A poesia na criação entre artes de Jean Cocteau

• Autor(a) principal: Fernandes, Júlia Guimarães da Gama
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15740
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES::CINEMA; Poesia; Jean Cocteau; Arte; Cinema; Art; Poésie; Cinéma; Poetry

A presente pesquisa tem por objetivo discutir o lugar da poesia na criação artística de Jean Cocteau. Investiga-se, principalmente, como Cocteau se constituiu enquanto artista, transitando entre diferentes linguagens e atuando de maneira múltipla no meio artístico. Nesse sentido, busca-se entender como o artista compreendia a poesia para além de seus aspectos textuais, expandindo-a para as artes plásticas, para a música e para o cinema. Sua produção plural, desenvolvida primariamente no contexto das vanguardas modernas de 1920 e 1930, diz respeito a uma trajetória que tem, paradoxalmente, uma influência direta das narrativas clássicas e da arte moderna. Essa constante movimentação de Cocteau, que não se fixa a nenhuma corrente artística, acaba fazendo-o ocupar um entre-lugar, constantemente invisibilizado e marginalizado. A sua compreensão do cinema e das outras artes se deu, portanto, a partir de uma ótica muito particular. A Trilogia Órfica (1932 – 1960), sua obra mais duradoura, é analisada para fundamentar o debate introduzido pelo trabalho e para mostrar como a obra de Cocteau se constituiu de elementos muitos próprios, pautada principalmente em uma representação poética do eu.