Perfil clínico microbiológico de pacientes Neutropênicos Febris em tratamento oncológico na unidade de internação pediátrica do Hospital das Clínicas da UFMG

• Autor(a) principal: Mariana Antunes Faria Lima
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/54089
• topic: Risco; Neutropenia febril; Bacteremia; Criança; Risco; Neutropenia Febril; Bacteriemia; Criança

Introdução: Infecção é a principal complicação em crianças com doenças onco-hematológicas. O objetivo do estudo foi identificar os fatores associados com infecção documentada em crianças e adolescentes com neutropenia febril e câncer. Métodos: foi realizado estudo prospectivo, de coorte que incluiu pacientes menores de 18 anos com neoplasia maligna e neutropenia febril nos meses de junho de 2016 a junho de 2018 tratados em um hospital de referência. As definições de infecção documentada foram baseadas nos critérios do CDC (Centers for Disease Control and Prevention). Pacientes submetidos a transplante de células hematopoiéticas foram excluídos do estudo. Resultados: 172 episódios neutropenina febril foram avaliados. A idade média foi de 7,3 anos (IQR 4,0 – 10,0) e 69 casos (32,7%) tinham leucemia linfoide aguda (LLA). Fatores identificados na análise univariada foram: sexo feminino, contagem de monócitos < 100 cel/mm³ no início do episódio, plaquetas < 50.000 no início do episódio, proteína C reativa (PCR) > 90 mg/dl no início do episódio, hemoglobina < 7mg/dl no início do episódio, dois episódios de neutropenia febril ou mais, primeiro pico febril internado e positividade da primeira hemocultura colhida. Na análise multivariada as variáveis que permaneceram como fatores de risco independentes foram: PCR no início do episódio febril > 90mg/dl (3,18 OR, IC95% 1,32; 7,68 p 0,01), primeiro pico febril internado (5,88 OR, IC95% 2,75; 12,57 <p 0,001) e primeira hemocultura colhida positiva (3,71 OR, IC95% 1,18; 11,61 p 0,025). A menor probabilidade de um paciente apresentar infecção documentada esteve relacionada a plaquetas > 50.000 no início do episódio febril (0,43 OR, IC95% 0,21; 0,88 p 0,021) e primeiro episódio de neutropenia febril (0,34 OR, IC95% 0,13; 0,92 p 0,034). Conclusão: O presente estudo encontrou fatores de risco para infecção em pacientes neutropênicos febris utilizando parâmetros clínicos e laboratoriais acessíveis na prática médica diária. Palavras-chave: risco, bacteremia, neutropenia febril, criança