O uso de advérbios intensificadores na escrita de aprendizes brasileiros de inglês como L2: um estudo baseado em corpus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Janaina Henriques de Oliveira
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/MGSS-9X4P3E
Resumo: A presente pesquisa se propôs a analisar empiricamente o uso de advérbios gradativos na escrita de aprendizes brasileiros de inglês como L2. Para tal, os dados do Br-ICLE, subcorpus brasileiro do International Corpus of Learner English (ICLE) com 206.075 palavras, foram utilizados como amostra da escrita de aprendizes brasileiros. Similarmente, o corpus de nativos LOCNESS, Louvain Corpus of Native English Essays (LOCNESS), que contém 326.838 palavras, foi utilizado como corpus comparável ao nosso corpus de estudo. Dois outros corpora, a saber MICUSP, The Michigan Corpus of Upper-level Student Papers (MICUSP) e BNC, British National Corpus (BNC), foram utilizados como referência para iluminar os resultados obtidos a partir do corpus de estudo. O teste estatístico log-likelihood foi utilizado para descriminar as formas que apresentavam uma diferença de uso estatisticamente significativa nos dois corpora. Após o teste, fizemos as análises e pudemos observar que em relação aos falantes nativos, os aprendizes brasileiros fazem um uso maior de advérbios amplificadores e um menor uso de advérbios atenuadores. Os dados também apontaram para um grande uso de formas que são mais recorrentes no discurso oral por parte dos aprendizes brasileiros, o que consequentemente faz com que a escrita desses informantes se mostre mais informal e oralizada. Por fim, ainda que tenha havido maior uso de amplificação por parte dos aprendizes brasileiros, os dados apontaram para uma tendência similar de uso de advérbios gradativos também por parte dos falantes nativos (LOCNESS). Ambos os corpora apresentaram, portanto, maior amplificação que atenuação e grande uso de formas presentes no discurso oral. Tais resultados podem sugerir que ambos, falantes nativos (LOCNESS) e aprendizes (Br-ICLE), estejam produzindo uma escrita ainda inexperiente e, portanto, não ainda totalmente adequada ao contexto universitário em que esses informantes estão inseridos.
id UFMG_0acf7139d368cbd7370c159ea654de5a
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/MGSS-9X4P3E
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Deise Prina DutraHeliana Ribeiro de MelloPaula Tavares PintoJanaina Henriques de Oliveira2019-08-13T20:10:14Z2019-08-13T20:10:14Z2015-03-04http://hdl.handle.net/1843/MGSS-9X4P3EA presente pesquisa se propôs a analisar empiricamente o uso de advérbios gradativos na escrita de aprendizes brasileiros de inglês como L2. Para tal, os dados do Br-ICLE, subcorpus brasileiro do International Corpus of Learner English (ICLE) com 206.075 palavras, foram utilizados como amostra da escrita de aprendizes brasileiros. Similarmente, o corpus de nativos LOCNESS, Louvain Corpus of Native English Essays (LOCNESS), que contém 326.838 palavras, foi utilizado como corpus comparável ao nosso corpus de estudo. Dois outros corpora, a saber MICUSP, The Michigan Corpus of Upper-level Student Papers (MICUSP) e BNC, British National Corpus (BNC), foram utilizados como referência para iluminar os resultados obtidos a partir do corpus de estudo. O teste estatístico log-likelihood foi utilizado para descriminar as formas que apresentavam uma diferença de uso estatisticamente significativa nos dois corpora. Após o teste, fizemos as análises e pudemos observar que em relação aos falantes nativos, os aprendizes brasileiros fazem um uso maior de advérbios amplificadores e um menor uso de advérbios atenuadores. Os dados também apontaram para um grande uso de formas que são mais recorrentes no discurso oral por parte dos aprendizes brasileiros, o que consequentemente faz com que a escrita desses informantes se mostre mais informal e oralizada. Por fim, ainda que tenha havido maior uso de amplificação por parte dos aprendizes brasileiros, os dados apontaram para uma tendência similar de uso de advérbios gradativos também por parte dos falantes nativos (LOCNESS). Ambos os corpora apresentaram, portanto, maior amplificação que atenuação e grande uso de formas presentes no discurso oral. Tais resultados podem sugerir que ambos, falantes nativos (LOCNESS) e aprendizes (Br-ICLE), estejam produzindo uma escrita ainda inexperiente e, portanto, não ainda totalmente adequada ao contexto universitário em que esses informantes estão inseridos.This research aims to empirically analyze the use of degree adverbs in the writing of Brazilian learners of English as a second language (L2). To this end, data from Br-ICLE, the Brazilian subcorpus of the International Corpus of Learner English (ICLE), which contains 206.075 words, were used as a sample of Brazilian learners writing. Similarly, the native speaker corpus LOCNESS, Louvain Corpus of Native English Essays (LOCNESS) with 326.838 words, was used as a comparable corpus to our corpus study. Two other corpora, namely MICUSP, The Michigan Corpus of Upper-level Student Papers and BNC, British National Corpus, were used as reference corpora to highlight the results obtained from the Brazilian corpus. The log-likelihood test was used to indicate which forms had a difference in use which was statistically significant in both corpora. After running the test and analyzing the data, we could observe that in relation to native speakers, Brazilian learners make greater use of amplifying adverbs and less use of downtoning. The data also pointed to the fact that Brazilian learners tended to make a greater use of forms that are more recurrent in oral language, revealing therefore informal characteristics of these learners writings. Finally, although there was a greater quantitative use of amplification of certain forms studied in this thesis by Brazilian learners when the data was qualitatively analyzed, this data showed a similar trend in the use of degree adverbs by native speakers (LOCNESS) and learners (Br-ICLE). Both corpora carried therefore greater amplification than mitigation and a great use of forms present in informal oral discourse. These results may suggest that both native speakers (LOCNESS) and learners (Br-ICLE), are producing an inexperienced writing which is not fully adequate to the university context in which these informants are inserted.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAquisição da segunda linguagemLíngua inglesa Estudo e ensinoLinguística de corpusLíngua inglesa AdvérbioCorpus de aprendizesAdvérbios gradativosEscritaO uso de advérbios intensificadores na escrita de aprendizes brasileiros de inglês como L2: um estudo baseado em corpusinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_jana_na_oliveira.pdfapplication/pdf2608456https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MGSS-9X4P3E/1/disserta__o_jana_na_oliveira.pdf23a6fa9dd0a43e12146bba0df3880f30MD51TEXTdisserta__o_jana_na_oliveira.pdf.txtdisserta__o_jana_na_oliveira.pdf.txtExtracted texttext/plain205101https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MGSS-9X4P3E/2/disserta__o_jana_na_oliveira.pdf.txtb4e97f930be672c42a5b718ae1de00ebMD521843/MGSS-9X4P3E2019-11-14 15:30:17.637oai:repositorio.ufmg.br:1843/MGSS-9X4P3ERepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T18:30:17Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O uso de advérbios intensificadores na escrita de aprendizes brasileiros de inglês como L2: um estudo baseado em corpus
title O uso de advérbios intensificadores na escrita de aprendizes brasileiros de inglês como L2: um estudo baseado em corpus
spellingShingle O uso de advérbios intensificadores na escrita de aprendizes brasileiros de inglês como L2: um estudo baseado em corpus
Janaina Henriques de Oliveira
Corpus de aprendizes
Advérbios gradativos
Escrita
Aquisição da segunda linguagem
Língua inglesa Estudo e ensino
Linguística de corpus
Língua inglesa Advérbio
title_short O uso de advérbios intensificadores na escrita de aprendizes brasileiros de inglês como L2: um estudo baseado em corpus
title_full O uso de advérbios intensificadores na escrita de aprendizes brasileiros de inglês como L2: um estudo baseado em corpus
title_fullStr O uso de advérbios intensificadores na escrita de aprendizes brasileiros de inglês como L2: um estudo baseado em corpus
title_full_unstemmed O uso de advérbios intensificadores na escrita de aprendizes brasileiros de inglês como L2: um estudo baseado em corpus
title_sort O uso de advérbios intensificadores na escrita de aprendizes brasileiros de inglês como L2: um estudo baseado em corpus
author Janaina Henriques de Oliveira
author_facet Janaina Henriques de Oliveira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Deise Prina Dutra
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Heliana Ribeiro de Mello
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Paula Tavares Pinto
dc.contributor.author.fl_str_mv Janaina Henriques de Oliveira
contributor_str_mv Deise Prina Dutra
Heliana Ribeiro de Mello
Paula Tavares Pinto
dc.subject.por.fl_str_mv Corpus de aprendizes
Advérbios gradativos
Escrita
topic Corpus de aprendizes
Advérbios gradativos
Escrita
Aquisição da segunda linguagem
Língua inglesa Estudo e ensino
Linguística de corpus
Língua inglesa Advérbio
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Aquisição da segunda linguagem
Língua inglesa Estudo e ensino
Linguística de corpus
Língua inglesa Advérbio
description A presente pesquisa se propôs a analisar empiricamente o uso de advérbios gradativos na escrita de aprendizes brasileiros de inglês como L2. Para tal, os dados do Br-ICLE, subcorpus brasileiro do International Corpus of Learner English (ICLE) com 206.075 palavras, foram utilizados como amostra da escrita de aprendizes brasileiros. Similarmente, o corpus de nativos LOCNESS, Louvain Corpus of Native English Essays (LOCNESS), que contém 326.838 palavras, foi utilizado como corpus comparável ao nosso corpus de estudo. Dois outros corpora, a saber MICUSP, The Michigan Corpus of Upper-level Student Papers (MICUSP) e BNC, British National Corpus (BNC), foram utilizados como referência para iluminar os resultados obtidos a partir do corpus de estudo. O teste estatístico log-likelihood foi utilizado para descriminar as formas que apresentavam uma diferença de uso estatisticamente significativa nos dois corpora. Após o teste, fizemos as análises e pudemos observar que em relação aos falantes nativos, os aprendizes brasileiros fazem um uso maior de advérbios amplificadores e um menor uso de advérbios atenuadores. Os dados também apontaram para um grande uso de formas que são mais recorrentes no discurso oral por parte dos aprendizes brasileiros, o que consequentemente faz com que a escrita desses informantes se mostre mais informal e oralizada. Por fim, ainda que tenha havido maior uso de amplificação por parte dos aprendizes brasileiros, os dados apontaram para uma tendência similar de uso de advérbios gradativos também por parte dos falantes nativos (LOCNESS). Ambos os corpora apresentaram, portanto, maior amplificação que atenuação e grande uso de formas presentes no discurso oral. Tais resultados podem sugerir que ambos, falantes nativos (LOCNESS) e aprendizes (Br-ICLE), estejam produzindo uma escrita ainda inexperiente e, portanto, não ainda totalmente adequada ao contexto universitário em que esses informantes estão inseridos.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-03-04
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-13T20:10:14Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-13T20:10:14Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/MGSS-9X4P3E
url http://hdl.handle.net/1843/MGSS-9X4P3E
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MGSS-9X4P3E/1/disserta__o_jana_na_oliveira.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MGSS-9X4P3E/2/disserta__o_jana_na_oliveira.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 23a6fa9dd0a43e12146bba0df3880f30
b4e97f930be672c42a5b718ae1de00eb
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589440402096128