NP)). The first one and its variations presented 34 types and 372 occurrences; the second one, and its variations, 16 types and 164 occurrences. It’s assumed thatCMFs cognitive motivation comes from conceptual blending processes which integrate an experience of motion domain to a visual domain related to the extension described. This integration promotes a visual scanning of this extension. The conceptual motivation allows the FMC to evocate, in its semantic–pragmatic pole, a space qualifier conceptual matrix which focuses on area, dimension, location, shape, position and direction domains. In pragmatic dimension, FM constructions have descriptive function and make possible the mental reconstruction of static scenes. About discursive environment, we found great number of FMC in genres academic and fiction. They are also related to conversational topics such as anatomy, tourism, geography, urbanism, construction, clothing and routes explanations, because these topics have, as its central subject, trajectories or extensions conceptualized as trajectories. Therefore, our analysis locates FMC as a specific construction standard inside the construction network of Brazilian Portuguese. Besides, our work aims at contributing for the description of a new construction network, related to movement verbs. The analysis of FMC brings out the role of conceptual blending at new constructions building. It also attests the relevance of Cognitive Linguistics embodied language approachand the vision of language as an inventory of constructions shaped in discourse.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Letras: LinguísticaUFJFBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICALinguística cognitivaFictividadeMovimento fictivoCognitive linguisticsFictivityFictive motionConstruções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpusinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTalinebisottidornelas.pdf.txtalinebisottidornelas.pdf.txtExtracted texttext/plain362633https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4638/3/alinebisottidornelas.pdf.txt18280de33c8d1efe612e312eccf736f4MD53THUMBNAILalinebisottidornelas.pdf.jpgalinebisottidornelas.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1148https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4638/4/alinebisottidornelas.pdf.jpg6ce1c1c5e43ab274bc7ead125c02264dMD54ORIGINALalinebisottidornelas.pdfalinebisottidornelas.pdfapplication/pdf1984615https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4638/1/alinebisottidornelas.pdfbe8ee6306dbf0bfe5a77968a2802f00eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4638/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ufjf/46382019-06-16 06:32:37.445oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/4638TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T09:32:37Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus
title Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus
spellingShingle Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus
Dornelas, Aline Bisotti
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
Linguística cognitiva
Fictividade
Movimento fictivo
Cognitive linguistics
Fictivity
Fictive motion
title_short Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus
title_full Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus
title_fullStr Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus
title_full_unstemmed Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus
title_sort Construções de movimento fictivo em Português do Brasil: cognição e corpus
author Dornelas, Aline Bisotti
author_facet Dornelas, Aline Bisotti
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Rocha, Luiz Fernando Matos
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792330Y3
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Vieira, Amitza Torres
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4756862D9
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Rocha, Ana Paula Antunes
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4775998H6
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4452788P3
dc.contributor.author.fl_str_mv Dornelas, Aline Bisotti
contributor_str_mv Rocha, Luiz Fernando Matos
Vieira, Amitza Torres
Rocha, Ana Paula Antunes
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
Linguística cognitiva
Fictividade
Movimento fictivo
Cognitive linguistics
Fictivity
Fictive motion
dc.subject.por.fl_str_mv Linguística cognitiva
Fictividade
Movimento fictivo
Cognitive linguistics
Fictivity
Fictive motion
description O presente estudo tem como objetivo descrever e analisar Construções de Movimento Fictivo do Português do Brasil (CMF), do tipo “A estrada vai até a praça...” e “A veia percorre toda a extensão do braço...”. Tais construções utilizam um verbo de movimento associado a um tema estático. Como base teórica, utilizamos pressupostos da Linguística Cognitiva (TALMY, 2000; LANGACKER, 1987, 1999, 2008; FAUCONNIER, 1997; FAUCONNIER; TURNER, 2002) e dos Modelos de Gramática Baseados no Uso (LANGACKER, 1987, 1999, 2008; GOLDBERG, 1995, 2006; GOLDBERG; JACKENDOFF, 2004). Como aporte metodológico, elegemos instrumentos da Linguística de Corpus(SARDINHA, 2004; SILVA, 2008), que forneceram condições para a formação de um corpus específicos das CMF, com 536 ocorrências. A análise subsequente revelou dois padrões formais mais produtivos: (1)[XSNEYVM(ZSP)] (...o cabelo(SNE)ia(VM)até o pé(SP)) e (2) [XSNE YVM ZSN] (A artéria vertebral(SNE) (...) percorre(VM)o restante da coluna(SN)). O padrão (1), com variações, apresentou 34 tipos e 372 ocorrências; o padrão (2), com variações, 16 tipos e 164 ocorrências. Postula–se que a motivação cognitiva das CMF advémdo processo de mesclagem conceptual entreum domínio de experiência de movimento e outrorelacionado visualmente à extensão, o que promove um escaneamento visual da extensão. Essa motivação faz com que, no polo semântico–pragmático, as CMF evoquem uma matriz dominial caracterizadora de espaço físico, focalizando domínios conceptuais de área, dimensão, localização, formato, posição e direção. Pragmaticamente, possuem função descritiva, possibilitando a reconstrução mental da cena estática em questão. Quanto ao ambiente discursivo, as CMF se encontram em maior número nos gêneros ficção e acadêmico e estão relacionadas a tópicos conversacionais como anatomia, turismo, geografia, urbanismo, construção, vestuário e explicação de rotas, que têm como centro a descrição de trajetórias ou outros objetos que são conceptualizados como trajetórias.Assim, nossa análise coloca as CMF como mais um nódulo na rede de construções do PB e procura contribuir com a descrição de nova rede – a rede construcional do movimento. A análise das CMF traz à tona a atuação da mesclagem conceptual na formação de novas construções. Atesta, ainda, a relevância da abordagem da linguagem corporificada proposta pela Linguística Cognitiva e a visão da língua como inventário de construções moldadas pelo uso discursivo.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-02-06
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-05-22T21:41:35Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-05-22
2017-05-22T21:41:35Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4638
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4638
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Letras
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4638/3/alinebisottidornelas.pdf.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4638/4/alinebisottidornelas.pdf.jpg
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4638/1/alinebisottidornelas.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4638/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 18280de33c8d1efe612e312eccf736f4
6ce1c1c5e43ab274bc7ead125c02264d
be8ee6306dbf0bfe5a77968a2802f00e
000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801661321965469696